A Senhora Fátima Zahra (a.s)

Fonte: wikishia

A senhora Fátima (a.s.), conhecida como Fátima Zahra , filha do Profeta do Islam. (s.a.a.s.) e a Senhora Khadijah Kubra (a.s.) e esposa do Imam Ali (a.s.). Ela é uma entre cinco entidades que estavam cobertas com o manto (As'hab. Al-kissá) em que esses são considerados como infalíveis pelos shiitas que acreditam em doze imamos a, pois o nobre profeta (s.a.a.s.). A Senhora Fátima foi abençoada por filhos nobres como o segundo e terceiro imamo shiitas, senhora Zainab (a.s.) e Ummu Kulthum. Zahra (brilhante), Batul, Sayyida Nisa al-Alamin (a melhor mulher em dois mundos) são os títulos desta senhora, dos seus títulos mais famosos é Umm Abiha (a mãe do seu pai). Fátima foi a única mulher que acompanhou o Profeta (s.a.a.s.) no dia de Mubahlah (juramento) com os cristãos de Najran.

Foram revelados capítulos e versículos no Alcorão sagrado que indicam o grande nível que tem essa Nobre Mulher na história islâmica, entre eles: O surat Kauthar, versículo de purificação, versículo de Mawadat (amor) e versículo de alimentação; mas também narrações do profeta Muhammad (s.a.a.s.) como, por exemplo, Hadith Bidh-at. É mencionado nos hadiths que o Profeta (s.a.a.s.) indicou a Fátima (a.s.) como a melhor mulher deste mundo assim como do outro, e considerou a sua zanga como sendo a causa da raiva do Senhor todo-poderoso, e a felicidade dela também como felicidade do senhor.

Existem poucos relatos sobre a infância e adolescência de Fátima (a.s.). Nesse intervalo, apenas existem relatos sobre a sua companhia com o Profeta (s.a.a.s.) contra a violência dos politeístas, a sua presença no cativeiro de Abi Talib e migração para Medina com Imam Ali (a.s.).

Fátima (a.s.) casou-se com Imam Ali (a.s.) no segundo ano hijrita. Entre as práticas que realizou a pois a saída de meca para Medina com o profeta (s.a.a.s.) foi a realização de atividades sociais e acompanhar o Profeta do Islam. (s.a.a.s.) em algumas guerras, incluindo a conquista de Meca.

No incidente de Saqifa, Fátima (a.s.) se opôs às ações do conselho de Saqifa, tendo lido a carta do califado de Abu Bakr de uma forma iritada porque nela continha uma obrigação em que devia votar em Abu Bakr como líder dos Muçulmanos após o martírio de Profeta Muhammad (s.a.a.s.), mas a Senhora Fátima (a.s.) recusou porquê sabia o sucessor de profeta não é votado com as pessoas, mas sim é escolhido pelo Allah(s.w.t) e anunciado pelo mensageiro; e isso só foi feito na autoridade de Imam Ali (a.s.). Também durante o confisco de Fadak quando defendia o direito dela da herança assim como a defesa dela quanto ao assunto de Califado de Imam Ali (a.s.), não ficou calada, mas sim fez a famosa sermão denominada Fadakiyah em que detalhou tudo sobre a injustiça feita por governo que estava no poder. Pouco depois da morte do Profeta (s.a.a.s.) e durante o ataque dos seguidores de Abu Bakr na sua casa, ela foi ferida, adoeceu e após um curto período de tempo, foi martirizada em Medina no dia 3 de Jumadi al-Thani, ano 11Hijriyah. O corpo da filha do Profeta (s.a.a.s.) foi cremado e enterrado secretamente à noite devido a sua recomendação, em que até hoje o seu túmulo nunca foi reconhecido.

Entre as heranças que essa Nobre Senhora deixou é também o Famoso Tasbih feita depois das orações; em que é conhecido como de Tasbihat Al-Zahra (a.s.). Outra coisa é Mushaf Fatimah, um livro que contém as palavras inspiradas pelo anjo divino e escritas pelo Imam Ali (a.s.). Segundo as narrações, este livro estava nas mãos dos Imames cada um passando para o outro e agora está nas mãos do Imam Zaman ou Imam Almahd (atfs). E por último é a famosa Khutbah Fadakiyyah além também de inúmeras narrações que por sua autoridade foram narradas.

Os xiitas consideram Fátima (a.s.) como o seu modelo e lamentam o aniversário do seu martírio, tais dias são conhecidos como os dias de Fátima.

Num país como a república islâmica de Irão, o aniversário do nascimento de Fátima (a.s.) (20 Jumadi al- Thani) é considerado o dia das mulheres e mães, e os nomes de Fatimah e Zahra estão entre os nomes mais comuns para meninas neste país.

As obras escritas ou coletadas sobre Fátima Zahra (a.s.) podem ser divididas em três categorias: documentais, históricas e autobiográficas.

Nome e descendência

Fátima é filha do Profeta do Islam. Muhammad bin Abdullah (s.a.a.s.) e Khadija bint Khowayld (a.s.). Muitos títulos (cerca de 30 títulos) foram mencionados para Fátima (a.s.), os títulos como Al-Zahra (iluminante), Siddiqat (verdadeira), Muhadadda, Batul, Sayyidah Nisa Al-Alamin (Rainha das mulheres dos mundos), Mansoura, Tahirah (pura), Mutaharat (purificada), Zakiyah (nobre), Mubaraka (abençoada), razia (satisfeita) e Marziet (satisfatória), etc. Muitos epítetos foram mencionados para Fátima (a.s.) como, por exemplo

  • Ummu Abiha (A mãe do seu pai), a senhora Fátima (as) tratava o profeta Muhammad (a.s.) como sendo o seu filho, e dai foi chamada de Ummu Abiha.
  • Ummu Al-a-imah(mãe dos líderes), isso porque os doze lideres após profeta descendem de Fátima (a.s.)
  • Umm Al Hasan, Umm Al Hussein e Umm Al Mohsen (Mãe de Hassan, Hussein e Muhsen). [2]

Biografia

Fátima (a.s.) é a última filha do Profeta (s.a.a.s.) e Khadijah (a.s.). [16] Segundo os historiadores, Fátima nasceu em Meca na casa de Khadija num lugar chamado Zuqaq (beco, rua) Al-Attarin e Zuqaq al-Hajr perto de, Mas'i. [17]

Nascimento e a infância

Devido à visão comum dos xiitas, a Senhora Fatimah (a.s.) nasceu no 5.º ano da revelação, [19] conhecido como Ahqafiyah (o ano da revelação da Sura Ahqaf) [18]. Mas segundo o Sheikh Mofid e Kafami consideraram o segundo ano da revelação como sendo o nascimento da Senhora Fátima (a.s.). [20] De outro lado, devido à opinião comum dos sunitas, o nascimento de Fátima (a.s.) foi 5 anos antes da revelação. [21]

Nas fontes xiitas, o aniversário de Fátima (a.s.) é mencionado no dia 20 de Jumadi al-Thani. [22] segundo o dito narrada pelo Imam Baqir (a.s.), esse nome foi dado por Allah (s.w.t.), além disso, segundo outros ditos mencionados no livro de Al-Aqabi (escrito no século VII) é narrado do Profeta (s.a.a.s.) que a Fátima foi chamada de Fátima porque Allah a protegeu ela e a suas descendentes do fogo infernal. [24] Existem poucos relatos históricos sobre a vida de Fátima quando criança e adolescente. [25] Segundo relatos históricos, após a revelação do profeta (s.a.a.s.) a Fátima (a.s.) testemunhou a violência de politeístas contra o seu pai em alguns casos. Além disso, três anos da infância de Fátima passaram-se no cativeiro de Abi Talib e sob as pressões económicas e sociais dos politeístas contra os Banu Hashem (Tribo de profeta) e os seguidores do Profeta do Islam geralmente. [26] A Senhora Fátima também perdeu a sua mãe Khadija quando criança. [27] E alguns acontecimentos mais importantes da infância de Zahra (a.s.) também enquadra a decisão de Quraysh querer matar o Profeta (s.a.a.s.) [28] A partida noturna do Profeta de Meca e migração para Medina, e a migração de Fátima para Medina com Imam Ali (s.a.a.s.) e algumas mulheres. [29]

Noivado e o casamento

A senhora Fátima (a.s.) teve muitos pretendentes; mas no final, ela casou-se com o Imam Ali (a.s.). Segundo alguns pesquisadores, após a emigração do Profeta (s.a.a.s.) para Medina e a liderança da comunidade islâmica, Fátima (a.s.) era respeitada entre os muçulmanos devido à sua relação filial com o Profeta (s.a.a.s.). [30] Além desta questão, a expressão de amor do Profeta por Fátima (a.s.) [31] e as características de Fátima (a.s.) em comparação com as mulheres do seu tempo [32] fizeram com que alguns muçulmanos procurassem o casamento com Essa Senhora (a.s.). [33] Vários anciãos coraixitas que se converteram ao Islam. Antes de outros ou tinham poder financeiro adequado fizeram propostas a Fátima (a.s.). [34] Abu Bakr, Omar [35] e Abd al-Rahman bin Auf [36] estavam entre essas pessoas. Todos os pretendentes depararam-se com a rejeição do Profeta (s.a.a.s.). [37] Em resposta aos seus pedidos, o Profeta disse: "O casamento de Fátima é um assunto celestial e requer decreto divino." [38] E, em alguns casos, mencionou a insatisfação de Fátima (a.s.) em casar com esses pretendentes. [39] O Imam Ali (a.s.) estava muito interessado em se casar com Fátima por causa do seu relacionamento familiar com o Profeta e pelas características morais e religiosas de Fátima (a.s.); [40], mas, de acordo com os historiadores, ele não se via certo propor casamento à filha do Profeta. [41] Saad bin Mu'az transmitiu esta questão ao Profeta e o Profeta concordou com a proposta de Ali (a.s.). [42] O Profeta (s.a.a.s.) fez chegar a informação do pedido de Imam Ali (a.s.) a própria Fátima (a.s.) e as suas características comportamentais e virtudes, em que a senhora Fátima (a.s.) ficou satisfeita e aceitou o noivado. [43] Daí Profeta (s.a.a.s.) por ordem divina realizou o casamento de Fátima (a.s.) com Ali (a.s.). [44] O Imam Ali (a.s.), primeiros meses após a emigração, teve uma situação económica difícil como o caso de outros emigrantes também.[45] Portanto, seguindo o conselho do Profeta, ele vendeu (ou hipotecou) a sua armadura e estabeleceu o preço como selo (mahr) de Fátima (a.s.). [46] A cerimônia de casamento de Ali (a.s.) e Fátima (a.s.)foi realizada na presença de muçulmanos na mesquita. [47] Há uma diferença de ideias sobre a data da cerimônia de casamento. Na maioria das fontes, destacaram o segundo ano do Hijri. [48] A cerimônia de casamento foi realizada após a Batalha de Badr em Shawwal ou Dhul- Hijjah do ano 2H. [49]

A vida comum junto com Imam Ali (a.s.)

Nos relatos históricos e narrativos, afirma-se que Fátima (a.s.) amou Imam Ali (s.a.a.s.) de diferentes maneiras e até mesmo na presença do Profeta e o chamou de a melhor esposa. [50] Foi narrado que a senhora Fátima (a.s.) acarinhava o seu marido Imam Ali (a.s.) com palavras amorosas em casa [51] e em público o chamava de Abu Al-Hassan [52] É relatado que Fátima (a.s.) dentro da sua casa se embelezava com perfumes e ornamentos. [53]

O primeiro período da vida conjugal de Fátima (a.s.) e Ali (a.s.), foi associado a difíceis condições económicas [54] e em alguns momentos eles não conseguiam encontrar comida para alimentar os seus filhos Hassan e Hussein (a.s.). [55], Mas Fatiam (a.s.) não se opôs à situação existente e às vezes ela costumava fiar lã para ajudar o seu marido a ganhar a vida. [56]

Com base no conselho do Profeta (s.a.a.s.) [57], Fátima (a.s.) quis fazer o trabalho em casa sozinha e deixar os assuntos fora de casa para o seu parceiro Ali (a.s.). [58] mesmo quando arranjaram uma empregada de nome Fidha, a senhora Fátima continuou a fazer metade do trabalho doméstico sozinha e a outra metade deixou para a Fidha. [59] com base de alguns relatos históricos indicam que a senhora Fátima (a.s.), tinha decretado que um dia seria ela a fazer todos deveres de casa e outro dia a empregada Fidha. [60]

Por outro lado, o Imam Ali (a.s.) respeitava muito a sua esposa Fátima (a.s.). Um dito que foi narrado pelo próprio Imam Ali (a.s.) diz que eu nunca irritei Fátima (a.s.) e nem Fátima (a.s.) irritou-me. [61] Houve vezes que os companheiros de profeta vinham querer falar com a Senhora Fátima (a.s.), no caso de Abu Bakr e Umar, e pediam permissão ao Imam Ali (a.s.) para se encontrar com Fátima (a.s.), nesse caso a senhora Fátima (a.s.) sempre falava para o Imam Ali (a.s.): A casa é sua e esta mulher livre que está falando com você é sua esposa, por isso faca tudo que você quiser (se negas ou permites)[62]

Filhos

Fontes xiitas e sunitas concordam que Hassan, [63] Hossein, [64] Zainab [65] e Umm Kulthum [66] são os quatro filhos da Senhora Fátima e Imam Ali (a.s.). [67] Em fontes xiitas e algumas fontes sunitas mencionaram outra criança ligada a esta família cujo o seu nome é dito como Mohsen ou Mohassan, sendo abortada devido ao dano infligido a Senhora Fátima (a.s.) durante os cenários ocorridos após a morte de Profeta (s.a.a.s.). [68]

Acontecimentos ocorridos no final da vida

Houve cenários tristes nos últimos meses da vida de Fátima (a.s.); segundo as referências, dizem que ninguém viu Senhora Zahra (a.s.) sorrindo durante este período. [69] foram registados os acontecimentos tristes naquele período, como A morte do Profeta (s.a.a.s.), [70] a história de Saqifa, a usurpação do califado, o confisco de Fadak por Abu Bakr e a leitura do sermão de Fadak na presença dos Companheiros; [71] esses são os eventos finais mais importantes na sua vida. A Senhora Fátima era uma das defensoras do seu marido Imam Ali (a.s.) no assunto de califado e uma das principais opositoras do Conselho de Saqifah e do califado de Abu Bakr. [72] Por isso, entraram em várias ameaças pelo califado daquele período, como, por exemplo, a ameaça de queimar a casa de Fátima (a.s.). [73] O Imam Ali (a.s.) e os oponentes de Abu Bakr se revoltaram dar a foto de fidelidade e foram se reunir na casa de Fátima (a.s.), isso fez com que os companheiros do califa atacassem a casa de Fátima e neste ataque a Senhora Fátima foi prejudicada quando tentava a prevenção do seu marido para que não seja levado e ir dar a voto de lealdade forçada a Abu Bakr.[74] é nesse acontecimento que o seu filho foi abortado. [75] Após este incidente, Fátima (a.s.) adoeceu e morreu pouco depois. [76] No livro Al-Ihtjaj, também é relatado que ela falou num conjunto das mulheres de Medina que vinham a visitar na sua casa, nas suas palavras expressava insatisfação com a posição que o povo tomou após a morte de o Profeta (s.a.a.s.) de maltratar os seus Ahlulbait (a.s.). [77] Fátima legou a Imam Ali (a.s.) que após a sua morte, os seus oponentes não deveriam participar das orações sobre o seu corpo e a sua cerimônia de sepultamento e pediu a Imam Ali (a.s.) que a enterrasse à noite onde ninguém poderia conhecer a sua sepultura. [78] segundo a visão comum, [79] Fátima (a.s.) foi martirizada em Madinah no dia 3 de Jumadi al -Thani ano 11H [80] Diz-se que a sua idade era de dezoito anos; [81] No entanto, numa narração do Imam Baqir (a.s.), a sua idade é mencionada como 23 anos. [82]

Contribuições sociais e políticas

Fátima (a.s.) teve muitas atividades sociais e posições políticas, entre elas a emigração para Medina, medicação do Profeta (s.a.a.s.) durante a Batalha de Uhud, [83] a presença dela ao lado do corpo de Hamza (senhor dos mártires) com Safiya, irmã de Hamza e tia do Profeta (s.a.a.s.) em Uhud, [84] entrega de comida ao Profeta na batalha de Khandaq [85] e acompanhamento na conquista de Meca [86] essas são suas atividades antes da morte do Profeta (s.a.a.s.).

Mas a maioria das atividades políticas de Fátima (a.s.) estão relacionadas ao curto período da sua vida após a morte do Profeta (s.a.a.s.). Entre as suas posições políticas mais importantes estão: oposição ao acontecimento de Saqifah no Abu Bakr foi escolhido como o califa depois do Profeta (s.a.a.s.), ir até às casas dos líderes dos Muhajir e Ansar para levá-los a confessar sobre o mérito e a superioridade do Imam Ali (a.s.) para o califado, tentar recuperar o seu direto como proprietário de Fadak, discursar sobre o Fadak entre os Muhajirin e Ansar, defender Imam Ali (a.s.) No caso do ataque à sua casa, o seu discurso na frente das mulheres (Muhajirina e ansar) que vieram visitá-lo na sua casa, pois o ataque à sua casa e deixar o legado para realizar a cerimônia após a sua morte silenciosa e secretamente. Segundo alguns pesquisadores, muitas das palavras e comportamentos de Fátima (a.s.) após a morte do Profeta (a.s.) foram uma espécie de reação política e protesto contra a usurpação do califado por Abu Bakr e os apoiantes do seu califado. [87]

Discordância da decisão do Conselho de Saqifa

Após a formação do Conselho de Saqifa e o juramento de fidelidade a Abu Bakr como califa, Fátima (a.s.) junto com Ali (a.s.) e vários companheiros como Talha e Zubair se opuseram a essa ação. [88] Porque no acontecimento de Ghadir, o Profeta (s.a.a.s.) apresentou o Imam Ali (a.s.) como o seu sucessor. [89] De acordo com relatos históricos, Fátima e Ali (a.s.) iam até os Companheiros e pediam o apoio. Mas os companheiros não tinham como apoiar porque já teriam dado o voto de lealdade à Abu Bakr, por isso na resposta ao pedido de Fátima (a.s.), os Companheiros diziam que se ela tivesse feito o tal pedido antes de jurarem a lealdade a Abu Bakr, eles teriam apoiado o califado de Ali (a.s.). [90]

O acontecimento de Fadak e o seu discurso

Depois que Abu Bakr tomou Fadak de Fátima (a.s.) e o confiscou para benefício do seu califado, a Senhora Fátima (a.s.) se opôs a essa ação. [91] Ela discutiu com Abu Bakr para recuperar Fadak, apresentando evidências e testemunhas para o seu direito, [92] daí Abu Bakr num escrito reconheceu Fadak como sendo de Fátima (a.s.); mas Umar bin Khattab desrespeitosamente pegou aquele escrito de Fátima (a.s.) e o rasgou. [93] Algumas fontes relataram que é neste acontecimento onde o Omar bateu na Senhora Fátima (a.s.) provocando ferimento e causando o aborto da sua gravidez. [94] Depois que a sua tentativa de recuperar Fadak não ter sucesso, Fátima (a.s.) foi à Mesquita do Profeta (s.a.a.s.) e fez um discurso na presença dos companheiros (sahabas), que mais tarde foi conhecido como discurso de Fadak, neste discurso condenou as ações de Abu Bakr ao confiscar Fadak e usurpar o califado. Neste sermão, Fátima (a.s.) considerou o resultado das ações de Abu Bakr e os seus seguidores como o fogo do inferno. [95]

Acompanhamento com os protestantes contra Abu Bakr

Depois que os companheiros nomearam Abu Bakr como califa e juraram fidelidade a ele e ignoraram o discurso do Profeta (s.a.a.s.) sobre a sucessão do Imam Ali (a.s.), Fátima (a.s.) junto se com Ali (a.s.), Bani Hashim e vários companheiros discordaram o juramento para Abu Bakr e reuniram-se na casa de Fátima (a.s.). [96] Abbas bin Abd al-Muttalib, Salman Farsi, Abu Dhar Ghafari, Ammar bin Yasir, Miqdad, Ubi bin Ka'b e um grupo de Bani Hashim estavam entre os reunidos. [97]

A defesa ao Imam Ali (a.s.) no incidente de invasão na sua casa

Após o ataque dos apoiantes do califado de Abu Bakr à casa de Ali (a.s.), Fátima (a.s.) ficou na frente dos agressores e os impediu de levar Ali (a.s.) à força para jurar lealdade a Abu Bakr. [98] segundo com o relatório de Ibn Abd Rabbah, um dos estudiosos sunitas nos séculos III e IV do calendário lunar, diz que depois que Abu Bakr ter-lhe chegado a informação de que os seus oponentes estão reunidos na casa de Fátima (a.s.), ele ordenou que atacassem lá e dispersassem os reunidos nessa casa, se no caso de resistência, então entrariam numa guerra com eles. Umar foi à casa de Fátima com algumas pessoas e pediu aos reunidos que saíssem de casa. Em seguida, ele ameaçou queimar a casa se desobedecesse à ordem. [99] Omar e outros agressores entraram na casa violentamente. Nesse ínterim, a Senhora Fátima (a.s.) ameaçou os agressores de que, se eles não saíssem de casa, ela queixava perante Allah todo-poderoso. [100], portanto, os agressores sairam de casa e levaram todos os reunidos à mesquita para jurar lealdade a Abu Bakr exceto Ali e os Bani Hashem. [101]

Os atacantes, após obrigarem fazer juramento de lealdade aos que estavam reunidos na casa de Fátima(a.s.), e a fim de impedirem os Bani Hashim de fazerem o juramento de lealdade ao Imam Ali (a.s.), atacaram a casa de Fátima (a.s.) novamente e atearam fogo à porta da casa. Neste momento a Fátima(a.s.), estava atrás da porta, e por efeito de fogo, preção e a batida de Omar e Qunfudh e outros companheiros sobre a porta de casa, a Fátima (a.s.) foi ferida e o seu feto (Mohsin (a.s.))foi abortado [102] Em alguns relatos, afirma-se que Qunfudh encostou a Fátima (a.s.) entre a porta e a parede [103] e empurrou a porta em Fátima (a.s.) e quebrou as suas costelas. [104] após este incidente a Fátima (a.s.) ficou de baixa muito doente. [105]

A raiva de Fátima (a.s.) em Abu Bakr e Omar

Os confrontos violentos de Abu Bakr e Omar com Fátima e Ali (a.s.) sobre o incidente de Fadak e os eventos relacionados à lealdade forçada ao califa, deu como resultado a raiva de Filha do profeta Fátima (a.s.) contra Abu Bakr e Omar até o fim da sua vida. [106] Segundo relatos, depois que Omar e outros agressores atacarem a casa de Fátima (a.s.), Abu Bakr e Omar decidiram ir à casa de Fátima (a.s.) para se desculpar; mas Fátima não os deixou entrar. Eles finalmente entraram na casa de Fátima com a mediação do seu marido Imam Ali (a.s.), logo que entraram a Fátima (a.s.) virou o rosto para a parede logo que os viu e não respondeu o (Salam) cumprimento deles. Depois de Fátima lembrar o Hadice de profetas (s.a.a.s.) no qual o profeta tornou a sua felicidade com a felicidade de Fátima (a.s.) e a sua raiva com a raiva Dela, Dai a senhora Fátima (a.s.) declarou que a sua raiva foi causada com Abu Bakr e Omar.[107] Alguns relatos dizem que Fátima (a.s.) jurou amaldiçoá-los após cada oração. [108]

O Discurso no encontro com mulheres imigrantes e Ansar

Um dos acontecimentos após a morte do Profeta (s.a.a.s.) e abaixamento de Fátima (a.s.) na sua casa, foi de um grupo de mulheres imigrantes (muhajirin) e aquelas que já estavam em Medina (Ansar) vir visita-la e querer saber a situação da sua saúde, neste encontro após louvar Allah (s.w.t.) e mandar saudações a seu pai, repreendeu fortemente e condenou os homens (emigrantes e Ansar) por remover o sucessor do Profeta da sua posição e removê-lo da base da missão profético como califa, em que causou para eles a clara desvantagem. Na continuação do seu discurso, a Senhora Zahra (a.s.) considerou o motivo de Imam Ali (a.s.) ser deixado e as pessoas serem proibidas a aderirem ao seu califado, foi impedi-lo espaço de liderar com a sua justiça, salientou que se o deixassem o Imam liderar o governo então todas as pessoas o amariam e ninguém iria se afastar dele; as bênçãos do senhor iria se espalhar na terra, onde as águas dos rios e lagos iriam transbordar de ambos os lados, e as portas das bênçãos da terra e do céu estariam abertas para eles, mas assim que eles não aceitaram o seu governo e a sua governação e pelo tudo que eles fizeram contra Ali (a.s.), Allah os colocará em grande punição. [109]De acordo com alguns relatos, após esta reunião, quando os emigrantes e os Ansar foram informados, eles vieram a Fátima (a.s.) para (aparentemente) se desculpar e (principalmente com desejo) de se justificar o que haviam feito (dar a voto de lealdade a Abu Bakr), que a senhora Zahra (a.s.) Disse para eles: afaste-se de mim, porque depois das desculpas não sinceras, não há mais desculpa, e essa suas falhas e erros não pode ser revertida. [110]

Martírio, funeral, enterro

Fátima faleceu no ano 11 hijrita, após um período de doença causada pelas lesões físicas que sofreu nos acontecimentos posteriores à morte do Profeta. [111] Há uma diferença de opinião sobre a data do martírio e é mencionado de quarenta noites após a morte do Profeta (s.a.a.s.) até oito meses depois disso. [112] O dito mais autêntico entre os xiitas é [113] 3 de Jumadi al-Thani; [114] Significa 95 dias após a morte do Profeta (s.a.a.s.). [115] a prova disso é uma narração do Imam Sadiq (a.s.). [116] Segundo outros pontos de vista, afirmaram que martírio ocorreu 75 dias após a morte do Profeta [117] (13 Jumadi al-Awl), oitavo de Rabi al-Thani [118], dia 13 de Rabi al-Thani [119] e o terceiro do Ramadão [120].

Imam Kazem (a.s.) especificou numa narração sobre o martírio de Fátima (a.s.). [121] segundo uma narração do Imam Sadiq (a.s.), o motivo do martírio de Fátima (s.a.) é mencionado que foi o Kunfudh com uma bainha de espada, que causou o aborto de Mohsin e a doença.

Segundo alguns pesquisadores, a vontade de Fátima de enterrar o seu corpo secretamente foi seu último ato político em oposição ao califado que estava no poder. [123]

Local do enterro

Antes do seu martírio, a Senhora Fátima fez um testamento dizendo que não queria que pessoas que a prejudicaram e causaram a sua raiva orar por seu corpo e comparecer ao funeral. Portanto, ela disse ao Imama Ali (a.s.) que queria enterrá-lo secretamente e manter o seu local de sepultamento em segredo. [124] Segundo os historiadores, ali (a.s.) fez o banho da sua esposa com a ajuda de Asma bint Umais [125] e rezou sobre o seu corpo. [126] Além do Imam Ali (a.s.), várias outras pessoas também participaram da oração, e há uma diferença em relação ao número e nomes das pessoas. Fontes históricas identificaram as pessoas que participaram desta oração foram o Imam Hasan, Imam Hussein, Abbas bin Abdul Muttalib, Miqdad, Salman, Abu Dhar, Ammar, Aqeel, Zubair, Abdullah bin Masoud e Fazl bin Abbas. [127] Após o enterro, Imam Ali (a.s.) destruiu os vestígios da sepultura para que a sepultura não pudesse ser identificada. [128] Além do fato de que a localização exata da sepultura é desconhecida, mas também existem várias narrações sobre o local onde a sepultura está localizada: [129]

  • Alguns consideraram o local do enterro da Senhora Fátima (a.s.) perto do seu pai o Profeta (s.a.a.s.). [130]
  • A casa da Fátima e Imam Ali (a.s.) foi introduzida como outro local de enterro dela. Este lugar tornou-se parte da mesquita com a expansão da Mesquita Al-Nabi durante o período omíada (Banu umaia). [131]
  • Algumas fontes mencionaram absolutamente o cemitério de Baqi como o local de sepultamento da senhora Fátima (a.s.). [132]
  • A casa de Aqeel bin Abi Talib é outro lugar que as fontes consideram como o local do enterro da Senhora Fátima (a.s.). [133] A casa de Aqeel, uma casa grande, ficava ao lado do cemitério Baqi [134] e após o enterro do corpo de Fátima bint Asad, Abbas bin Abd al-Muttalib e vários imamos xiitas, foi transformada de residencial estadual para um santuário público. [135]

Virtudes

Nas narrativas, comentário e fontes históricas de xiitas e sunitas, muitas virtudes foram relatadas para a Senhora Zahra (a.s.). Algumas dessas virtudes têm origem alcorânica, como o versículo da purificação (tathir) e o verso de Mubahala (a maldição). Em tais virtudes, a revelação dos versículos sobre a Ahlul baites do Profeta, e é sabido que a Senhora Fátima (a.s.) Também é uma das Ahlul bait (a.s.). Várias virtudes também foram mencionadas nos hadiths, como o hadith de bidh-a (parte de carne de profeta).

Infalibilidade

De acordo com Allama Majlisi , os xiitas têm um consenso definitivo sobre a infalibilidade da Senhora Fátima (a.s.). [136] A maior evidência e prova para a infalibilidade de Fátima (a.s.) é o versículo de purificação (Tat'hir), [137] a narração de pedaço de carne (bidhat) e outras narrações que expressam a infalibilidade de Ahlul Baites, em geral (a.s.), e provamos que a Senhora Fátima (a.s.) faz parte de Ahlul Bait. [138] De acordo com o verso da purificação, Allah Todo-poderoso quis purificar os Ahlul Bait (a.s.) de toda a feiura e impureza, e de acordo com muitas tradições xiitas e sunitas, Fátima (a.s.) é um dos Ahlul bait (a.s.). [139] O requisito para a infalibilidade da Senhora Zahra (a.s.) é que ela tenha alguns aspetos dos Profetas e Imames (a.s.), como autoridade de fala e conduta, interpretação, autoridade religiosa e capacidade de interpretar e explicar a religião, o seu curso prático e posturas, o critério de reconhecimento do certo do errado, e também é considerada uma modela perfeita nos diferentes campos da vida. [140]

Fontes narrativas e históricas dos sunitas também relataram que o Profeta (s.a.a.s.) absolveu a sua família, Fátima (a.s.), Ali (a.s.), Hassan (a.s.) e Hussein (a.s.) de todos os pecados, referindo-se ao versículo da purificação. [141]

Adoração

Fátima Zahra (a.s.) como o Profeta (s.a.a.s.) estava muito ligada em adoração e passava parte do seu tempo em oração e súplicas. [142] Em algumas fontes, há relatos que indica a ligação invisível da senhora Fátima (a.s.); por exemplo, Salman Farsi ficou surpreso que Zahra (a.s.) estava lendo o Alcorão ao lado de mó, e a mó estava girando sozinha, e ele fez chegar a informação ao Profeta (s.a.a.). O Profeta respondeu: "... Allah enviou Gabriel para girar o moinho para ele." [143] Orações longas, reviver as noites, orar pelos outros, incluindo vizinhos, [144] jejuar, visitar os túmulos dos mártires é uma das características comportamentais de Fátima (a.s.), sendo enfatizada nas palavras de Ahlul Bait, alguns companheiros e seguidores. [145] Assim, nos livros de orações e súplicas, algumas orações, súplicas e glorificações são atribuídas a Fátima (a.s.). [146]

A posição de Fátima (a.s.) perante Allah todo-poderoso e o Profeta (s.a.a.s.)

Estudiosos xiitas [147] e sunitas [148], com base no versículo 23 da Sura Shura, conhecido como o versículo de Maudat (amor), consideraram gostar e amar a Fátima (a.s.) como a ordem de divina aos muçulmanos. Neste versículo, indica que a recompensa que os muçulmanos podem dar o Mensageiro (s.a.a.s.) pela mensagem islâmica que fez chegar a nós é a amizade e o amor com os seus parentes, que os comentaristas interpretaram os parentes como sendo os Ahlul Bait (a.s.). [149] De acordo com os mesmos, os parentes neste versículo são Fátima (a.s.), Ali (a.s.), Hassan e Hussein (a.s.). [150] Além do versículo de Maudat, foram narrados ditos do Profeta (s.a.a.s.), segundo aos quais Allah todo-poderoso fica zangado com a raiva de Fátima (a.s.) e satisfeito com a satisfação dela. [151] Seyyed Mohammed Hasan Mirjahani deu um hadith no seu livro, Junnah Al-Aasima, narra um Hadice que considera a criação de Fátima (a.s.) como a razão para a criação dos céus. Este hadith, conhecido como (لولاک) que significa (se não fosse por sua causa), foi narrado pelo Profeta (s.a.a.s.) e, com base nele, a criação dos céus dependia da criação do Profeta (a.s.), e a criação do Profeta dependia da criação de Ali (a.s.), e a criação do Profeta e Ali dependia da criação de Fátima (a.s.). [152] Alguns consideram o conteúdo deste hadith é dirigível, além de problemas com a cadeia de transmissão que este hadice tem. [153] O Profeta (s.a.a.s.) gostava muito de Fátima (a.s.) e a amava e respeitava mais do que os outros. Numa narração conhecida como “a narração de parte de corpo”, o Profeta (s.a.a.s.) apresenta Fátima (a.s.) como parte do seu corpo e diz que, quem a machucar machucou-me. Esta narração foi relatada de diferentes maneiras pelos primeiros narradores, como Sheikh Mofid entre os estudiosos xiitas e Ahmad Ibn Hanbal entre os estudiosos sunitas. [154] Quando o Profeta do Islam. (s.a.a.s.) saia numa viagem, a última pessoa de quem o se despedia era Fátima (a.s.), e quando voltava de uma viagem, se avistava primeiro com a Fátima (a.s.). [155]

Líder das mulheres

Em muitos ditos narrados por xiitas e sunitas, afirma-se que Fátima (a.s.) é a melhor das mulheres do céu, a melhor das mulheres dos dois mundos e a melhor das mulheres da era. [156]

A única mulher escolhida na história de Mubahala

Entre as mulheres muçulmanas, apenas Fátima (a.s.) foi escolhida para participar do Mubahala do Profeta (a.s.) com os cristãos de Najran. Este ato é mencionado no versículo de Mubahala. Segundo fontes exegéticas, narrativas e históricas, o verso de Mubahala foi revelado na superioridade e virtude do Ahlul bait do Profeta (a.s.). [157] Fátima, Imam Ali (a.s.), Imam Hassan (a.s.) e Imam Hussein (a.s.) foram companheiros do Profeta neste evento. [158]

Continuação da geração do Profeta através de Fátima

Entre as virtudes da senhora Fátima (a.s.) é a continuação da linhagem do Profeta (s.a.a.s.), e todos os imamos xiitas são entre filhos de Fátima (a.s.) [159] Alguns comentaristas consideraram a revelação de surat kauthar refere se a Fátima (a.s.) que significando o “bem abundante”. [160]

Generosidade

A generosidade de Fátima (a.s.) foi relatada como uma das suas características comportamentais. Na sua vida conjunta com Ali (a.s.), quando ele estava numa situação económica favorável, ela era simples e sempre gastava. [161] o exemplo da sua generosidade foi de Doar um vestido novo na noite de núpcias a um necessitado, [162] dar um colar a um pobre [163] e dar toda a sua comida aos pobres, órfãos e cativos. [164] De acordo com relatos de narrativas e comentários, Fatimah (a.s.), Ali (a.s.), Hassan e Hussein (a.s.) deram toda a sua comida aos necessitados por três dias consecutivos durante o Iftar, o versículo da alimentação foi revelado na sua homenagem. [165]