Fatwa sobre a proibição de ofender as santidades sunitas

Fonte: wikishia

A Fatwa sobre a proibição de ofender as santidades sunitas, é dada por aiatolá Khamenei, líder da República Islâmica do Irã. Esta fatwa consiste em proibição de ofender e desprezar as santidades dos seguidores da seita sunita, como por exemplo, os símbolos deles e algumas esposas do Profeta Muhammad (s.a.a.s.). Esta fatwa foi emitida em resposta aos insulto e desprezos do clérigo xiita do Kuwait Yasser Al-Habib à Senhora Aisha, a esposa do Profeta (s.a.a.s.), e a uma resposta coletiva de estudiosos xiitas sauditas. A Fatwa sobre a proibição de ofender as santidades sunitas, teve muitos reflexos na média árabe. Além disso, algumas figuras religiosas xiitas e sunitas avaliaram a sua emissão como sendo a causa para a unidade dos muçulmanos.

As suas áreas

A Fatwa sobre a proibição de ofender as santidades sunitas foi emitida após o insulto de Yasir al-Habib, um clérigo xiita do Kuwait, á Aisha, a esposa do Profeta Muhammad (s.a.a.s.). Al-Habib havia falado várias vezes contra Aisha e Umar bin Khattab, que têm uma posição especial entre os sunitas.[1]

Em 2009, ele organizou uma celebração por ocasião do aniversário da morte de Aisha em Londres e proferiu palavras ofensivas contra ela.[2] Esta celebração foi transmitida no canal de Yasser al-Habib chamado Fadak em redes sociais.[3] Também realizou uma celebração no aniversário da morte do segundo califa. Este programa foi transmitido no seu canal também nas redes sociais.[4]

A expansão das palavras de Al-Habib provocou a ira e o protesto dos sunitas e causou reações no mundo islâmico, principalmente nos países sunitas, e causou muitos problemas para os xiitas do Kuwait e da Arábia Saudita.[5] Abdul Aziz Al-Sheikh, o mufti saudita, em resposta às palavras de Al-Habib, afirmou que a propagação do xiismo nos países árabes e islâmicos parou e que as palavras de Al-Habib foram um presente de Deus para esclarecer a verdadeira essência dos xiitas.[6] Após esses acontecimentos, os estudiosos xiitas da Arábia Saudita fizeram um pedido especial ao aiatolá Seyyed Ali Khamenei, líder da República Islâmica do Irã, que declarasse a sua opinião jurisprudência sobre "a ofensa explícita a senhora Aisha e o uso de palavras depreciativas e insultos a ela".[7]

O texto de fatwa

Em 30 de setembro de 2010, o aiatolá Khamenei emitiu uma fatwa em resposta ao pedido que os estudiosos xiitas na região de Al-Ahsa da Arábia Saudita fizeram sobre a ofensa contra Aisha, a esposa do Profeta Muhammad (s.a.a.s.): "É proibido insultar os símbolos dos irmãos sunitas, inclusive acusar adultério à esposa do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), Aisha. Este assunto inclui as esposas de todos os profetas e especialmente o grande profeta Muhammad (s.a.a.s.)".[8]

Reflexões e reações

A fatwa sobre a proibição de ofender as santidades sunitas foi acompanhada de reflexões e reações na mídia, entre os jornais de vários países árabes e site de rádio, televisão e alguns canais nas redes sociais relataram sobre o assunto.[9] como exemplo, o canal televisão Al-Jazeera no seu programa "Maa wara' al-Khabar" com a presença de especialistas, analisou esta fatwa e o seu papel na unidade e proximidade entre os seguidores de diferentes seitas islâmicas.[10]

Várias figuras em países árabes também reagiram à fatwa de insultar a santidade dos sunitas. Entre eles, Ahmad Al-Tayeb, Sheikh da Universidade Al-Azhar, anunciou em comunicado que esta fatwa foi emitida no momento certo para evitar divisões e fechar as portas da sedição, e expressa o interesse e desejo pela unidade dos muçulmanos.[11], por outro lado, várias figuras religiosas libanesas, enquanto apoiavam esta fatwa, consideravam-na neutralizante das conspirações dos inimigos.[12] Seyyed Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah do Líbano, considerou esta fatwa a razão para fechar o caminho para aqueles que pretendem romper a unidade da Ummah Islâmica.[13] Na sua declaração final, a 4.ª Conferência Al-Aqreem no Centro Islâmico de Londres apoiou a fatwa do aiatolá Khamenei.[14] Alguns representantes da seita sunitas no Conselho Islâmico do Irã, em comunicado, consideraram esta fatwa um motivo de orgulho e alento para os sunitas do país.[15]

Referências

  1. یاسر الحبیب؛ آخوند لندن‌نشین/ دیروز در شبکه «فدک»، امروز در «صوت العترة»‌، Agência de Notícias Tasnim.
  2. «روایت‌های جعلی شبکه‌های سلام، فدک و اهل‌بیت از شیعه»، Agência de Notícias mashreghnews.
  3. «روایت‌های جعلی شبکه‌های سلام، فدک و اهل‌بیت از شیعه»، Agência de Notícias mashreghnews.
  4. یاسر الحبیب؛ آخوند لندن‌نشین/ دیروز در شبکه «فدک»، امروز در «صوت العترة»‌، Agência de Notícias Tasnim.
  5. «فتوایی که فتنه تفرقه بین مسلمین را خنثی کرد»، Agência de Notícias Fars.
  6. «روایت‌های جعلی شبکه‌های سلام، فدک و اهل‌بیت از شیعه»، Agência de Notícias mashreghnews.
  7. «استقبال گسترده از فتوای مقام معظم رهبری درباره همسران پیامبر(ص)»، Agência de notícias: Khabaronline؛ «استقبال جهان اسلام از استفتای جدید آیت‌الله خامنه‌ای»، Jornal Ressalat.
  8. «استقبال جهان اسلام از استفتای جدید آیت‌الله خامنه‌ای»، Jornal Ressalat.
  9. «وحدت اسلامی در دیدگاه رهبر انقلاب و تاثیرات جهانی آن»، Site de notícias do mashreghnews.
  10. «وحدت اسلامی در دیدگاه رهبر انقلاب و تاثیرات جهانی آن»، Site de notícias do mashreghnews.
  11. «استقبال شیخ الازهر از فتوای رهبر انقلاب»، Site Khabaronline.
  12. «گروه‌های مذهبی لبنان از فتوای مهم رهبر انقلاب حمایت کردند»، Agência de notícias mehrnews.
  13. «تاکید سید حسن نصرالله بر ضرورت حفظ وحدت مسلمانان»، Isna.
  14. «حمایت از فتوای رهبری درباره حرام بودن توهین به اهل سنت در کنفرانس تقریب لندن»، khabaronline.
  15. «تقدیر نماینده خاش از فتوای رهبری درباره حرمت نمادهای اهل سنت»، khabaronline.

Bibliografia