O Assassinato de Uthman

Fonte: wikishia

Nota: Este artigo é sobre o assassinato de Uthman bin Affan. Para saber mais sobre o terceiro califa, vejam Uthman bin Affan.

O assassinato de Uthman (Otomão ou Usman) (em árabe: حَادثة مَقتل عُثمان) refere-se à revolta popular em 35AH contra Uthman bin Affan, o terceiro califa dos muçulmanos sunitas. Esta revolta ocorreu por parte do povo do Egito em resposta à demissão de Amr bin Ās Sahami do governo do Egito e à nomeação de Abdullah bin Abi Sarh para o seu lugar. É claro que a forma de governar de Uthman às nomeações importantes cargos administrativos aos seus parentes omíadas, bem como as suas grandes esbanjamentos do tesouro central para eles, provocou descontentamento e protestos entre o povo, especialmente os companheiros do Profeta Muhammad (s.a.a.s.).

Os manifestantes egípcios foram a Medina protestar e regressaram ao Egito com a mediação do Imam Ali bin Abi Talib (a.s.) e a promessa de Uthman de reformar os assuntos e todas as queixas legítimas seriam reparadas; mas, no regresso, encontraram a carta de Uthman ao governador do Egito, na qual ordenava matá-los e prendê-los. Por isso, regressaram a Medina e exigiram que Uthman renunciasse ao califado, mas Uthman não concordou com o pedido. Cercaram a casa de Uthman e, após quarenta dias de cerco, ele foi morto e resistiram ao enterro de Uthman no cemitério muçulmano.

O Amir al-Mu'minin Imam Ali (a.s.) neste caso, embora considerasse que Uthman cometia erros e enganos; mas não concordou em matá-lo, pelo que ordenou que pessoas como o Imam Hassan (a.s.) e Abdullah bin Zubair protegessem a casa de Uthman.

A morte de Uthman provocou o início de conflitos e guerras civis entre os muçulmanos; entre outras coisas, o conflito entre Bani Hashim e Bani Umayya irrompeu novamente, e Aisha, Talha e Zubair iniciaram a Guerra (Batalha) Jamal sob o pretexto da sede de sangue de Uthman. Este acontecimento é considerado o início de uma série de conflitos sangrentos dentro da comunidade muçulmana. Além disso, o assassinato de Uthman foi considerado o início da seita Uthmanyyia.

Importância e Posição na história do Islã

O assassinato de Uthman é considerado um dos acontecimentos mais importantes da era posterior ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.). Segundo alguns investigadores, após o seu assassinato, a história islâmica entrou numa nova fase.[1] Além disso, o assassinato de Uthman teve várias consequências e foi influente na formação dos acontecimentos subsequentes. O historiador sunita Ibn Hajar Asqlani (falecido em 852 AH) considerou o assassinato de Uthman como o início de sedições (Fitnas) no mundo islâmico.[2] O assassinato de Uthman foi considerado o início da formação da seita Uthmanyyia[3] e do seu conflito com os xiitas em três campos políticos, militares e científicos.[4]

Descrição da história

Segundo fontes, após a destituição de Amr bin Ās do governo do Egito e a nomeação de Abdullah bin Abi Sarh para o seu lugar, cerca de seiscentos egípcios foram a Medina protestar, e este foi o início dos protestos contra Uthman.[5] Alguns outros consideraram o esbanjamento do tesouro central (Baitul-Mal) como a razão para o início da rebelião contra ele.[6] Depois de chegar para Medina, os manifestantes escreveram cartas e chamaram outros a Medina.[7]

Chegada de manifestantes a Medina e arrependimento de Uthman

Quando os manifestantes chegaram às proximidades de Medina, Uthman intercedeu junto do Imam Ali (a.s.) para ele os devolver para o Egito.[8] Segundo fontes, Uthman prometeu aos manifestantes que o povo exilado seria devolvido, seria observada justiça na distribuição do tesouro público dos muçulmanos e seriam nomeadas pessoas fortes e de confiança para os assuntos.[9] Além disso, Uthman subiu ao púlpito e arrependeu-se e procurou perdão pelas suas ações e tomou o povo como testemunhas do que falou.[10] Depois disso, os manifestantes regressaram às suas cidades.[11]

Manifestantes regressam a Medina

No regresso de Medina, os manifestantes encontraram um subordinado do Uthman a esconder uma carta.[12] Esta carta foi selada com o selo do califa e ordenava a morte e prisão dos rebeldes. Os Manifestantes regressaram a Medina após receberem a carta.[13] Os kufianos também regressaram a Medina após serem informados.[14] Os rebeldes foram até o Imam Ali (a.s.) e foram junto com ele até Uthman. Uthman jurou que nem escreveu a carta, nem sabia disso.[15] Mas os rebeldes não ficaram satisfeitos e disseram que Uthman deveria renunciar ao califado.[16] Uthman não aceitou as suas palavras, no entanto, disse que estava pronto para se arrepender. Citando o seu anterior arrependimento e quebrando-o, os rebeldes disseram que só ficariam satisfeitos com a demissão de Uthman do califado e, dessa forma, seriam mortos ou matariam Uthman.[17]

O Cerco à Casa de Uthman

Os manifestantes cercaram a casa de Uthman e impediram a entrada de água e comida na casa.[18] Os sitiantes eram pessoas do Egito, Bassorá, Kufa e parte dos habitantes de Medina.[19] O cerco à casa de Uthman durou quarenta dias.[20] Durante este tempo, Uthman escreveu cartas a Muawiya e a Ibn Amer, pedindo a sua ajuda.[21] Além disso, por ordem do Imam Ali (a.s.), o Imam Hassan (a.s.), juntamente com pessoas como Abdullah bin Zubair e Marwan bin Hakam, protegeram a casa de Uthman.[22]

Uthman pediu ao Imam Ali (a.s.), Talha, Zubair e às esposas do Profeta que lhe trouxessem água.[23] O Imam Ali (a.s.) e Umm Habiba, a esposa do Profeta, foram as primeiras pessoas que tentaram levar água para Uthman, mas os rebeldes impediram-nos.[24] O Imam Ali (a.s.) depois de impedir a entrada de comida e água, condenou os rebeldes e considerou as suas ações não semelhantes às ações dos crentes ou mesmo descrentes e disse: por que vocês consideram a sua prisão e morte permissíveis?[25] Claro que alguns grupos trouxeram água secretamente para o califa.[26]

O Assassinato e Enterro de Uthman

Existem diferentes relatos sobre o assassinato de Uthman.[27] Segundo alguns relatos, um grupo atacou primeiro a casa e as pessoas que estavam na casa expulsaram-nos. Voltaram a atacar. Neste ataque, Uthman foi morto[28] e os dedos da sua esposa Naela foram cortados.[29]

O assassinato de Uthman foi considerado em 18 do mês de Zul-Hijjah, ano 35 Hijri.[30] O dia da morte de Uthman é conhecido na história como o "incidente de Yaum al-Dar".[31] Segundo o relato narrado por Tabari, o corpo de Uthman esteve três dias, abandonado. Depois disso, alguns levaram para Baqi, mas algumas pessoas impediram que fosse enterrado em Baqi, pelo que foi enterrado em Hush-e-Kokab (cemitério judaico), e mais tarde Muawiya acrescentou este lugar a Baqi.[32]

Antecedentes e motivos da Insatisfação e Rebeldia

Alguns acreditam que a insatisfação e a rebelião contra Uthman não foram repentinas e únicas, mas vários fatores fizeram com que a oposição se formasse ao longo do tempo.[33] Estes fatores estavam principalmente relacionados com o desempenho do califa.[34] Incluindo:

Atribuição aos seus cercanos Umeyas às cargas governamentais

Imam Ali (a.s.): "O terceiro (Uthman) chegou ao poder... e a sua linha paterna (Bani Umayya) levantou-se com ele e como um camelo que come avidamente a planta fresca da primavera, começaram a saquear Bait al -Mal (O tesouro público dos muçulmanos), como resultado desta situação, o mataram."[35]

Segundo Rassul Jafarian (nascido em 1964) historiador, Uthman confiou importantes cargos governamentais aos Omíadas, e praticamente todo o poder caiu nas suas mãos.[36] Foi dito que o desempenho de Uthman ao atribuir as responsabilidades a Bani Umayya foi de uma forma que pode ser referida como "Fazendo o governo de omíada".[37] As fontes históricas listaram algumas parentes de Uthman e as suas responsabilidades a seguir:

Walid bin Uqba, irmão materno de Uthman, governante de Kufa[38]

Abdullah bin Amer, filho do tio de Uthman, governante de Bassorá[39]

Abdullah bin Abi Sarh, irmão adotivo de Uthman, governante do Egito[40]

Muawiya bin Abu Sufyan, o governante omíada da Sham (Síria)[41]

Marwan bin HakAm, primo e genro, escriba[42]

Saeed bin Ās Bani Umayya, governante de Kufa[43]

A nomeação de familiares (nepotismo) de Uthman para cargos importantes, bem como o seu tipo de governo, fez com que muitos muçulmanos protestassem.[44] Porque Abdullah bin Amer era um apóstata.[45] Walid bin Uqba foi apresentado de corrupto no Alcorão.[46] Marwan bin Hakam e o seu pai foram expulsos de Medina pelo Profeta Muhammad (s.a.a.s.), mas Uthman trouxe-os de volta para Medina.[47]

A Distribuição injusta de tesouro público

Uthman ficou muito rico depois do califado.[48] O problema mais importante de Uthman foi considerado o esbanjamento do tesouro público dos muçulmanos.[49] Dava muitas propriedades a Bani Umayya.[50] Por exemplo, deu todo o Khums que veio de África, a Marwan bin Hakam[51] e outra vez a Abdullah bin Abi Sarh.[52] Deu também muitas propriedades a Harith bin Hakam,[53] Hakam bin Abi al-Ass,[54] Abdullah bin Khalid bin Assid e, etc.[55] Este esbanjamento de Baitul-Mal (Tesouro público), que também foi contra as ações dos califas antes de Uthman,[56] era um punto negativo na sociedade e causava suspeitas em muitas pessoas.[57]

Abdullah bin Saba

Alguns historiadores sunitas acreditam que Abdullah bin Saba desempenhou um papel na propaganda e na criação de uma rebelião contra Uthman.[58] Por outro lado, um grupo de estudiosos xiitas[59] e sunitas[60] duvidou da existência de uma pessoa chamada Abdullah bin Saba. Além disso, de acordo com Rassul Jafarian, a sociedade islâmica não era tão fraca que uma revolta contra o califa muçulmano pudesse ser realizada por um judeu novo-muçulmano.[61]

A Atuação dos Companheiros

Taha Hussain (falecido em 1973), um dos investigadores sunitas, acredita que nenhum dos companheiros Muhajir e Ansar esteve envolvido no assassinato de Uthman. Alguns deles eram contra lidar com Uthman, mas foram obrigados a permanecer em silêncio, outros não intervieram e outros abandonaram Medina.[62] Acreditam também que o que é referido nas fontes sobre o papel dos Companheiros no cerco e assassinato de Uthman é fraco.[63] Este tipo de análise foi considerado como significando que os sunitas acreditam na justiça de todos os companheiros do profeta Muhammad (s.a.a.s.) e o seu papel na morte de Uthman é contra esta crença.[64] No entanto, de acordo com várias fontes, alguns companheiros estiveram envolvidos na rebelião contra Uthman. Por exemplo, Hashim bin Utbah apresentou os assassinos de Uthman como companheiros de Muhammad, seus filhos, etc.[65] Além disso, depois de matar Uthman, a mulher de Uthman escreveu uma carta a Muawiya, na qual considera o povo de Medina como o povo que cercou Uthman na sua casa.[66]

Imam Ali

Por um lado, o Imam Ali (a.s.) chamou a Uthman “o portador dos erros - uma pessoa com muitos erros -”;[67] e não acreditou que tivesse sido morto injustamente.[68] Por outro lado, era contra o assassinato de Uthman e apresentava-se como a pessoa mais inocente em relação ao seu sangue.[69] Além disso, o Imam Ali (a.s.) aconselhou os rebeldes e apontou os seus erros.[70] Durante o cerco à casa de Uthman, algumas pessoas sugeriram ao Imam Ali (a.s.) que abandonasse Medina para que, se Uthman fosse morto, não estivesse na cidade. Mas ele não aceitou a sugestão.[71] Da mesma forma, o Imam (a.s.) escreveu em resposta a uma carta de Mu’awiya que acusava o Imam de matar Uthman: Acusas-me de algo com que as minhas mãos e língua nunca foram contaminadas, (a referência é ao assassinato de Uthman) Tu e o povo de Sham penduraram isto e atribuíram-no na Medida em que os vossos estudiosos estão a encorajar o vosso povo ignorante e aqueles que estão encarregados dos seus deficientes a fazê-lo.[72][Nota 1]

Talha bin Ubaidullah

Taha Hussain (falecido em 1973), historiador egípcio, considera Talha uma das pessoas que não escondeu o seu desejo pelos rebeldes, mas em vez disso deu propriedades a um grupo deles.[73] Além disso, segundo alguns relatos, por sugestão de Talha, este foi impedido de levar comida e água para a casa de Uthman.[74] De acordo com a narração de Ibn Abi al-Hadid Mu’tazili em Nahj al-Balagha, o Imam Ali (a.s.) disse-lhe antes do início da Batalha de Jamal numa reunião com Zubair: Tu e Talha são culpados de matar Uthman e vocês deviam entregar-se aos herdeiros.[75]

Muawiya

Quando Uthman estava sob cerco, escreveu uma carta a Muawiya e pediu-lhe ajuda. Muawiya enviou também um exército de doze mil pessoas. Mas ordenou-lhes que permanecessem nas fronteiras da Sham (Síria) até que a próxima ordem fosse emitida.[76] Este exército não conseguiu chegar a Medina e ajudar o califa, e quando o enviado da Síria foi a Uthman para o informar, Uthman disse-lhe que está à espera para me matar para se tornar O vingador do herdeiro de sangue.[77]

O Imam Ali (a.s.) culpou Muawiya na morte Uthman e, quando Muawiya o acusou de matar Uthman, este recordou o fracasso de Muawiya em ajudar Uthman e a sua defesa dele durante o cerco.[78]

Imam Ali (a.s.)

“Qual deles forneceu uma forma de o matar; Ali que ajudou Uthman a permanecer no seu lugar e a parar as suas ações, ou Muawiya a quem Uthman pediu ajuda e este demorou a ajudá-lo, e o exército da morte caiu sobre ele.[79]

Alguns outros companheiros também se dirigiram a Muawiya e consideraram-no um dos culpados do assassinato de Uthman, que não o apoiou e aguardava o assassinato de Uthman."[80]

Aisha

Segundo Muhammad bin Jarir Tabari, Aisha (uma das esposas do Profeta Muhammad) disse sobre Uthman: "Matem o Uthman, ele é um descrente."[81][Nota 2]

Quando os rebeldes estavam em Medina, Marwan bin Hakim pediu a Aisha que fizesse a mediação entre o califa e os rebeldes. Aisha usou o Hajj como desculpa e disse que queria cortar Uthman em pedaços e atirá-lo ao mar.[82] Aisha mudou a sua postura após a morte de Uthman e afirmou que queria vingar o seu sangue.[83] Na carta de Saad bin Abi Waqqas a Bin Ās, foi declarado: Uthman foi morto com uma espada que Aisha desembainhou e Talha a afiou.[84] No entanto, após o assassinato de Uthman e o juramento de lealdade do povo a Ali bin Abi talib (a.s.), Aisha foi novamente para Meca e fez um discurso ao povo e responsabilizou sarcasticamente o Imam Ali (a.s.) pelo assassinato de Uthman.[85] Com esta mudança na opinião de Aisha, Umm Salma, a esposa do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), condenou-a por estar a incitar as pessoas a matar Uthman e agora está a dizer isso hoje.[86] Aisha respondeu: "O que eu digo agora é melhor que eu disse naquele tempo".[87]

Consequências

O assassinato de Uthman teve consequências, algumas delas são:

  • A base para a formação de guerras durante o Califado do Imam Ali (a.s.): Segundo os historiadores, a Batalha de Jamal foi iniciada por Aisha, Talha e Zubair sob o pretexto da sede de sangue de Uthman.[88] É claro que, numa carta para eles, o Imam Ali (a.s.) falou sobre a sua falta de papel na morte de Uthman e a sua falta de justificação em procurar vingar o sangue de Uthman.[89] O Imam Ali (a.s.) disse também sobre Talha e Zubair que estão a exigir um direito que o abandonaram e estão a usar a vingança pelo sangue (sangue de Uthman) como desculpa quando eles próprios o derramaram.[90]
  • O agravamento da disputa entre os omíadas e os hashemitas:

Os omíadas consideraram o assassinato de Uthman um meio de restaurar a sua supremacia e poder entre os árabes.[91] Apresentaram-se como vingadores por sangue de Uthman, e Ali (a.s.) foi o culpado do seu assassinato.[92] Segundo Rassul Jafarian, a morte de Uthman foi a mais benéfica para Muawiya.[93] Após o assassinato de Uthman, subiu ao púlpito e considerou-se um vingador por sangue de Uthman.[94] E os dedos decepados da mulher de Uthman, Naela, juntamente com a camisa de Uthman, tornaram-se a sua ferramenta para incitar o povo da Síria.[95]

  • A formação do Nasibiismo:

Diz-se que o Nasibiismo começou com o assassinato de Uthman e foi formalizado durante o governo omíada.[96]

Referências

  1. Ghabbān, Fitna maqtal ʿUthmān b. ʿAffān, vol. 1, pág. 238.
  2. Ibn Ḥajar al-ʿAsqalānī, al-Iṣāba, vol. 4, pág. 379.
  3. Nāshī Akbar, Masāʾil al-imāma, pág. 15-16.
  4. Murawwiji Ṭabasī, Taʾthīr Tafkir Uthmaniyya, pág. 134.
  5. Ibn Kathīr, al-Bidāya wa l-nihāya, vol. 7, pág. 170.
  6. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 168.
  7. Ibn Khaldūn, Tārīkh Ibn Khaldūn, vol. 2, pág. 594.
  8. Ibn Kathīr, al-Bidāya wa l-nihāya, vol. 7, pág. 170-171.
  9. Ṭūsī, Al-Amālī, pág. 713; Dhahabī, Tārīkh al-Islām, vol. 3, pág. 443; Khalīfa b. Khayyāṭ, Tārīkh-i Khalīfa, pág. 99.
  10. Ibn Kathīr, al-Bidāya wa l-nihāya, vol. 7, pág. 171-172.
  11. Ibn Kathīr, al-Bidāya wa l-nihāya, vol. 7, pág. 170-171.
  12. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 168.
  13. Dhahabī, Tārīkh al-Islām, vol. 3, pág. 442-443.
  14. Ibn Khaldūn, Tārīkh Ibn Khaldūn, vol. 2, pág. 599.
  15. Dhahabī, Tārīkh al-Islām, vol. 3, pág. 442-443.
  16. Ibn Khaldūn, Tārīkh Ibn Khaldūn, vol. 2, pág. 599.
  17. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 169.
  18. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 172.
  19. Ibn al-Athīr, Usd al-ghāba, vol. 3, pág. 490.
  20. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 172.
  21. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 170.
  22. Ibn ʿAbd al-Barr, al-Istīʿāb, vol. 3, pág. 1046.
  23. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī tārīkh, vol. 3, pág. 173.
  24. Ṭabarī, Tārīkh al-Ṭabarī, vol. 4, pág. 386.
  25. Ṭabarī, Tārīkh al-Ṭabarī, vol. 4, pág. 386.
  26. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī tārīkh, vol. 3, pág. 174.
  27. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān b. ʿAffān, pág. 149.
  28. Ibn Aʿtham al-Kūfī, Kitāb al-Futūḥ, vol. 2, pág. 426.
  29. Ibn Ṭaqṭaqī, al-Fakhrī fī ādāb, pág. 104.
  30. Ibn Saʿd, al-Ṭabaqāt al-kubrā, vol. 3, pág. 22.
  31. Ibn Ṭaqṭaqī, al-Fakhrī fī ādāb, pág. 104.
  32. Ṭabarī, Tārīkh al-umam wa l-mulūk, vol. 4, pág. 412.
  33. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān b. ʿAffān, pág. 103.
  34. Shaykh ʿAbd al-Munʿim, Asbāb al-fitna fī ʿahd-i ʿUthmān, pág. 455.
  35. Nahj al-balāgha, Ṣubḥī Ṣaliḥ, sermão 22.
  36. Jaʿfarīyān, Tārīkh-i khulafā, pág. 144.
  37. Bakhtiyārī, Sakhtār-i siyāsī hukūmat-i ʿUthmān, pág. 65.
  38. Dīnawarī, al-Akhbār al-ṭiwāl, pág. 139.
  39. Dīnawarī, al-Akhbār al-ṭiwāl, pág. 139.
  40. Dīnawarī, al-Akhbār al-ṭiwāl, pág. 139.
  41. Khalīfa b. Khayyāṭ, Tārīkh-i Khalīfa, pág. 106.
  42. Khalīfa b. Khayyāṭ, Tārīkh-i Khalīfa, pág. 106.
  43. Ibn ʿAbd al-Barr, al-Istīʿāb, vol. 2, pág. 622.
  44. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān b. ʿAffān, pág. 105.
  45. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān b. ʿAffān, pág. 106.
  46. Ibn ʿAbd al-Barr, al-Istīʿāb, vol. 4, pág. 1553.
  47. Ibn ʿAbd al-Barr, al-Istīʿāb, vol. 1, pág. 359.
  48. ʿAbd al-Munʿim, Asbāb al-fitna fī ʿahd-i ʿUthmān, pág. 455.
  49. Yaʿqūbī, Tārīkh al-Yaʿqūbī, vol. 2, pág. 173.
  50. Ibn Kathīr, al-Bidāya wa l-nihāya, vol. 7, pág. 171.
  51. Balādhurī, Ansāb al-ashrāf, vol. 5, pág. 580.
  52. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān b. ʿAffān, pág. 156.
  53. Balādhurī, Ansāb al-ashrāf, vol. 5, pág. 541.
  54. Maqdisī, al-Bidaʾ wa l-tārīkh, vol. 5, pág. 200.
  55. Ibn Ṭaqṭaqī, al-Fakhrī fī ādāb, pág. 102-103.
  56. Ibn Ṭaqṭaqī, al-Fakhrī fī ādāb, pág. 102-103.
  57. ʿAbd al-Munʿim, Asbāb al-fitna fī ʿahd-i ʿUthmān, pág. 455.
  58. Ibn Kathīr, al-Bidāya wa l-nihāya, vol. 7, pág. 167; Ibn Khaldūn, Tārīkh Ibn Khaldūn, vol. 2, pág. 587.
  59. ʿAbd Allāh b. Sabaʾ wa asāṭīr ukhrā, 1375.
  60. Ḥusayn Ṭāhā, al-Fitnat al-kubrā, vol. 2, pág. 102.
  61. Jaʿfarīyān, Tārīkh-i khulafā, pág. 156.
  62. Ḥusayn Ṭāhā. ʿAlī wa fitna-yi buzurg-i qatl-i ʿUthmān, pág. 45.
  63. Ghabbān, Fitna maqtal ʿUthmān b. ʿAffān, vol. 1, pág. 237.
  64. Ghabbān, Fitna maqtal ʿUthmān b. ʿAffān, vol. 1, pág. 237.
  65. Ṭabarī, Tārīkh al-Ṭabarī, vol. 5, pág. 43.
  66. Ibn al-Jawzī, al-Muntaẓam, vol. 5, pág. 61.
  67. Thaqafī al-Kūfī, al-Ghārāt, vol. 1, pág. 26.
  68. Naṣr b. Muzāhim, Waqʿat Ṣiffīn, pág. 202.
  69. Nahj al-balāgha, Ṣubḥī Ṣaliḥ, carta 6.
  70. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī tārīkh, vol. 3, pág. 173.
  71. Balādhurī, Ansāb al-ashrāf, vol. 5, pág. 568; Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 31, pág. 487.
  72. Makārim Shīrāzī, Payām-i Imām Amīr al-Muʾminīn (a) tafsīr-i Nahj al-balāgha, p, 697.
  73. Ḥusayn Ṭāhā. ʿAlī wa fitna-yi buzurg-i qatl-i ʿUthmān, pág. 45.
  74. Ibn Qutayba, al-Imāma wa l-sīyāsa, vol. 1, pág. 57.
  75. Ibn Abī l-Ḥadīd, Sharḥ Nahj al-balāgha, vol. 2, pág. 167.
  76. Yaʿqūbī, Tārīkh al-Yaʿqūbī, vol. 2, pág. 175.
  77. Yaʿqūbī, Tārīkh al-Yaʿqūbī, vol. 2, pág. 175.
  78. Ṣubḥī Ṣaliḥ, Nahj al-balāgha, carta 28, pág. 388.
  79. Ṣubḥī Ṣaliḥ, Nahj al-balāgha, carta 28, pág. 388.
  80. Jaʿfarīyān, Tārīkh-i khulafā, pág. 174-175.
  81. Ṭabarī, Tārīkh al-Ṭabarī, vol. 4, pág. 459.
  82. Yaʿqūbī, Tārīkh al-Yaʿqūbī, vol. 2, pág. 175.
  83. Ibn Khaldūn, Dīwan al-mubtadaʾ wa l-khabar, vol. 2, pág. 607.
  84. ʿAbd al-Maqṣūd, al-Imām ʿAlī b. Abī Ṭālib, vol. 2, pág. 236.
  85. ʿAbd al-Maqṣūd, al-Imām ʿAlī b. Abī Ṭālib, vol. 2, pág. 237.
  86. Ibn Aʿtham al-Kūfī, Kitāb al-Futūḥ, vol. 2, pág. 437.
  87. Ṭabarī, Tārīkh al-Ṭabarī, vol. 4, pág. 459.
  88. Ibn al-Athīr, al-Kāmil fī l-tārīkh, vol. 3, pág. 205-208.
  89. Ṣubḥī Ṣaliḥ, Nahj al-balāgha, carta 54.
  90. Ṣubḥī Ṣaliḥ, Nahj al-balāgha, sermão 22.
  91. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān, pág. 165.
  92. Gharīb, Khilāfat ʿUthmān b. ʿAffān, pág. 152.
  93. Jaʿfarīyān, Tārīkh-i khulafā, pág. 178.
  94. Naṣr b. Muzāhim, Waqʿat Ṣiffīn, pág. 81.
  95. Ibn Ṭaqṭaqī, al-Fakhrī, pág. 104.
  96. Kawtharī, barrasī-yi risha-hā-yi tārīkhī-yi Naṣībī-garī, pág. 99.

Notas

  1. «...فَطَلَبْتَنِي بِمَا لَمْ تَجْنِ يَدِي وَ لَالِسَانِي، وَ عَصَيْتَهُ أَنْتَ وَ أَهْلُ الشَّامِ بِي»
  2. Nathel era o nome de um judeu com longa barba que Uthman parecia a ele; assim essa expressão se tornou um apelido para Uthman.

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