Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.)

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Santuário de Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.)
Santuário de Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.)

Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) (em árabe: السيدة فاطمة المعصومة سلام الله عليها), Fátima é filha do Imam Mussa al-Kazim (a.s.) e irmã do Imam Ali al-Rida (a.s.). É conhecida como a melhor filha do Imam Mussa al-Kazim (a.s.) e foi dito que entre os filhos do Imam al-Kazim (a.s.), depois do Imam Reza (a.s.) não há ninguém igual a Fátima al-Ma'suma (s.a.). Nas fontes históricas, não há muita informação sobre a biografia dela, incluindo as datas do seu nascimento e falecimento. Não há muitas informações sobre o seu casamento, mas sabe-se que nunca se casou.

Al-Ma'suma e Karima Ahl al-Bait (a.s.) são as famosas alcunhas de Fátima, filha do Imam Mussa al-Kazim (a.s.). De acordo com um hadith, o Imam Ali al-Rida (a.s.) mencionou-a pelo nome de al-Ma'suma (Perfeita e Infalível).

Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) foi ao Irã em 201 A.H. a pedido do seu irmão Imam al-Rida (a.s.) e para o visitar. Mas adoeceu no caminho e foi para aquela cidade a pedido do povo de Qom e estabeleceu-se na casa de uma pessoa chamada Mussa bin Khazraj Ash’ari e morreu passados 17 dias. O seu corpo foi sepultado num cemitério chamado Babelan (hoje Haram). Sayyid Jaafar Murteza Ameli (falecido em: 1441 A.H.) acredita que Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) foi envenenada e martirizada em Saveh.

Os xiitas respeitam sra. Fátima al-Ma'suma e dam muita importância à sua visita. Além disso, existem narrações sobre ela que falam da sua intercessão pelos xiitas e o Paraíso é considerado uma recompensa pela sua peregrinação (visita ao seu túmulo). Diz-se que depois de sra. Fátima al-Zahra (filha do Profeta Muhammad), é a única mulher a quem foi narrada uma peregrinação pelos imames xiitas.

Pouca Informação Sobre Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.)

Segundo Zabihullah Mahallati no livro Riyahin al-Sharia (کتاب ریاحین الشریعه), não existem muitas informações sobre a vida de sra. Fátima al-Ma'suma (s.a.). Incluindo as datas do seu nascimento e falecimento, a sua esperança de vida, quando deixou Medina, e se faleceu antes do martírio do Imam al-Rida (a.s.) ou depois, não foram registadas na história.[1]

Linhagem

Fátima é filha do Imam Mussa al-Kazim (a.s.) e irmã do Imam al-Rida (a.s.), de alcunha Ma'suma (Perfeita e Infalível). No livro Al-Irshad (کتاب الارشاد), o Sheikh Mufid mencionou duas meninas chamadas Fátima Kub'rá e Fátima Sugh'rá entre as filhas do Imam Mussa al-Kazim (a.s.), mas não especificou qual delas é sra. Fátima al-Ma'suma (s.a.).[2] Ibn Jauzi, um dos estudiosos sunitas do século VI do calendário lunar, mencionou quatro meninas chamadas Fátima entre as filhas do Imam Mussa al-Kazim, mas não mencionou qual delas era Ma'suma.[3] Segundo Muhammad bin Jarir, autor do livro Dalai al-Imama (دلائل‌الامامة), a mãe de Fátima al-Ma'suma (s.a.) chama-se Najma Khatun, que é também mãe do Imam Ali al-Rida (a.s.).[4]

Data de Nascimento e Falecimento

Nas antigas fontes xiitas, a data de nascimento e falecimento de Fátima al-Ma'suma (s.a.) não é mencionada. Segundo Reza Ustādī, o primeiro livro em que a história é mencionada é Nur al-Afaq (نورالآفاق) escrito por Jawad Xá Abdul Azimi,[5] que foi publicado em 1344 A.H.[6] Neste livro, a data de nascimento de Fátima al-Ma'suma (s.a.) é mencionada em 1 do mês de Dhu al-Qa'da 173 A.H. e a data do seu falecimento em 10 do mês de Rabi' al-Thani 201 A.H., e a partir desse livro foi citada nos outros livros;[7] mas alguns estudiosos como o aiatolá Mar'ashi Najafi,[8] o aiatolá Shabiri Zanjani,[9] Reza Ustādī[10] e Zabihullah MahaLlati[11] discordaram desta opinião do Xá Abdul Azimi e consideraram as datas mencionadas neste livro como sendo falso.

No calendário oficial da República Islâmica do Irã, o primeiro dia de Dhu al-Qa'da é denominado o Dia da Menina.[12]

Alcunhas

Ma'suma e Karima de Ahl al-Bait (a.s.) são as famosas alcunhas de Fátima, filha do Imam Mussa al-Kazim (a.s.).[13] Dizia-se que "Ma'suma" foi retirada de uma tradição atribuída ao Imam Ali al-Rida (a.s.).[14] Nesta narração, escrita em Zad al-Maad (زاد المعاد), escrita por Muhammad Baqir Majlessi, o Imam al-Rida (a.s.) mencionou-a como M Ma'suma.[15]

Hoje, Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) é também chamada de "Karima de Ahl al-Bait".[16] Diz-se que este apelido está documentado num sonho que teve Sayyid Mahmud Mar'ashi Najafi, pai do aiatolá Mar'ashi Najafi, em que um dos imames chamava sra. Ma'suma de Karima Ahl al-Bait.[17]

Casamento

De acordo com o livro de Riyahin al-Sharia (کتاب ریاحین الشریعه), não se sabe se sra. Fátima al-Ma'suma (s.a.) era casada ou não e se tinha filho ou não;[18] Mas o que é famoso é que sra. Fátima al-Ma'suma (s.a.) nunca se casou[19] e foram referidas as razões para não se casar; Entre outros, disseram: Ela não se casou porque não existia um par para ela.[20] Yaqubi, um historiador do século III Hégira, também escreveu: O Imam Mussa al-Kazim (a.s.) desejou que nenhuma das suas filhas se casasse;[21] No entanto, opuseram-se a isso, dizendo que tal ordem não aparecia no testamento que Kuleini citou do Imam Mussa al-Kazim (a.s.) no seu livro al-Kafi[22].[23] Alguns investigadores consideraram também o não casamento de Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) e das suas irmãs por causa da opressão do governo abássida, especialmente Harun e Ma’mun.[24]

Viagem

De acordo com o "Livro da História de Qom" (کتاب تاریخ قم), Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) foi de Medina ao Irã em 201 A.H. para visitar o seu irmão Imam Ali al-Rida (a.s.).[25] De acordo com uma citação feita por Baqir Sharif Qarashi, um historiador xiita, do livro "Jauhara al-Kalam fi Madh al-Sada al-A'alam" (جوهرة الکلام فی مدح السادة الاعلام), o motivo da viagem de Fátima al-Ma'suma (s.a.) ao Irã foi uma carta que o Imam al-Rida (a.s.) lhe tinha enviado, no qual ele queria que ela fosse ao Irã para estar com ele no Khorasan.[26] Nessa tempo, o Imam al-Rida (a.s.) era o príncipe herdeiro de Ma'mun, o califa abássida, e vivia em Khorasan. sra. Fátima al-Ma'suma (s.a.) adoeceu no caminho e faleceu.[27] Segundo Sayyid Jaafar Murteza Ameli, Sr.ª Ma'suma (s.a.) foi envenenada e martirizada em Saveh.[28]

Existem duas versões do motivo pelo qual ela foi para Qom: Segundo o primeiro relato, adoeceu em Saveh e pediu aos seus companheiros que a levassem para Qom.[29] De acordo com o segundo relato, que o autor do Livro da História de Qom considerou mais correto, os próprios Qomitas pediram-lhe que fosse para Qom.[30]

Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.) vivia em Qom na casa de uma pessoa chamada Mussa bin Khazraj Ash'ari e morreu 17 dias depois.[31] O seu corpo foi sepultado num cemitério chamado Babilan (agora Haram). Áli-Sa'ad teve uma disputa sobre o funeral de Fátima al-Ma'suma (s.a.). Finalmente, decidiram que Qadir, que era um ancião virtuoso, iria realizar a cerimónia fúnebre; mas de repente apareceram dois cavaleiros mascarados do deserto, vieram rapidamente e realizaram a Oração Fúnebre e sepultaram-na. Após o funeral, os dois homens mascarados montaram os seus cavalos e partiram sem falar com ninguém.[32] Fazel Lankarani (falecido em 2007) foi citado como tendo dito que não é improvável que estes dois cavaleiros fossem Imames.[33]

O Seu Estatuto Perante os Xiitas

Os peregrinos do Santuário de Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.), Qom
Os peregrinos do Santuário de Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.), Qom

Os estudiosos xiitas um situação elevada para a Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.) e narram tradições sobre a sua dignidade e a importância da sua peregrinação (ziara). No livro Bihar Al-Anwar, Allama Majlissi citou um hadith do Imam Jaafar Sadiq (a.s.), segundo o qual todos os xiitas do Profeta entrarão no Paraíso através da intercessão da Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.).[34] Numa parte da peregrinação (Ziara) da sra. Fátima al-Ma’suma (s.a.), é solicitada a interceder por causa do seu estatuto e posição junto de Deus (Allah).[35][Nota 1]

No século XIV solar, Muhammad Taqi Shushtri escreveu no Qāmūs al-rijāl (قاموس الرجال): Entre os muitos filhos do Imam Mussa al-Kazim (a.s.), depois do Imam al-Rida (a.s.), não há ninguém igual a Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.).[36] O Sheikh Abbas Qomi considerou-a também a melhor das filhas do Imam Mussa bin Jaafar (a.s.).[37] Considera também Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.), como um dos descendentes dos Imames, que é definitivamente um dos filhos do Imam Mussa al-Kazim (a.s.), e está definitivamente sepultada neste santuário e local.[38]

Com base nas tradições narradas pelo Imam Sadiq (a.s.), Imam Kazim (a.s.) e Imam Jawad (a.s.), o Paraíso é a recompensa de quem visita Fátima, filha do Imam Kazim (a.s.);[39] É claro que em algumas narrações a recompensa do Paraíso é considerada para quem a visita com conhecimento e saber.[40]

O autor do livro Zindegani Karima Ahl al-Bait (کتاب زندگانی کریمه اهل‌بیت)) citou Mahmud Ansari Qomi (falecido em: 1998) e citou Sayyid Nasrallah Mustanbat, um estudioso xiita (falecido em: 1985), que no manuscrito de Kashf Al-Leali (کشف اللئالی) escrito por Saleh Bin Arands Hilli, um estudioso xiita do século IX lunar, viu um hadith no qual o Imam Kazim (a.s.) se dirigiu a Fátima Ma’suma e disse: "Fadaha Abuha (o teu pai é-te dedicado). De acordo com esta narração, o Imam Kazim (a.s.) disse esta frase depois de Fátima al-Ma’suma (s.a.) ter respondida corretamente às perguntas dos xiitas na ausência do Imam (a.s.). O autor do livro "Zindegani Karima Ahl al-Bait" (کتاب زندگانی کریمه اهل‌بیت), como o próprio disse, não encontrou este hadith, excepto esta narração nos livros de hadith.[41]

Súplica de Peregrinação

Allama Majlessi escreveu uma "súplica de peregrinação" da Sr.ª Fátima al-Ma'suma (s.a.), citada pelo seu irmão Imam al-Rida (a.s.), nos seus livros Zadal al-Maad (زادالمعاد), Bihar al-Anwar (بحارالانوار) e Tohfa al- Za’ir (تحفةالزائر).[42] E no Tohfa Al-Za’ir, depois de mencionar o nome da "súplica da peregrinação", deu a possibilidade de o seu texto não ser uma continuação do Hadith do Imam Ali al-Rida (a.s.) e os estudiosos acrescentaram-no.[43] Foi dito que a Sr.ª Fátima az-Zahra (s.a.) e a Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.) são as únicas mulheres que têm uma carta de súplica de peregrinação escrita (uma carta de peregrinação cujo documento chega a um Imam infalível).[44]

O Limiar Sagrado de Fátima al-Ma’suma (s.a.)

Artigo principal: Santuário de Fátima al-Ma’suma (s.a.)

Primeiro construíram um dossel e depois uma cúpula sobre o túmulo da Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.) em Qom.[45] Este túmulo expandiu-se gradualmente a tal ponto que é hoje o túmulo mais magnífico e famoso do Irã, depois de Āstān-i Quds Raḍawī.[46] O Iimiar Sagrado de Fátima al-Ma’suma (s.a.) consiste no Santuário Sagrado de Fátima al-Ma’suma (s.a.), edifícios, doações e organizações administrativas relacionadas com o mesmo, a maioria dos quais estão localizados na cidade de Qom.[47]

Congresso

Congresso em homenagem a Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.)

Em 2005, o "Congresso para Comemorar a Personalidade da Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.) e o Lugar Cultural de Qom" foi realizado por ordem de Ali Akbar Masoudi Khomeini, o guardião de Astana.[48] Neste congresso, realizado no santuário da sra. Fátima al-Ma’suma (s.a.), figuras religiosas como Nassir Makarim Shirazi e Abdullah Jawadi Amoli proferiram discursos.[49]

Ahmed Abedi, secretário do Congresso, anunciou a publicação de 54 volumes de livros pelo Congresso sobre os temas da Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.), o seu Santuário, Hawzas de Qom e a Revolução Islâmica em Qom.[50]

Filme de Ukht al-Rida

O filme de Ukht al-Rida é o narrador da viagem da Sr.ª Fátima al-Ma’suma (s.a.) de Medina a Qom. Este filme foi exibido em Qom em 24 Rabi al-Awl 1445 AH.[53]

Referências

  1. Mahallātī, Rayāḥīn al-Sharī'a, vol. 5, pág. 31.
  2. Mufīd, Al-Irshād, vol. 2, p. 244.
  3. Sibṭ b. al-Jawzī, Tadhkirat al-khawāṣ, p. 315.
  4. Ṭabarī, Dalāʾil al-imāma, p. 309.
  5. Ustādī, Āshnāʾī bā ʿAbd al-ʿAzīm wa maṣādir sharḥ-i ḥāl-i ū, p. 301.
  6. Ustādī, Āshnāʾī bā ʿAbd al-ʿAzīm wa maṣādir sharḥ-i ḥāl-i ū, p. 297.
  7. Ustādī, Āshnāʾī bā ʿAbd al-ʿAzīm wa maṣādir sharḥ-i ḥāl-i ū, p. 301.
  8. Mahallātī, Rayāḥīn al-Sharī'a, vol. 5, pág. 32.
  9. Shubayrī Zanjānī, Jurʿa-eī az daryā, vol. 2, pág. 519.
  10. Ustādī, Āshnāʾī bā ʿAbd al-ʿAzīm wa maṣādir sharḥ-i ḥāl-i ū, p. 301.
  11. Mahallātī, Rayāḥīn al-Sharī'a, vol. 5, pág. 31-32.
  12. شورای مرکز تقویم مؤسسه ژئوفیزیک دانشگاه تهران، تقویم رسمی کشور سال ۱۳۹۸ هجری شمسی، ص۹.
  13. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 21,43.
  14. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 29.
  15. Majlisī, Zād al-maʿād, p. 547.
  16. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 41-42.
  17. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 41-42.
  18. Mahallātī, Rayāḥīn al-Sharī'a, vol. 5, pág. 31.
  19. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 150.
  20. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 151.
  21. Yaʿqūbī, Tārīkh al-Yaʿqūbī, vol. 2, pág. 361.
  22. Kulaynī, al-Kāfī, vol. 1, pág. 317.
  23. Qarashī, Ḥayāt al-Imām Mūsā b. Ja'far (a), vol. 2, pág. 497.
  24. Ḥusaynī, Rāz-i adam Izdivaj Fatima al-Mussuma, p. 103-104.
  25. Qummī, Tarikh-i Qom, p. 213.
  26. Qarashī, Ḥayāt al-Imām Mūsā b. Ja'far (a), vol. 2, pág. 351.
  27. Qummī, Tarikh-i Qom, p. 213.
  28. ʿĀmilī, Al-Ḥayāt al-sīyāsiyya li-l-Imām al-Riḍā, vol. 1, p. 428.
  29. Qummī, Tarikh-i Qom, p. 213.
  30. Qummī, Tarikh-i Qom, p. 213.
  31. Qummī, Tarikh-i Qom, p. 213.
  32. Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 60, pág. 219.
  33. MuḥammadBeygi, Furūghī az Kawthar, p. 35.
  34. Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 99, pág. 267.
  35. Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 99, pág. 267; Zād al-maʿād, p. 547-548.
  36. Shūshtarī, Tawārīkh al-Nabī wa al-Āl, p. 65.
  37. Qummī, Muntahā l-āmāl fī tawārīkh al-Nabī wa al-Āl, p. 378.
  38. Qummī, Muntahā l-āmāl fī tawārīkh al-Nabī wa al-Āl, p. 378.
  39. Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 99, pág. 265-268.
  40. Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 99, pág. 266.
  41. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl al-Bait (a), p. 52-54.
  42. Majlisī, Biḥār al-anwār, vol. 99, pág. 266-267; Zād al-maʿād, p. 547-548; Tuḥfat al-zāʾir, p. 4.
  43. Majlisī, Tuḥfat al-zāʾir, p. 4.
  44. Mahdīpur, Karīma-yi Ahl Bayt (a), p. 126.
  45. Qummī, Tārīkh-i Qom, p. 359.
  46. Sajjādī, Āstān-i ḥazirāt Massuma, p. 358.
  47. Sajjādī, Āstān-i ḥazirāt Massuma, p. 358.
  48. کنگره بزرگداشت حضرت فاطمه معصومه، مجموعه مقالات، ۱۳۸۴ش، ج۱، ص۲.
  49. شرافت، «کنگره بزرگداشت حضرت فاطمه معصومه(س) و مکانت فرهنگی قم»، ص۱۳۹و۱۴۵.
  50. شرافت، «کنگره بزرگداشت حضرت فاطمه معصومه(س) و مکانت فرهنگی قم»، ص۱۴۲.

Notas

Bibliografia

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