Saltar para o conteúdo

Tocar o Corpo Humano Morto

Fonte: wikishia

Este artigo é um texto descritivo sobre um conceito jurídico e não pode ser um critério para práticas religiosas. Para práticas religiosas, consulte outras fontes.

Este artigo trata do tocar o morto. Para conhecer o banho com o mesmo nome, veja o Banho de Tocar o Morto.

Mass al-Mayyit (em árabe: مَسّ المَیِّت) significa tocar o corpo de humano morto.[1] A respeito de tocar o morto, é mencionado no capítulo sobre a pureza (Taharat) nos livros de jurisprudência.[2]

Preceitos relacionados a tocar o morto

  • De acordo com as fatwas dos juristas xiitas, tocar o corpo de uma pessoa falecida obriga a realização do banho completo (Ghusl), se o corpo do cadáver estiver frio e o contato ocorrer antes do ghusl do morto (Mass al-Mayyit).[3]
  • Tocar o corpo dos infalíveis (a.s.), de um mártir que caiu em combate e de uma pessoa que fez ghusl do morto antes de realizar hadd ou Qissas, não exige a realização do ghusl de tocar o morto.[4]
  • Segundo a opinião popular entre os juristas, tocar o morto não invalida a ablução.[5] No entanto, alguns juristas acreditam que tocar o morto invalida a ablução.[6]
  • De acordo com a fatwa da maioria dos Marja', tocar um órgão desprendido do corpo humano, se tiver ossos, provoca o ghusl de tocar o morto.[7] Por outro lado, o aiatolla Sistani acredita que tocar um membro cortado, mesmo que tenha ossos e carne, não provoca o ghusl de tocar o morto.[8]
  • Segundo alguns juristas, o ghusl de tocar o morto é obrigatório apenas para atos que exigem abluções, como a oração e tocar a linha do Alcorão. Outros consideram tocar o morto como o Maior Hadath. Portanto, é obrigatório realizar todos os atos que requerem pureza (Taharat), como a oração, o Tawaf, o jejum e a permanência na mesquita.[9]

Referências

Bibliografia

  • ʿĀmilī, Sayyid Jawād. Miftāḥ al-karāma fī sharḥ qawāʿid al-ʿallāma. Editado por Muḥammad Bāqir Khāliṣī. Qom: Daftar-i Intishārāt-i Islami, 1419 AH.
  • Fāḍil Lankarāni, Muḥammad. Tawḍīḥ al-masāʾil. Qom: [n.p], 1426 AH.
  • Gharawī Tabrīzī, Ali. Al-Tanqīḥ fī sharh-i ʿurwat al-wuthqā; taqrīrāt-i dars-i Aytullāh al-Khoeī. Segunda edição. [n.p]: 1411 AH.
  • Isfahani, Abu l-Ḥassan. Wasilat al-najat. Editado por Sayyid Rūḥ Allāh Mūsawī al-Khomeinī. Qom: Markaz-i Nashr-i Āthār-i Imām Khomeinī, 1422 AH.
  • Najafi, Muḥammad al-Ḥassan al-. Jawāhir al-kalām fī sharḥ sharāʾiʿ al-Islām. Editado por ʿAbbās Qūchānī e ʿAlī Ākhūndī. Beirute: Dār Iḥyāʾ al-Turāth al-ʿArabī, 1362 Sh.
  • Sīstānī, Sayyid ʿAlī. Minhāj al-ṣāliḥīn. Sétima edição. Qom: Daftar-i Nashr-i Āyat Allāh Sīstānī, 1417 AH.
  • Ṭabāṭabāʾī Yazdī, Muḥammad Kāẓim al-. Al-ʿUrwat al-wuthqā. Qom: Daftar-i Intishārāt-i Islami, 1419 AH.