Alcorão

Fonte: wikishia
O Alcorão pertence ao quarto ou quinto século lunar
O Alcorão pertence ao quarto ou quinto século lunar

O Alcorão (em árabe: القرآن) é a palavra de Allah e o livro sagrado dos muçulmanos, que foi revelado ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.) por anjo Gabriel. Os muçulmanos consideram o conteúdo e as palavras do Alcorão foram revelados por Allah; Eles também acreditam que o Alcorão é um milagre e um sinal da missão profética do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) e o último livro divino. Este livro enfatizou seu milagre e considerou que a razão de seu milagre é que ninguém pode inventar seu equivalente.

Os primeiros versículos do Alcorão foram revelados pela primeira vez ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.) na caverna de Hira, localizada no Monte Noor. A visão popular é que seus versículos foram revelados ao Profeta tanto por meio do anjo da revelação (Gabriel) quanto diretamente para o profeta sem o meio de anjo. A maioria dos muçulmanos acredita que o Alcorão foi revelado gradualmente; Mas alguns acreditam que, além da revelação gradual dos versículos, o que deveria ser revelado ao Profeta (s.a.a.s.) em um ano era revelado de uma vez na noite de Qadr, e outros também dizem que foi revelado a ele em um lugar por completo no mês de Ramadã na noite de Qadr.

Na época do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), os versículos do Alcorão foram escritos espalhados em peles de animais, madeira de palmeira, papel e tecido. Após o falecimento do Profeta (s.a.a.s.), os versículos e capítulos (suras) do Alcorão foram coletados pelos Companheiros; Mas muitos versículos foram compilados que eram diferentes na ordem das suras (capítulos) e recitações (forma de pronunciar as palavras). Por ordem de Uthman, uma única cópia do Alcorão foi preparada e as outras cópias existentes foram destruídas. Os xiitas, seguindo seus doze imames, consideram esta versão coletada por terceiro califa Uthman, como sendo correta e completa.

Al-qur’an, Furqan, Al-Kitab e Mushaf estão entre os nomes mais famosos do Alcorão. O Alcorão tem 114 capítulos e mais de 6.000 versículos e está dividido em 30 partes e 120 Hizb (seção). No Alcorão, tópicos como o monoteísmo, a ressurreição, as campanhas do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), as histórias dos profetas passados, as práticas religiosas do Islã, as virtudes e vícios morais e a luta contra o politeísmo e a hipocrisia, etc., foram mencionados.

Até o século IV lunar, várias leituras do Alcorão eram populares entre os muçulmanos. A existência de diferentes versões entre os muçulmanos, o primitivismo da escrita árabe, a existência de diferentes dialetos e as preferências dos recitadores estão entre as razões para a diferença na recitação. Neste século, sete recitações foram escolhidas entre as recitações. A recitação mais comum do Alcorão entre os muçulmanos é a recitação de Asim com a narração de Hafs.

A primeira tradução completa do Alcorão foi escrita em persa no século IV e em latim no século VI (XII DC). Este livro foi publicado pela primeira vez na Itália em 950 AH (1543 DC). Foi impresso pela primeira vez por muçulmanos em 1200 AH em São Petersburgo, Rússia. O Irã foi o primeiro país muçulmano a imprimir o Alcorão em 1243 AH e 1248 AH. O Alcorão conhecido hoje pelo nome de Uthman Taha é baseado na edição egípcia.

A tradução para o português foi iniciada em 1984 e terminou em 1988. Durante os anos seguintes, o texto foi apreciado pela Liga Islâmica Mundial, que aprovou a versão traduzida após consultas, revisões e visitas do professor Helmi Nasr à Arábia Saudita.

Alcorão tornou-se a fonte de muitos conhecimentos entre os muçulmanos. Interpretação e ciências do Alcorão, como a história do Alcorão, a ciência das palavras do Alcorão, a ciência dos árabes e a retórica do Alcorão, as histórias do Alcorão e os milagres do Alcorão estão entre essas ciências.

O Alcorão tem um lugar especial nos rituais e na arte muçulmana. Recitação de todo o Alcorão, colocar o Alcorão na cabeça e recitar o Alcorão na cerimônia de casamento estão entre eles. A maior manifestação do Alcorão foi na arte, na caligrafia, no dourado, na encadernação, na literatura e na arquitetura.

Palavra de Allah

Al-Fatihah, primeira sura do Alcorão
Al-Fatihah, primeira sura do Alcorão

De acordo com os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Allah que foi revelada ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.) por revelação (wahay)[1] e seu conteúdo e palavras vieram de Allah.[2] Eles disseram: Os primeiros versículos que foram revelados para o Profeta foram os versículos iniciais da Sura Al-Alak e a primeira Sura que foi revelada em sua totalidade foi a Sura Fatiha.[3] De acordo com a crença islâmica, o Profeta Muhammad é o último profeta e o Alcorão é o último livro celestial.[4]

A forma da revelação do Alcorão

O Alcorão foi revelado ao profeta de três maneiras: inspiração (wahay), por trás do cortina e por meio dos anjos.[5] Alguns citam versículos como "قُلْ مَن كَانَ عَدُوًّا لِّجِبْرِيلَ فَإِنَّهُ نَزَّلَهُ عَلَىٰ قَلْبِكَ بِإِذْنِ اللَّـهِ" "Dize (ó profeta) Aquele que é inimigo de Gabriel [é na verdade um inimigo de Allah] porque ele, por ordem de Allah, revelou o Alcorão ao seu coração",[6] eles disseram: a revelação deste livro ocorreu apenas por meio de Gabriel;[7] Mas a opinião é bem conhecida de que o Alcorão foi revelado ao Profeta de outras maneiras, inclusive diretamente e sem intermediários de anjo.[8]

A revelação abrupto (daf’ii) e gradual (tad-rijii)

De acordo com alguns versículos do Alcorão, este livro foi revelado no mês do Ramadã e na noite de Qadr.[9][Nota 1] Portanto, há uma diferença de opinião entre os muçulmanos sobre se o Alcorão foi revelado de uma só vez ou gradualmente. [10] Alguns disseram: O Alcorão foi revelado de duas maneiras;[11] um grupo acredita que o que deveria ser revelado ao Profeta (s.a.a.s.) em um ano e de uma vez na noite de Qadr[12] Algumas pessoas também acreditam que o Alcorão foi revelado apenas gradualmente e o início de sua revelação foi no mês do Ramadã e na noite de Qadr.[13]

Nomes famosos

Muitos nomes foram mencionados para o Alcorão sagrado. Al-quran, Furqan, Al-Kitab e Mushaf são os mais famosos deles.[14] o segundo califa Abu bakar é que deu o nome de Mushaf ao Alcorão. Mas outros nomes são mencionados no próprio Alcorão.[15] Quran (Alcorão) é o nome mais famoso deste livro. Esta palavra significa, literalmente, "ser lida", e apalavra "Al-quran" foi usada cinquenta vezes no Alcorão e, em todos esses usos, significa o livro do Alcorão; Além disso, é mencionado vinte vezes no Alcorão com somente "Quran" sem proceder com "Al", e em treze vezes dos vinte, dá o singificado do livro do Alcorão.[16] O Alcorão foi introduzido com muitos títulos que foram apresentadas com o próprio livro, tais como: Majid, Kareem, Hakim, Mubeen. Os sunitas sempre chamam o Alcorão com o adjetivo "Kareem, Nobre" (Quran Kareem) e os xiitas com o adjetivo "Majid, Glorioso" (Quran Majid) e esses dois adjetivos têm sua origem no próprio Alcorão.[17]

Posição

O Alcorão é a fonte mais importante do pensamento muçulmano e o padrão para outras fontes do pensamento islâmico, como Hadith e Sunnah (Tradição). Isso significa que os ensinamentos recebidos por meio de outras fontes islâmicas não são válidos se contradizem os ensinamentos do Alcorão.[18] Com base nas tradições do Profeta Muhammad e dos imames xiitas, os hadiths devem ser submetidos ao Alcorão, e se eles não concordam com o mesmo, devem ser considerados inválidos e falsos.[19]

Como exemplo, foi relatado pelo Profeta Muhammad (s.a.a.s.): Cada palavra que é narrada por mim para vocês, se for compatível com o Alcorão, eu a disse, e se ela a contradiz, eu não a disse.[20][Nota 2] Há também uma narração do Imam Sadiq (a.s.) de que qualquer hadith que contradiga o Alcorão é uma mentira.[21]

História do Alcorão

Escritura e edição

Um manuscrito do Alcorão que data do primeiro século AH
Um manuscrito do Alcorão que data do primeiro século AH

O Profeta Muhammad (s.a.a.s.) tinha grande ênfase na memorização e recitação correta dos versículos do Alcorão. Devido às poucas pessoas alfabetizadas e à falta de recursos de escrita nos primeiros anos da missão profética, por medo de que uma palavra pudesse ser esquecida ou registrada incorretamente, ele incentivou em memorizar e recitar os versículos corretamente.[22] Quando um versículo era revelado, ele chamava os escribas da revelação para escrevê-la.[23] Os versículos do Alcorão foram escritos espalhados em pedaços de pele de animais, madeira de palmeiras, tecidos e papeis.[24]

O próprio Profeta supervisionou a redação da revelação. Depois de recitar os versículos aos escribas da revelação, pediu-lhes que lessem o que haviam escrito para corrigir possíveis erros de escrita.[25] Siyuti escreveu dizendo: Durante o tempo do Profeta, todo o Alcorão foi escrito, mas não estava em um só lugar e a ordem das suras não foi especificada como está agora.[26]

A organização do Alcorão em sua forma atual não aconteceu durante o tempo do Profeta (s.a.a.s.). De acordo com o livro Al-Tamhid fi Ulum al-Qur'an, durante o período do Profeta, os versículos e nomes das suras foram especificados de acordo com sua opinião; No entanto, a compilação final do Alcorão na forma de um livro e a disposição das suras foram feitas após o falecimento do Profeta e a critério dos Companheiros.[27] De acordo com este livro, a primeira pessoa que compilou o Alcorão foi Imam Ali (a.s.). Ele coletou as suras do Alcorão com base na data de sua revelação.[28]

Unificação dos Muṣḥafs

Após o falecimento do Profeta, seus grandes companheiros, cada um deles, começaram a coletar o Alcorão. Muitos Mushafs foram compilados, que eram diferentes na ordem das suras e recitações.[29] Isso fez com que cada grupo deles considerasse sua leitura do Alcorão como correta e a outra como incorreta.[30]

Com a sugestão de Huzaifa a Uthman para unificar os Mushafs e a aprovação dos companheiros do Profeta, Uthman comissionou um grupo para fazer isso.[31] Ele enviou pessoas para diferentes terras islâmicas e coletou todos os Alcorões existentes; Então ele ordenou que os destruíssem.[32] De acordo com o Livro de Al-Tamhid, a possibilidade mais forte sobre a época da unificação dos Alcorões é o 25º ano lunar.[33]

A concordância dos Imames Xiitas com a versão do Mushafi Uthman

Alcorão atribuído ao Ali bin Abi Talib (a.s.)
Alcorão atribuído ao Ali bin Abi Talib (a.s.)

Segundo as tradições, os imames xiitas concordaram com a unificação dos Alcorões e também com o Mushafi compilado pela ordem de Uthman. Siyuti narrou do Imam Ali (a.s.) que Uthman o consultou sobre a unificação dos Alcorões e ele concordou com isso.[34] Também é relatado que o Imam Sadiq (a.s.) proibiu uma pessoa de recitar o Alcorão em sua presença, ao contrário da recitação oficial.[35] De acordo com o Livro de Al-Tamhid, todos os xiitas consideram o Alcorão que está em mãos hoje correto e completo.[36]

A Diferença nas leituras do Alcorão

Até o século IV do Hijri, várias recitações do Alcorão eram comuns entre os muçulmanos.[37] Os fatores mais importantes da diferença nas recitações são a existência de diferentes Alcorões entre os muçulmanos, o primitivismo da escrita árabe, ausência de pontos no alfabeto árabe, ausência de vogais nas letras, existência de diferentes sotaques, e o gosto dos recitadores do Alcorão (aqueles que ensinaram o Alcorão) recitavam do que eles achavam ser melhor.[38] Então esses foram os principais fatores que levaram à diferença na recitação do alcorão sagrado.

No século IV lunar, Abu Bakr bin Mujahid (245-324 A.H.), o mestre dos recitadores de Bagdá, escolheu sete recitações entre todas as recitações. Os recitadores dessas recitações são conhecidos como Qur'a Saba'a (sete recitadores). Como cada uma dessas recitações foi narrada com duas narrações, doravante quatorze recitações do Alcorão foram aceitas pelos muçulmanos.[39]

Os sunitas acreditam que o Alcorão tem vários aspectos verbais e as pessoas podem recitá-lo de acordo com qualquer um desses aspectos que desejarem;[40] mas os estudiosos xiitas dizem: O Alcorão foi revelado com apenas uma recitação e os imames xiitas apenas por conveniência permitiram a leitura do Alcorão com diferentes recitações.[41]

A recitação mais comum entre os muçulmanos é a recitação de ASEEM com a narração de HAFS. Um grupo de estudiosos xiitas contemporâneos do Alcorão considerou apenas esta recitação correta e consistente e disse: As outras recitações não foram tiradas do Profeta e foram o resultado do gosto de seus recitadores.[42]

A colocação de vogais e pontos nas letras do Alcorão

Na língua árabe, os pontos nas letras e vogais desempenham um papel importante na expressão de significados, e prestar atenção a essa ação para o Alcorão é uma dupla necessidade; Porque um erro em reconhecer um vogal ou uma letra do Alcorão causa uma mudança no significado e, às vezes, um significado inconsistente com a intenção de Allah.[43]

Os escribas da revelação primeiramente escreveram as palavras do Alcorão sem pontos e vogais (iirab), e isso não foi um problema para aqueles que viveram na época do Profeta, mas para as gerações posteriores e especialmente os muçulmanos não árabes às vezes causam diferentes leituras e mudanças de significados e, portanto, a colocação dos pontos e vogais do Alcorão foi necessária para acabar com as diferenças e a mudança espiritual e distorção do Alcorão.[44]

Há diferença nos relatos históricos sobre a primeira colocação de sinais e pontos do Alcorão e o registro de sinais árabes. Abu al-Aswad Dueli (69 AH) é geralmente identificado como o iniciador de colocação de sinais do Alcorão, que ele fez com a ajuda de Yahya bin Ya'mar.[45]

A colocação de sinais pela primeira vez foi o seguinte: um ponto por cima da última letra da palavra deveria se recitar com entoação (A ou Nasb), um ponto por baixo da última letra da palavra deveria se recitar com a entoação (I ou Jary), um ponto após da última letra deveria se recitar com a entoação (U ou Rafi).[46]

Então, na segunda metade do século II Hijri, apareceram as escolas de gramáticas para a língua árabe, por exemplo, a escola de gramática em Basra com uma personalidade como Sibawey, e a escola de gramática de Kufa sob a liderança de Kassai, e em meados do século III Hijri, a escola de gramática de Bagdá, e houve uma mudança no conhecimento de sinais e vogais do Alcorão Sagrado.[47]

Tradução

Página de título da primeira tradução alemã do Alcorão em 1772: "A Bíblia turca ou a primeira tradução alemã do Alcorão do original árabe" pelo Professor M. David Friederich Megerlin 1772
Página de título da primeira tradução alemã do Alcorão em 1772: "A Bíblia turca ou a primeira tradução alemã do Alcorão do original árabe" pelo Professor M. David Friederich Megerlin 1772

A tradução do Alcorão tem uma história muito antiga e remonta ao início do Islã;[48] mas a primeira tradução completa do Alcorão para a língua persa foi feita no século IV lunar.[49] Eles disseram: O primeiro tradutor do Alcorão foi Salman Farsi.[50]

A tradução do Alcorão para as línguas europeias, foi inicialmente feita por padres e monges cristãos. A fim de criticar o Islã em debates teológicos, eles traduziram algumas de suas frases.[51] A primeira tradução latina completa do Alcorão foi escrita no século VI lunar (12 DC).[52]

A tradução para o português foi iniciada em 1984 e terminou em 1988. Durante os anos seguintes, o texto foi apreciado pela Liga Islâmica Mundial, que aprovou a versão traduzida após consultas, revisões e visitas do professor Helmi Nasr à Arábia Saudita.

Impressão

O Alcorão foi publicado pela primeira vez na Itália em 950 H (1543 DC). Esta impressão foi destruída por ordem das autoridades da igreja. Depois disso, foi publicado na Europa em 1104H (1692 DC) e depois em 1108 H (1696 DC). A primeira edição do Alcorão foi feita por um muçulmano em 1200 AH. Moulathman fez isso em São Petersburgo, Rússia. O primeiro país muçulmano a imprimir o Alcorão foi o Irã. O Irã produziu duas belas litografias em 1243 e 1248 DC. Nos anos seguintes, outros países islâmicos como Turquia, Egito e Iraque prepararam diferentes edições do Alcorão.[53]

O Alcorão impresso no Egito foi preparado em 1342 H sob a supervisão de professores da Universidade Al-Azhar e baseado na narração de Hafs de Asim, e foi aceito pelo mundo islâmico. O Alcorão, hoje conhecido pelo nome de Uthman Taha, foi escrito por este calígrafo sírio e baseado na impressão egípcia. Este Alcorão é impresso na maioria dos países islâmicos. A característica desta edição é o arranjo dos versículos nas páginas e a divisão ordenada das partes e trinta partes (juzus) do Alcorão.[54]

Hoje, a impressão do Alcorão é feita sob a supervisão de organizações relacionadas e tem regras especiais.[55] No Irã, a organização Dar al-Qur'an al-Karim (سازمان دارالقرآن الکریم) é responsável por corrigir e supervisionar a impressão do Alcorão.[56]

A estrutura do Alcorão

O Alcorão tem 114 capítulos e quase seis mil versículos. Há uma diferença de opinião sobre o número exato de seus versículos. Alguns citaram do Imam Ali (a.s.) que o Alcorão tem 6.236 versículos.[57] O Alcorão é dividido em 30 Juzus (partes) e 120 Hizb (seção).[58]

Sura ou capítulo

Diferentes partes do Alcorão que têm um conteúdo coerente são chamadas de sura.[59] As suras do Alcorão, exceto a sura do Tawbah (Arrependimento), começam com Bismillah Al-rahman Al-rahim (em nome de Allah o clemente e misericordioso).[60] As suras são divididas em dois grupos, Meca e Madani, de acordo com a época de sua revelação: As suras que foram reveladas antes da emigração do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) para Medina são chamadas de Makki suras de maka; As suras que foram reveladas após a emigração do Profeta (s.a.a.s.) para Medina são chamadas Madani, suras de Madina.[61]

Versículo (ayat)

Os versículos são as palavras, frases ou sentenças do Alcorão que compõem uma sura.[62] Cada sura tem um certo número de versículos.[63] Os versículos do Alcorão diferem em termos de volume. O versículo 282 da Sura Baqarah é o versículo mais longo do Alcorão. O versículo mais curto do Alcorão também é considerado como "مُدهامَّتان" (Sura Al-Rahman, versículo 64), "والضُّحی" da Sura Al-Zuha, versículo 1), "والفَجر" (Sura Fajr, vers. 1) ou as conclusões das suras.[64]

Os versículos do Alcorão são divididos em duas categorias: versículos Muhkam (compreensíveis) e Mutashaabih (incompreensíveis). Os Muhkams (compreensíveis) são um grupo de versículos que se entende por somente a leitura dos mesmos; Quanto aos Mutashaabih (semelhantes ou incompreensíveis), são os versículos cujo significados recebem diferentes possibilidades de compreensão.[65] Esta classificação é fornecida pelo próprio Alcorão.[66]

Os versículos também são classificados em: versículo do Alcorão que invalida a regra existente no outro versículo, em que esse grupo é chamado de Nasekh (revogante) e o versículo cuja regra foi anulada é chamado de Mansukh (revogado).[67]

Partes e componente (hizb e Juz)

Hizb e Juz são dois tipos de divisões do Alcorão inventadas pelos muçulmanos. Especula-se que os muçulmanos fizeram isso para planejar a recitação ou memorização do Alcorão diariamente. Tais divisões tinham um aspecto individual e não eram as mesmas;[68] eles disseram: durante o tempo do Profeta (s.a.a.s.), o Alcorão foi dividido em sete partes (Hizbs) e cada Hizb incluía várias suras; Além disso, em alguns períodos, foram propostas divisões de duas a dez Juzus (componentes) para o Alcorão. Hoje, é comum dividir o Alcorão em trinta competentes (Juzus) e dividir cada componente em quatro partes (Hizb).[69]

O Conteúdo

No Alcorão, vários tópicos como questões religiosas, morais, regras da Shari'a, histórias do passado, luta contra hipócritas e politeístas foram discutidos. Alguns dos temas importantes do Alcorão são: monoteísmo, ressurreição, primeiros eventos do Islã, como as campanhas do Profeta Muhammad, histórias do Alcorão, regras religiosas, legais e penais do Islã, virtudes e vícios morais, e a proibição do politeísmo e da hipocrisia.[70]

Distorção do Alcorão

Distorção no sentido de que é frequentemente discutida é adicionar uma palavra ou mais ao Alcorão, ou remover uma palavra, ou mais dele. Abu al-Qaseem Khoi escreveu: Os muçulmanos concordam que a distorção no primeiro sentido isto é adicionar uma palavra ou mais, não ocorreu no Alcorão; No entanto, há uma diferença de opinião sobre a remoção de uma palavra ou mais do Alcorão em que outros acreditam que algumas palavras foram removidas.[71] Segundo ele, a opinião popular entre os estudiosos xiitas é que a distorção neste sentido também não foi feita no Alcorão.[72]

O Desafio e o Milagre do Alcorão

Em alguns versículos do Alcorão, os oponentes do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) foram solicitados a trazer um livro como o Alcorão ou dez capítulos, ou pelo menos um capítulo semelhante, caso não considerem o Profeta como sendo o mensageiro de Allah.[73] Os muçulmanos chamaram esta questão de um Desafio (Al-tahadi). Tahaddi significa pedir a luta ou desafio. Esta palavra foi usada pela primeira vez nos escritos teológicos do século III, no sentido de recitar o Alcorão. Segundo os muçulmanos, ninguém pode trazer um livro como o Alcorão, e isso é um sinal do milagre do Alcorão e da missão profética de Muhammad. O próprio Alcorão enfatizou sua divindade e considerou impossível trazer uma semelhança com ele.[74] “Milagres do Alcorão” é uma das ciências do Alcorão que examina as razões para o Alcorão ser um milagre.[75]

Ciências relacionadas ao Alcorão

Alcorão tornou-se a fonte de muitos conhecimentos entre os muçulmanos. Tafsir e as ciências do Alcorão são entre eles.

Tafsir

Tafsir é uma ciência de descrição e explicação dos versículos do Alcorão.[76] O tafsir do Alcorão foi iniciada desde a época do Profeta.[77] Imam Ali (a.s.), Ibn Abbas, Abdullah bin Masoud e Ubi bin Ka'b foram os primeiros (mufassiruna) comentaristas do Alcorão depois do Profeta.[78] O Alcorão foi interpretado de diferentes maneiras. Alguns dos métodos de interpretação do Alcorão são: interpretação temática, interpretação sequencial, interpretação do Alcorão com o Alcorão, interpretação narrativa, interpretação científica, interpretação jurisprudencial, interpretação filosófica e interpretação mística.[79]

Ciências do Alcorão

A coleção de conhecimento que discute o Alcorão é chamada de ciências corânicas. A história do Alcorão, os versículos de Al-Ahkam (leis), a ciência das palavras do Alcorão, a ciência dos irab, retórica do Alcorão, causas da revelação, as histórias do Alcorão, os milagres do Alcorão, a ciência das recitações, a ciência de Meki e Madani, a ciência de Muhkam e Mutashabiha (já foi explicado no conteúdo VERSICULO), ciência da revogação estão entre os tópicos das ciências do Alcorão.[80]

Entre as fontes importantes das ciências do Alcorão são:

  • Al-Tib’yan (Introdução ao livro) التبیان por Sheikh Tusi (460 AH)
  • Majma al-Bayan (Introdução ao livro) مجمع البیان por Allameh Tabarsi (548 AH)
  • Imlaa Ma Manna Bihi Rahman إملاءُ ما مَنَّ بِه الرحمن de Abu Balqa Akbari (616 AH)
  • Al-Barhan fi ulum Al-quran البرهان فی علوم القرآن por Zarkashi (794 AH)
  • Al-Itqan fi ulum Al-quran الاتقان فی علوم القرآن por Jalal al-Din Siyuti (911 AH)
  • Ala-ur-Rahman (introdução ao livro) آلاء الرحمان por Mohammad Javad Balaghi (1352 AH)
  • Al-Bayan fi Tafsir al-Qur'an البیان فی تفسیر القرآن por Sayyid Abul Qasim Khoi (1371)
  • Alcorão no Islam قرآن در اسلام por Sayyid Mohammad Hussain Tabatabai (1360)
  • Al-Tamhid fi Ulum al-Qur'an التمهید فی علوم القرآن por Mohammad Hadi Marfat (2008)[81]

Rituais

Colocar o Alcorão na cabeça na noite de Qadr, Najaf
Colocar o Alcorão na cabeça na noite de Qadr, Najaf

Alcorão tem uma presença proeminente na vida social dos muçulmanos. Sessões públicas de conclusão de leituras do Alcorão são realizadas em mesquitas, santuários dos imames e familiares deles e em encontros nas casas.[82] A recitação do Alcorão é um dos rituais que os xiitas realizam nas noites de Qadr. Neste ritual, ao colocar o Alcorão na cabeça, eles juram a ALLAH por direito próprio, o Alcorão, Profeta e os Ahl al-Bait (a.s.) perdoar seus pecados.[83]

Em muitas reuniões muçulmanas oficiais, como discursos e rituais sociais, incluindo casamento, são lidos versículos do Alcorão.[84] Um dos rituais comuns na República Islâmica do Irã é entrar em uma nova casa com o Alcorão. Ao se mudar, os iranianos primeiro entram em sua nova casa com o Alcorão e depois trazem outros utensílios domésticos.[85]

Em países africanos falantes da língua portuguesa, exemplo a República de Moçambique, também é habitual ver crianças recitando Alcorão nas Madrassas e assim nas celebrações de nascimento de nobre profeta (s.a.a.s.) Maulid. E também o Alcorão é recitado em toda África pelos muçulmanos em cerimônias fúnebres, etc.

Alcorão na arte

Manuscrito do Alcorão. Museu do Brooklyn.
Manuscrito do Alcorão. Museu do Brooklyn.

O Alcorão teve muitos reflexos na arte muçulmana. Sua maior manifestação pode ser vista em artes como a caligrafia, a douradura, a encadernação, a literatura e a arquitetura. Uma vez que a memorização e distribuição do Alcorão eram feitas por meio de direitos autorais, a arte da caligrafia entre muitos muçulmanos se desenvolveu[86] e gradualmente o Alcorão foi escrito em diferentes escritas, como Naskh, Kufi, Thulth, Saskete e Nastaliq.[87] Versículos do Alcorão têm sido muito usados na literatura persa e árabe. Tanto na prosa quanto na poesia persa e árabe, muitas frases e temas do Alcorão são usados.[88]

A arte da arquitetura islâmica foi influenciada pelos versículos do Alcorão mais do que qualquer outra coisa. Na maioria dos edifícios históricos muçulmanos, incluindo mesquitas e palácios, podem ser vistas frases do Alcorão; Além disso, alguns temas do Alcorão, como as descrições do Alcorão sobre o paraíso e o inferno, foram usados na arquitetura de edifícios.[89] As expressões corânicas encontradas no Domo da Rocha, localizado em Jerusalém, são consideradas uma das aplicações mais interessantes dos versículos do Alcorão em edifícios. Nas inscrições deste edifício, que foi construído em 71H/691 DC, podem ser vistas as principais crenças do Islã e partes dos versículos da Sura Nisa, Ale Imran e Maryam.[90]

A influência do Alcorão na permanência da eloquente língua árabe

Foi dito que a linguagem do Alcorão era eloquente e superior à língua e literatura árabe da época de sua revelação. Seu milagre verbal e lidar com a escrita do Alcorão e, posteriormente, a escrita e iirab, interpretação (como terminologia e referência a poemas Jahilitas), compilação da gramática árabe (para proteger o Alcorão de distorção e leitura incorreta), ciências corânicas, o a propagação do Islã para outras terras e assim por diante, fez com que esta língua fosse preservada e se tornasse uma língua universal, por isso foi dito que se não fosse pelo Alcorão, a eloquente língua árabe, como o latim e o sânscrito, seria uma língua morta e antiga.[91]

Ponto de vista dos orientalistas

Cientistas não-muçulmanos fizeram muitas pesquisas sobre a literatura, conteúdo e revelação do Alcorão. Alguns orientalistas consideram o Alcorão as palavras do Profeta Muhammad e disseram: seu conteúdo é adaptado de fontes e poemas judaicos e cristãos do período Jahilita; Embora alguns não considerem explicitamente o Alcorão como uma revelação, mas eles o consideram superior à fala humana.[92]

Richard Bell[Nota 3] disse: o estilo literário do Alcorão, no qual há muita repetição e comparação, foi influenciado por textos judaicos e cristãos e pela religião Hanafa; Por outro lado, Noldeke considerou as suras do Alcorão, especialmente as suras de Meca, milagrosas do ponto de vista literário e comparou os versículos do Alcorão ao canto dos anjos, que encanta as almas dos crentes. O orientalista francês Maurice Bocay considerou o milagre científico do Alcorão e escreveu: Alguns versículos do Alcorão são completamente consistentes com as novas descobertas científicas. Ele concluiu que o Alcorão tem origem divina.[93]

Referências

  1. Misbāḥ Yazdī, Qurʾān shināsī, vol. 1, pág. 115-122.
  2. Mīr Muḥammadī Zarandī, Tarīkh wa ʿulūm-i Alcorão, pág. 44; Misbāḥ Yazdī, Qurʾān shināsī, vol. 1, pág. 123.
  3. Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 124-127.
  4. Moṭahharī, Majmūʿa-yi āthār, vol. 3, pág. 153.
  5. Alcorão 42:51.
  6. Alcorão 2:97.
  7. Mīr Muḥammadī Zarandī, Tarīkh wa ʿulūm-i Alcorão, pág. 7.
  8. Yūsufī Gharawī, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 46; Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 55-56.
  9. Alcorão 2:185; 97:1.
  10. Iskandarlū, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 41.
  11. Misbāḥ Yazdī, Qurʾān shināsī, vol. 1, pág. 139; Iskandarlū, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 41.
  12. Iskandarlū, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 42.
  13. Iskandarlū, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 42,49.
  14. Yūsufī Gharawī, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 28.
  15. Yūsufī Gharawī, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 28.
  16. Misbāḥ Yazdī, Qurʾān shināsī, vol. 1, pág. 43.
  17. Khurramshāhī, Qurʾān wa Qurʾān pazhūhī, pág. 10.
  18. Moṭahharī, Majmūʿa-yi āthār, vol. 26, pág. 25,26.
  19. Moṭahharī, Majmūʿa-yi āthār, vol. 26, pág. 26.
  20. Kulaynī, al-Kāfī, vol. 1, pág. 69.
  21. Kulaynī, al-Kāfī, vol. 1, pág. 69.
  22. Ramyar, Tārīkh-i Qurʾān, pág. 221-222.
  23. Ramyar, Tārīkh-i Qurʾān, pág. 257.
  24. Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 280-281.
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  28. Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 281.
  29. Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 334.
  30. Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 334-337.
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  48. Rāmyār, Tārīkh-i Qurʾān, pág. 653.
  49. Ādharnūsh, "Tarjuma-yi Qurʾān bi Fārsī", pág. 79.
  50. Rāmyār, Tārīkh-i Qurʾān, pág. 653.
  51. Raḥmatī, "Tarjuma-yi Qurʾān bi zabānhā-yi dīgar", pág. 84.
  52. Raḥmatī, "Tarjuma-yi Qurʾān bi zabānhā-yi dīgar", pág. 84.
  53. معرفت، پیشینه چاپ قرآن کریم، سایت دانشنامه موضوعی قرآن.
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  57. Yūsufī Gharawī, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 32.
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  60. "Āya-yi basmala," pág. 120.
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  62. Mujtahid Shabistarī, "Āya," pág. 276.
  63. Mujtahid Shabistarī, "Āya," pág. 276.
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  68. Mustafīd, "Juzʾ," pág. 228, 229.
  69. Mustafīd, "Juzʾ," pág. 229, 230.
  70. Khurramshāhī, "Qurʾān-i majīd," pág. 1631, 1632.
  71. Khoei, al-Bayān, pág. 200.
  72. Khoei, al-Bayān, pág. 201.
  73. Alcorão 17:88; 11:13; 10:38.
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  78. Maʿrifat, al-Tafsīr wa l-mufassirūn, vol. 1, pág. 210-211.
  79. Maʿrifat, al-Tafsīr wa l-mufassirūn, vol. 2, pág. 14-20, 22, 25, 354, 443, 526.
  80. Iskandarlū, ʿUlūm-i Qurʾānī, pág. 12.
  81. Maʿrifat, al-Tamhīd, vol. 1, pág. 11-19.
  82. Ādāb-i khatm-i Qurʾān dar māh-i Ramaḍā," pág. 36
  83. «مراسم قرآن به سر گرفتن»، پایگاه اطلاع‌رسانی حوزه.
  84. Mūsawī Āmulī, "Qurʾān dar rusūm-i Irānī, pág. 47.
  85. «آداب رفتن به خانه جدید»، سایت مرکز ملی پاسخگوی به سؤالات شرعی.
  86. Maḥmūdzāda, "Hunar-i khat wa tadhhīb-i Qurʾānī," pág. 3.
  87. Jabbārī Rād, "Nūrnigārān-i muʿāsir," pág. 66.
  88. Rāstgū, "Tajallī-yi Qurʾān dar adab-i Fārsī," pág. 56.
  89. Grabar, Art and Architecture and the Qurʾān, pág. 69.
  90. Grabar, Art and Architecture and the Qurʾān, pág. 71-72.
  91. Abd al-Tawab, fiq al-Lukat, pág. 125-134.
  92. Karīmiī, Mustashriqīn wa Qurʾān, pág. 35.
  93. Karīmiī, Mustashriqīn wa Qurʾān, pág. 35.

Notas

  1. شَهْرُ رَمَضَانَ الَّذِي أُنْزِلَ فِيهِ الْقُرْآنُ: «Ramadan é o mês em que foi revelado o Alcorão»; إِنَّا أَنْزَلْنَاهُ فِي لَيْلَةِ الْقَدْرِ: «Por certo, fizemo-lo descer, na noite de al-Qadr»
  2. «أَيُّهَا النَّاسُ مَا جَاءَكُمْ عَنِّي يُوَافِقُ كِتَابَ اللَّهِ فَأَنَا قُلْتُهُ وَ مَا جَاءَكُمْ يُخَالِفُ كِتَابَ اللَّهِ فَلَمْ أَقُلْهُ».
  3. Richard Bell 1876-1956 M. Especialista britânico em língua, cultura e literatura árabe

Bibliografia

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