Imam Mussa al-Kazim (a.s.)

Fonte: wikishia

Mūssā ibn Jaʿfar al-Kāẓim (em árabe: الإمام موسى الكاظم عليه السلام), (127 ou 128 183 AH) conhecido como Imam Mussa ‎al-Kazim é ‎apelidado ‎de ‎Kazim e Bab ‎al-Hawaij é o sétimo Imam ‎dos doze Imames xiitas. Ele nasceu ‎em 128 ‎AH, ‎ao mesmo tempo ‎que a ‎revolta de Abu Muslim Khorassani, o defensor de ‎Bani ‎Abbas ‎contra ‎os omíadas, e em 148 AH após o ‎martírio de seu pai, Imam ‎Sadiq (a.s.),‎ tornou-se Imam. Os trinta e cinco anos do seu imamato coincidiram com ‎o ‎Califado ‎de ‎Mansour, Hadi, ‎Mahdi e Harun Abassi. Ele foi preso ‎diversas vezes por Mahdi ‎e ‎Harun ‎Abbasi e foi martirizado na ‎prisão ‎de Sandi ibn Shahik em 183 AH. Após seu martírio, ele foi sucedido por seu filho Ali ibn ‎Mussa (a.s.) como o próximo Imam.‎

O período do Imamato do Imam Kazim (a.s.) coincidiu com o auge do ‎poder ‎do ‎Califado ‎Abássida, e ‎ele realizou Taqiyya contra o governo da época, e ordenou ‎que ‎os ‎xiitas ‎fizessem o mesmo. Portanto, ‎o sétimo Imam xiita não tomou uma ‎posição ‎explícita ‎contra os ‎califas abássidas e as revoltas alauitas, ‎como a revolta do ‎mártir ‎Fakh. Mas, tentou ‎deslegitimar o califado abássida em debates ‎e ‎diálogos ‎com os califas ‎abássidas e outros.‎

Debates e diálogos de Mussa ibn Jaafar (a.s.) com alguns estudiosos ‎judeus ‎e ‎cristãos ‎foram narrados ‎em fontes históricas e hadith, que foram em resposta ‎às ‎suas ‎perguntas. No ‎livro "Musnad al-Imām al-Kāzim" mais de três mil hadiths ‎foram ‎coletados ‎dele, alguns dos ‎quais foram narrados por alguns dos ‎Companheiros ‎‎do Consenso (Aṣḥāb al-Ijmāʿ). ‎

Para se comunicar com os xiitas, o Imam Kazim (a.s.) expandiu a rede Wikala (a rede de deputados), nomeando pessoas como seus representantes ou deputados em diferentes regiões. Por ‎outro ‎lado, a ‎vida do Imam ‎Kazim (a.s.) coincidiu ‎com o surgimento de divisões dentro do ‎xiitas, ‎as seitas ‎Ismailiyya, Fatahiyya e Nāwusiyya foram formadas com o ‎início de seu ‎Imamato e a ‎seita ‎Waqfiyya após seu martírio.

Fontes xiitas e sunitas elogiaram seu conhecimento, adoração, tolerância e ‎generosidade ‎e, ‎o ‎apelidaram de "al-Kazim" e "al-'Abd al-Salih". Os autoridade sunitas ‎respeitavam o ‎sétimo Imam ‎xiita ‎como um ‎estudioso religioso e visitavam seu ‎túmulo como os xiitas. O ‎santuário do ‎Imam ‎Kazim (a.s.) e seu ‎neto, Imam Javad ‎‎(a.s.), está localizado perto de Bagdá e é conhecidos como o Santuário de Kazimayn ‎e ‎é um local de peregrinação ‎para ‎muçulmanos, ‎especialmente para os xiitas.‎

Biografia ‎

Mussa ibn Jaafar nasceu em mês Dhul-Hijjah 127 AH ou 7 Safar 128 AH quando ‎o ‎Imam ‎Sadiq ‎e sua esposa ‎Hamida estavam retornando do Hajj, na região de Abwa'. ‎Ele ‎também ‎teria ‎nascido no ano 129, AH, em Medina. No calendário da ‎República ‎Islâmica do Irã, ‎o ‎nascimento do sétimo Imam é registrado ‎no dia 20 de ‎Dhul-Hijjah. ‎Algumas ‎fontes ‎informaram sobre o grande interesse do Imam Sadiq ‎‎(a.s.) a ele. ‎De acordo com ‎a ‎narração de ‎Ahmad Barqi, Imam Sadiq (a.s.) distribuiu ‎alimentos ao povo ‎durante ‎três ‎dias após o ‎nascimento de seu filho Mussa.‎

Artigo principal: Lista de apelidos e alcunhas do Imam Kazim (a.s.)

A linhagem de Mussa ibn Jaafar ibn Muhammad ibn Ali ibn Hussain ibn Ali ibn ‎Abi ‎Talib ‎chega ‎ao Imam ‎Ali (a.s.) Através de quatro intermediários. Seu pai é o Imam ‎Sadiq ‎‎(a.s.), ‎sexto ‎Imam dos xiitas, e sua ‎mãe é Hamida al-Barbariyya. Ele foi apelidado ‎por Abu ‎Ibrahim, ‎Abu al-‎Hassan Awwal, Abu al-Hassan Mazi e Abu Ali. Ele ‎foi apelidado de ‎Kazim, ‎por ‎controlar sua raiva contra o mau comportamento ‎dos ‎outros, e al-'Abd al-Salih por ‎causa de ‎sua ‎grande adoração. Bāb al-Ḥawāʾij também é um ‎de seus títulos ‎e o povo de Medina ‎o ‎chamava ‎de Zain al-Mujtahidin (o ornamento ‎daqueles que se esforçam).‎

Mussa ibn Jaafar (a.s.) nasceu durante a transferência de poder dos ‎Omíadas ‎para ‎os ‎Abássidas. Aos ‎quatro anos, o primeiro Califa abássida chegou ao poder. ‎Não ‎há ‎muita ‎informação sobre a vida do ‎Imam Kazim (a.s.) até seu Imamato, ‎exceto ‎alguns ‎debates ‎científicos durante sua infância, ‎incluindo debate com ‎Abu ‎Hanifa e estudiosos ‎de outras ‎religiões que ocorreram em Medina.

Segundo o hadith em livro Manāqib, ele entrou anonimamente ‎numa ‎das ‎aldeias ‎Shām e lá teve ‎um debate com um monge, o que levou a que ele ‎e ‎os ‎seus ‎companheiros se tornassem ‎muçulmanos. Também relatos de viagens ‎do ‎Imam ‎para ‎peregrinações, Meca para o Hajj ou 'Umra. O ‎Imam foi convocado ‎várias ‎vezes a ‎Bagdá ‎pelos califas abássidas. Exceto nestes casos, o Imam passou ‎a ‎maior ‎parte da sua ‎vida em ‎Medina.‎

Esposas e Filhos

Também vejam: Lista dos filhos do Imam al-Kazim (a.s.)

O número de esposas do Imam Kazim não é claro. A primeira delas é a Najmah ‎a ‎mãe ‎do ‎Imam Reza (a.s.). ‎Existem diferentes relatos sobre o número de seus filhos ‎em ‎fontes ‎históricas. ‎Segundo o Sheikh ‎Mufid ele teve 37 filhos (18 meninos e 19 ‎meninas). ‎Imam ‎Reza (a.s.) ‎Ibrahim, Shahcheragh, Hamzah e ‎Ishaq estão entre seus ‎filhos e ‎Fátima al-Ma'suma (s.a.) e ‎Hakima estão entre suas filhas. Os descendentes ‎do ‎Imam Kazim ‎‎(a.s.) são ‎conhecidos ‎como sādāt Mousawi. ‎

Imamato

Mussa ibn Jaafar (a.s.) ‎após o martírio de seu pai em 148 AH, quando tinha vinte anos, tornou-se o Imam de Shi'a. O ‎período de seu Imamato coincidiu com os períodos de quatro califas abássidas. Cerca de dez anos de seu ‎imamato no califado de ‎Mansour ‎‎(reinado ‎‎136-158 ‎A.H.) onze anos no califado de Mahdi Abassi (reinado ‎‎158-‎‎169 ‎A.H.), um ano no ‎califado de ‎Hadi Abbasi (reinado 169-170 A.H.) e treze anos no ‎califado ‎de Harun ‎‎(reinado 170 ‎‎- 193 A.H.). O mandato do Imamato de Mussa ibn ‎Jaafar durou trinta e cinco anos e após seu martírio em 183 AH o Imamato foi transferido ‎para seu filho, Imam ‎Reza (a.s.)‎.

Evidência textual para Imamato

Do ponto de vista xiita, o Imam é determinado por Deus e uma das formas de ‎reconhecê-‎‎lo ‎é o texto ‎‎(a declaração do Profeta) (s.a.a.s.) ou do ‎Imam anterior ‎ao ‎Imam ‎depois dele ter ‎anunciado aos seus companheiros ‎próximos). Em cada um dos ‎livros ‎de Kafi, ‎Arshad, Aalam al-Wari e ‎Bihar al-‎Anwar, há um capítulo sobre os textos do ‎Imamato ‎de Mussa ‎ibn Jaafar (a.s.), que ‎contém 16, ‎‎46, 12 e 14 narrações respectivamente. ‎Eles ‎citaram sobre ‎isso, ‎incluindo:‎

  • ‎Em uma hadith, diz Faiz ibn Mukhtar, perguntei ao Imam Sadiq (a.s.): ‎quem ‎é ‎o ‎Imam depois ‎do senhor? Neste momento, seu filho Mussa chegou e o Imam ‎Sadiq ‎‎(a.s.) ‎o ‎apresentou como o próximo ‎Imam.‎
  • ‎De acordo com um hadith transmitido por Ali ibn Jaafar, o Imam al-Sadiq (a.s.) disse sobre Mussa ibn Jaafar (a.s.): "ele é meu melhor filho e aquele que me sucederá. Ele tomará meu lugar. E ele é a hujja (prova) do Deus Exaltado para todas as criaturas depois de mim".

De acordo com um relatório em ʿUyūn akhbār al-Riḍā que Hārūn al-Rashīd disse a seu filho que Mussa ibn Jaafar era o Imam certo e a pessoa mais competente para a sucessão do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), descrevendo seu próprio califado ou liderança como sendo apenas aparente ou baseado na força.

O testamento do Imam Sadiq e a Confusão de Alguns Xiitas

É mencionado nas fontes que devido às pressões feitas pelos Abássidas e para proteger a vida do Imam al-Kazim (a.s.), o Imam al-Sadiq (a.s.) apresentou cinco pessoas, incluindo o califa abássida, como seu deputado. Embora o Imam al-Sadiq (a.s.) tenha apresentado o Imam depois de si para seus companheiros especiais várias vezes, mas isso faz uma situação desconcertante para os xiitas. Neste período, alguns companheiros do Imam al-Sadiq (a.s.), como Mu'min al-Taq e Hisham ibn Salim, também ficaram em dúvida. Eles foram primeiro a ʿAbd Allah al-Afṭaḥ, que havia reivindicado o Imamato, e perguntaram a ele sobre o zakat. Mas suas respostas não os convenceram. Então, eles visitaram Mussa al-Kazim (a.s.) e estavam convencidos de suas respostas e aceitaram seu imamato.

Divisão dos xiitas ‎

Durante o período do Imamato de Mussa ibn Jaafar (a.s.), as seitas ‎Ismailiyya, Fatahiyya ‎e ‎Nāwusiyya foram ‎formadas. Embora durante a vida do Imam Sadiq ‎‎(a.s.), o ‎terreno para ‎uma ‎divisão entre os xiitas ‎tenha sido preparado, mas nenhuma divisão ‎‎ocorreu entre eles. ‎Mas ‎com o martírio do Imam Sadiq ‎‎(a.s.), e o início do Imamato ‎de ‎Mussa ibn Jaafar (a.s.), ‎os ‎xiitas dividiram-se em diferentes seitas; Um ‎grupo ‎deles, negou a ‎morte de Ismail filho ‎do ‎Imam Sadiq (a.s.) e o considerou como Imam. ‎Alguns membros ‎deste ‎grupo, que duvidaram na vida de Ismail, ‎consideravam seu filho Muhammad como Imam. ‎Este ‎grupo ficou ‎conhecido ‎como ‎Ismailia, outros consideravam Abdullah Aftah como o ‎Imam ‎e ‎ficaram ‎conhecidos ‎como Fatahiyya, mas após sua morte, que ocorreu cerca de 70 ‎dias ‎após ‎o ‎martírio ‎do Imam Sadiq (a.s.), eles acreditaram no Imamato de Mussa ‎ibn ‎Jaafar. ‎Alguns ‎deles ‎pararam de seguir uma pessoa chamada Nāwus no Imamato ‎de ‎Imam ‎Sadiq ‎‎(a.s.) e algumas pessoas ‎acreditaram no Imamato de Muhammad Dibaj.‎

Atividades de Ghalian

Os Ghalianos também estiveram ativos durante o período do Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.). ‎Durante ‎este ‎período, formou-se a seita de Bashiriyya que foi atribuída ‎a ‎Muhammad ‎ibn Bashir um ‎dos ‎companheiros de Mussa ibn Jaafar (a.s.). Ele ‎contou ‎mentiras ao Imam ‎durante sua vida. ‎Muhammad ‎ibn Bashir disse: a pessoa ‎que ‎as conhecem como Mussa ‎ibn Jafar não é ‎o mesmo Mussa ibn Jafari que era a ‎prova de Deus ‎e, afirmou que Mussa ibn ‎Jaafar real está com ‎ele e ele pode provar que ‎é o Imam. ‎Ele era hábil ‎em magia e fez um ‎rosto como o rosto do ‎Imam Kazim (a.s.) ‎e mostrou-o às pessoas ‎como ‎Imam Kazim (a.s.) ‎e alguns foram ‎enganados por ‎ele. Muhammad bin Bashir e seus ‎seguidores ‎espalharam ‎rumores na ‎comunidade ‎antes do martírio do Imam Kazim (a.s.) de ‎que o Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.) não havia ‎ido ‎para a prisão e estava vivo e não morreria. Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.) ‎considerou ‎Muhammad ‎bin Bashir impuro e o amaldiçoou considerando ‎ter ‎permitido ‎derramar ‎seu sangue. ‎

Atividades científicas

Várias atividades científicas foram relatadas para Imam Kazim (a.s.), ‎o ‎texto ‎dessas ‎atividades está na ‎forma de narrações, debates e discussões científicas ‎em ‎livros ‎de ‎hadith xiitas.‎

Hadith

Muitos hadiths do Imam Kazim (a.s.) foram narrados em fontes de ‎hadith ‎xiitas; ‎esses ‎hadiths são ‎principalmente em tópicos teológicos como ‎monoteísmo, ‎inovação e ‎fé, bem ‎como questões morais, ‎bem como orações. Entre elas, a ‎oração ‎de Joshan Saghir ‎foi ‎citada. Nos documentos dessas ‎narrações, ele é ‎mencionado ‎como ‎al-‎Kazim, Abu al-Hassan, Abu al-Hassan al-‎Awwal, ‎Abu ‎al-Hassan al-Madi, al-Alim e al-‎Abd ‎al -Salih. Azizullah Attardi coletou 3.134 ‎hadiths ‎dele ‎no Musnad al-Imām al-Kāzim, ‎Abu ‎Imran Marwazī Baghdadi (299 ‎DC), um dos ‎estudiosos sunitas, ‎também coletou alguns ‎dos ‎hadiths do sétimo ‎Imam dos xiitas no ‎Musnad do Imam Mussa ibn Jafar.‎

Outras obras foram narradas por Mussa bin Jaafar:‎

  • ‎‎Ali ibn Jaafar: O irmão do Imam Kazim (a.s.) tinha um livro intitulado al-‎‎Masal, ‎no ‎qual registrou ‎as questões que perguntava ao Imam Kazim (a.s.) e ‎recebeu ‎suas ‎respostas. ‎O assunto deste livro são ‎questões jurisprudenciais. ‎O livro foi publicado ‎pelo ‎Instituto Ahl al-‎Bait sob o título de Masa'il Ali ‎ibn ‎Jaafar.
  • ‎Um artigo sobre sabedoria dirigido a Hisham bin Hakam.‎
  • ‎Um artigo sobre o monoteísmo, que responde às perguntas de Fath bin ‎Abdullah.
  • Ali ibn Yaqtin: Ele também reuniu as questões que aprendeu com ‎Mussa ‎ibn ‎Jaafar ‎‎(a.s.) em ‎um livro intitulado Questões de Abu al-Hassan Mussa ibn ‎Jaafar.‎

Debates e Diálogos

Debates e diálogos do Imam Kazim (a.s.) com alguns califas ‎abássidas, ‎estudiosos ‎judeus ‎e cristãos, ‎Abu Hanifa e outros foram relatados. Qarashī, Bāqir Sharīf coletou oito ‎diálogos ‎do Imam Kazim (a.s.) ‎sob o título de ‎debates do ‎Imam Kazim (a.s.). Imam mussa al-Kazim teve ‎debates com ‎Mahdi Abbasi sobre Fadak e a ‎proibição do vinho no Alcorão. ‎Ele também ‎teve debates, com Harun. ‎Como Harun se considerava um parente do Profeta (s.a.a.s.), o Imam al-Kazim (a.s.) deixou explícito a Harun que ele tinha o relacionamento mais próximo com o Profeta (s.a.a.s.). Os diálogos de Ja'far (a) com estudiosos de outras religiões eram geralmente na forma de respostas às suas perguntas, o que levou a se converteram ao Islã.

Conduta

Maneira de adorar

De acordo com fontes xiitas e sunitas, o Imam al-Kazim (a.s.) praticava frequentemente a adoração a Deus. Assim, ele passou a ser conhecido como "al-'Abd al-Salih" (o adorador justo ou servo de Deus). De acordo com alguns ‎relatos, ‎o ‎Imam Kazim ‎‎(a.s.) adorou tanto que ‎seus carcereiros também ficaram impressionados. De acordo com al-Sheikh al-Mufid, Musa ibn Jaafar (a.s.) foi o maior adorador de seu tempo e chorava tanto, de medo de Deus, que sua barba ficava molhada. Em sua prostração, ele repetiu a súplica: «عَظُمَ الذَّنْبُ مِنْ عَبْدِكَ فَلْيَحْسُنِ الْعَفْوُ مِنْ عِنْدِكَ» (Se o pecado do Teu servo é grande, então o perdão de Ti é o melhor); e dizia: «اللَّهُمَّ إِنِّي أَسْأَلُكَ الرَّاحَةَ عِنْدَ الْمَوْتِ وَ الْعَفْوَ عِنْدَ الْحِسَابِ» (Ó Deus! Peço-Te o conforto na hora da morte e o perdão na hora do Julgamento). Mesmo quando estava preso por ordem de Harun, ele agradeceu a Deus por ter tido a oportunidade de adorá-Lo: "Sempre te pedi uma oportunidade de adorar e Tu me proporcionaste isso, por isso Te agradeço".

O anel do Imam Kazim (a.s.) era gravado de: "«حَسْبِيَ اللهُ حَافِظِي»" (Deus é ‎suficiente ‎para ‎me ‎proteger).‎

Conduta moral

Há muitos relatos sobre a paciência e generosidade do Imam al-Kazim (a.s.) em fontes xiitas e sunitas. Al-Shaykh al-Mufid acreditava que o Imam (a.s.) era o homem mais generoso de seu tempo que secretamente levava provisões e alimentos para os pobres em Medina durante a noite. Ibn 'Inaba disse sobre a generosidade de Musa b. Jaafar (a.s.): ele saiu de casa durante a noite com sacos de dirhams e os deu a cada pessoa necessitada que conheceu. Seus sacos de dirhams eram bem conhecidos entre as pessoas na época. Também é dito que Musa b. Jaafar (a.s.) também era generoso com aqueles que o incomodavam, e sempre que ele sabia que alguém estava tentando incomodá-lo, ele enviava presentes para ele. Sheikh al-Mufid também considerou o Imam al-Kazim (a.s.) como persistente em silat al-rahim (laços familiares).

Por exemplo, um homem insultou o Imam 'Ali (a.s.) na presença do Imam al-Kazim (a). Os companheiros do Imam (a.s.) queriam atacá-lo, mas o Imam (a.s.) não permitiu que o fizessem. Ele então foi até a fazenda do homem. Quando o homem viu o Imam al-Kazim (a.s.), ele chorou e pediu ao Imam (a.s.) para não pisar em suas plantações. O Imam (a.s.) se aproximou dele e gentilmente perguntou: "quanto você gastou na fazenda?". O homem respondeu: "100 dinares". Então o Imam (a.s.) perguntou: "quanto você se beneficiará da fazenda?" O homem disse: "Eu não tenho o conhecimento do oculto". O Imam al-Kazim (a) perguntou: "quanto você espera se beneficiar?" O homem respondeu: "duzentos dinares". O Imam (a.s.) deu 300 dinares a ele e disse: "esses trezentos dinares são seus e fique com suas colheitas". O Imam (a.s.) foi até a mesquita então. O homem correu até a mesquita e chegou mais cedo que o Imam (a.s.). Quando viu o Imam (a.s.), ele recitou o versículo do Alcorão: "Allah sabe melhor onde Ele coloca Sua mensagem" (Alcorão 6:124).

Al-Bushr al-Hafi também ficou impressionado com as observações e práticas morais do Imam (a.s.) e então se arrependeu diante de Deus.

Conduta Política

De acordo com algumas fontes, o Imam al-Kazim (a.s.) enfatizou a ilegitimidade dos califas abássidas de diferentes maneiras, como tendo debates e se recusando a cooperar com eles e, assim, tentou minar a confiança das pessoas neles. A seguir estão os casos de suas tentativas de questionar a legitimidade dos abássidas:

  • Nos casos em que os califas abássidas tentavam legitimar seu governo ‎atribuindo-‎‎se ‎ao ‎Profeta (s.a.a.s.) por sangue, ele mencionou sua ‎linhagem e mostrou ‎que ‎estava ‎mais próximo ‎do Profeta (s.a.a.s.) do que os Abássidas.

‎Entre ‎outras ‎coisas, na conversa ‎que ‎ocorreu entre ele e Harun Abbasi, Imam Kazim ‎‎(a.s.), ‎baseado em ‎versículos ‎do Alcorão, incluindo ‎o versículo Mubahlah, provou sua ‎atribuição ‎ao ‎Profeta ‎através de sua mãe Fátima al- Zahra (s.a.).

  • Quando Mahdi Abbasi começou a devolver propriedades suspeitas ou usurpadas aos seus donos, Imam Kazim (a.s.) pediu-lhe que devolvesse o Fadak a ele, ‎‎Mahdi Abbasi ‎pediu-lhe para determinar os limites de Fadak e o ‎Imam ‎determinou as fronteiras ‎que ‎eram iguais às ‎do território do governo ‎abássida. A ‎pedida de Fadak e a ‎determinação ‎de seus limites pelo ‎Imam ‎Kazim (a.s.) também é ‎atribuída a Harun al-‎Rashid.
  • O Imam ordenou a seus companheiros que não ‎cooperassem ‎com ‎os ‎abássidas, ‎incluindo Safwan Jamal, que o proibiu de alugar ‎seus ‎camelos para Harun. ‎Ao ‎mesmo tempo, ele ‎perguntou a Ali bin Yaqtin, que ‎estava ‎encarregado do ministério ‎durante ‎o governo de Harun al-‎Rashid ‎que ficasse no palácio e servisse aos amigos ‎do Ahl al-Bait (a.s.) e ‎do ‎Imam ‎em, retorno garantiu-lhe que ele estaria sujeito ‎a ‎assassinatos, sofrimentos e ‎não ‎seria ‎preso. No entanto, não é relatado que Mussa bin Jafar ‎‎(a.s.) ‎se ‎opôs abertamente ao ‎governo ‎da época. Ele fazia taqiyyah ‎e ‎ordenou que os xiitas ‎também o fizessem. Por exemplo, em uma carta a ‎Khizran, a ‎mãe de Hadi Abbasi, ele ‎lamentou ‎sua morte. Até ‎mesmo o ‎Imam Kazim (a.s.) em uma ‎carta pediu a ‎Ali bin Yaqtin para realizar o wudu' da maneira como é realizado pelos muçulmanos sunitas para não cair em perigo.

Revoltas dos Alauitas

A vida de Mussa ibn Jaafar (a.s.) coincidiu com o auge do poder abássida e uma série de revoltas dos alidas contra eles. Os abássidas assumiram o poder com o slogan de apoiar o Profeta e Ahl al-Bait, mas não demorou muito para que se tornassem inimigos ardentes dos alidas, matando ou aprisionando muitos deles e seus seguidores. A hostilidade dos governantes abássidas aos alidas levou alguns alidas proeminentes a iniciar revoltas contra eles. Exemplos de tais revoltas incluem a revolta de Shahid Fakh, a revolta ‎de ‎Yahya ‎bin Abdullah e a formação do ‎governo idrísida. A ‎revolta de ‎Fakh ocorreu em ‎‎(169 A.H.) durante o ‎Imamato de Mussa ‎bin Jaafar (a.s.) ‎e o Califado de ‎Hadi Abbasi. O Imam não ‎participou ‎nessas revoltas, e ‎nenhuma ‎posição explícita dele foi ‎relatada em apoio ou condenação de tais revoltas. ‎Até Yahya ‎ibn ‎Abdullah reclamou do silêncio do Imam (a.s.) sobre sua revolta no Tabaristão.

De acordo com Ahmad ibn Ibrahim Hassani e Ahmad bin Sahl, dois ‎historiadores ‎da ‎religião ‎Zaidi, no ‎século IV da Hégira, Imam Kazim (a.s.) estava em ‎Meca ‎para ‎realizar o Hajj ‎durante o incidente ‎Fakh. De acordo com estes dois, Mussa bin ‎Issa, ‎um ‎dos agentes do ‎sistema do califado abássida, ‎convocou o Imam durante a ‎guerra, e ‎o Imam ‎foi para lá e ‎ficou com ele até o final da batalha. De ‎acordo com ‎este relatório, ‎após a ‎batalha, ‎quando o Imam foi para Mina (em Meca), eles trouxeram as cabeças decepadas para ele. Segundo a narração de Abul ‎Faraj Isfahani, Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.), vendo ‎a ‎cabeça do Sahib Fakh, recitou o versículo ‎de Estrja'e e mencionado ‎suas ‎virtudes, ‎e ‎apresentou-o como uma pessoa justa. ‎De acordo com o relato de Bayhaqī ‎em Lubāb al-ansāb, após a morte de Sahib ‎Fakh Imam Kazim (a.s.) orou por seu corpo (Oração fúnebre).

Segundo o que Sayyid Ibn Ṭāwūs citou dos estudiosos xiitas no século ‎VII ‎de ‎Hijri, ‎Hadi Abbasi ‎considerou a revolta do Sahib Fakh como um documento por ‎ordem ‎do ‎Imam ‎Kazim (a.s.). No ‎entanto, de acordo com a narração citada por ‎Kulaynī, no livro al-Kāfī, ‎quando Sahib Fakh se levantou, ‎chamou o Imam Kazim (a.s.) ‎para jurar ‎lealdade, mas ‎o ‎Imam rejeitou a promessa e pediu-lhe que ‎não o forçasse ‎a jurar lealdade. Segundo o ‎Abdullah Māmaqānī Imam ‎ficou interiormente satisfeito com sua ‎ação, pois pediu misericórdia para ‎ele após seu ‎martírio. ‎Por ‎outro lado, alguns ‎pesquisadores acreditam que, embora haja ‎narrações ‎que ‎confirmam ‎o ‎personagem de Sahib Fakh, mas não são uma prova da ‎confirmação ‎de ‎sua ‎revolta ‎pelos Imames xiitas. Rasul Jafarian, um historiador do século ‎XV, ‎embora ‎considerasse ‎a ‎revolta de Fakh uma das melhores revoltas ‎dos ‎alauitas ‎contra os abássidas, ele ‎acredita que ‎não há tanta certeza de que esta ‎revolta ‎foi ‎realizada por ordem do Imam ‎Kazim (a.s.). Pelo contrário, ‎pode-se dizer que ‎os ‎xiitas ‎Imamiyya não concordaram com ‎estas revoltas, porque estavam envolvidos ‎com ‎os ‎alauitas ‎nesta questão, e surgiram ‎diferenças entre eles.‎

A Prisão

Imam Kazim (a.s.) foi convocado e preso repetidamente pelos ‎califas ‎abássidas. ‎Pela ‎primeira vez, ‎durante o califado de al-Mahdi al-'Abbasi, o Imam foi ‎levado ‎de ‎Medina para ‎Bagdá por comando do califa. ‎Harun, também prendeu o Imam ‎duas ‎vezes. A data da primeira prisão não é mencionado nas fontes, mas ele foi ‎preso pela ‎segunda vez em 20 Shawwal (179 AH) quando ele foi preso em Medina e foi preso em Basra na casa de 'Issa b. Jaafar em Dhu l-Hijja. Segundo o ‎relatório ‎do ‎Sheikh Mufid, ‎Harun, no ano ‎de (180 A.H.), em uma carta a 'Issa ibn ‎Jaafar, ele pediu-lhe ‎para matar ‎o ‎Imam, mas ele ‎recusou. Foi transferido para a ‎prisão de Fazl ibn Rabi em ‎Bagdá. Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.) ‎passou os últimos anos de ‎sua vida nas prisões de Fazl ibn ‎Yahya e Sandi bin ‎Shahak.‎

Na carta de peregrinação (súplica de visitação) do Imam Kazim (a.s.), ele é saudado como «المُعَذَّب فی قَعر السُجون» "torturado nas profundezas das prisões". Também é ‎mencionado como Zholam al-‎‎Mataamir: uma prisão que se parece com ‎um ‎poço ‎de tal forma que ‎não é possível esticar as pernas e ‎dormir nele. Além disso, ‎devido ‎ao ‎fato de Bagdá estar ‎nas proximidades do rio Tigre, as ‎prisões ‎subterrâneas ‎eram ‎naturalmente molhadas e ‎úmidas.‎

Existem diversos relatos sobre o motivo da prisão do sétimo Imam ‎xiita ‎pelos ‎califas ‎Abássidas. Segundo alguns relatos, ‎o ‎motivo ‎da ‎prisão de Mussa ibn Jaafar (a.s.) por Harun foi devido ao ciúme de Yahya al-Barmaki do Imam (a.s.) e das calúnias de 'Ali b. Isma'il bin Jaafar, o sobrinho de ‎Harun. Diz-se que Harun suspeitava das relações do Imam al-Kazim (a.s.) com os xiitas e temia que a crença dos xiitas em seu imamato, pudesse minar seu governo. De acordo com outros relatos, o Imam (a.s.) foi preso porque alguns xiitas, como Hisham bin al-Hakam, não praticavam a Taqiyya, apesar das ordens do Imam (a.s.). Assim, os debates de Hisham bin al-Hakam contribuíram para a prisão do Imam (a)

Martírio

‎Os últimos dias da vida do Imam Kazim (a.s.), foram passados na prisão ‎de ‎Sindi ‎bin ‎Shahek. O Sheikh Mufid disse: Sandi envenenou o Imam por ‎ordem ‎de ‎Harun al-‎Rashid, e o Imam foi ‎martirizado três dias depois disso. De acordo com ‎o ‎ditado ‎popular, seu ‎martírio ocorreu na sexta-feira, ‎‎25 de Rajab (183 A.H.) em ‎Bagdá. De ‎acordo ‎com Sheikh ‎Mufid, o martírio do Imam foi em 24 de ‎Rajab. ‎Existem outras opiniões ‎sobre a ‎tempo e o local ‎do martírio do Imam Kazim (a.s.), ‎incluindo os ‎anos (181 e 186 AH).

‎Akhbār ‎al-khulafā ‎relatou que porque o Imam ‎Kazim (a.s.) determinou as ‎fronteiras de Fadak ‎a ‎pedido de ‎Harun al-Rashid, mas ‎ele determinou as fronteiras de tal forma que ‎cobrisse ‎todas ‎as ‎fronteiras do mundo ‎islâmico naquela época e causou a raiva de Harun ‎na medida em que ‎disse ao Imam: "Você não nos deixou nada" e daqui ele decidiu matar o ‎Imam.

Depois que Mussa ibn Jaafar (a.s.) foi martirizado, Sandi ibn Shahak, para ‎fazer ‎parecer ‎que ‎o Imam ‎morreu de morte natural, trouxe alguns juristas e ‎pessoas ‎famosas de Bagdá ‎e ‎mostrou-lhes o corpo ‎do Imam para que pudessem ver ‎que ‎não havia ferimentos no ‎corpo ‎do Imam. Além disso, por ordem ‎dele, eles ‎colocaram o ‎corpo do Imam na ponte de ‎Bagdá ‎e anunciaram que Mussa bin Jaafar ‎‎(a.s.), ‎morreu de ‎causas naturais. Existem ‎diferentes ‎relatos sobre como ele foi ‎martirizado. A maioria ‎dos ‎historiadores acredita que ‎Yahya bin ‎Khalid e Sandi bin ‎Shahak o envenenaram. Em um ‎relatório, ‎também é dito que ‎eles o ‎mataram ‎envolvendo-o em um tapete.‎

Duas razões foram dadas para colocar o corpo do Imam Kazim (a.s.) à ‎vista ‎do ‎público: ‎uma é para ‎provar que ele morreu de morte natural, e a outra era para refutar a visão daquelas pessoas que acreditavam na Mahdawiyya (Mahdismo) do Imam al-Kazim.‎

Santuário

Artigo principal: Santuário Kazimin

Eles enterraram O cadáver de Mussa ibn Jafar (a.s.) na tumba da ‎família ‎de ‎Mansour ‎Davanighi, que era ‎famoso pelo Tumba de família Quraish. De acordo com ‎o livro ‎Ithbat al-wasiyya, ‎o ‎próprio Mussa ibn Jaafar (a.s.) comprou ‎este lugar antes de seu falecimento. ‎Seu ‎local ‎de ‎sepultamento é famoso pelo santuário de Kazimin. Foi ‎dito que a ‎razão ‎dos ‎abássidas ‎para enterrar o corpo do Imam nesta tumba foi o medo de que ‎seu ‎local ‎de ‎sepultamento se ‎tornasse um local de encontro para os xiitas.

Os túmulos do Imam Kazim (a.s.) e do Imam Javad (a.s.) estão na área ‎de ‎Kazimin, ‎em ‎Bagdá, ‎conhecida como Santuário Kazimin, e um local de ‎peregrinação ‎para ‎os ‎muçulmanos, especialmente ‎os xiitas. Com base nas ‎narrações do Imam Reza ‎‎(a.s.), ‎a ‎recompensa de visitar o túmulo do Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.) é igual a visitar os túmulos ‎do ‎Profeta ‎‎(s.a.a.s.), Hazrat Ali ‎‎(a.s.) e Imam ‎Hussain (a.s.).‎

Companheiros e Deputados

Não há informações precisas sobre os companheiros do Imam Kazim (a.s.) ‎e ‎há ‎uma ‎disputa sobre seu ‎número. Sheikh Tusi contou seu número como 272 ‎pessoas, e ‎al-‎Barqi os ‎contou como 160 pessoas, ‎Baqir Sharif Qurashi, o autor do ‎livro Hayat al-‎Imam ‎Mussa ibn ‎Jaafar (a.s.), rejeitou o fato de al-Barqi ‎dizer que eles ‎eram numerados em ‎‎160 ‎pessoas, e ‎ele próprio 321 pessoas foram mencionadas ‎como ‎companheiros do Imam. ‎Ali ‎ibn Yaqtin, ‎Hisham bin Hakam, Hisham bin ‎Salem, Muhammad ibn Abi ‎Umir, Hamad ibn ‎Isa, ‎Yunus ibn ‎Abdul Rahman, ‎Safwan ibn Yahya e. Safwan Jamal estava ‎entre ‎os ‎companheiros do Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.). Alguns deles, como Safwan ibn Yahya, e ‎Muhammad ‎ibn Abi ‎Umir, ‎são ‎mencionados entre os companheiros de Ijma. Após o martírio ‎do Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.), ‎vários ‎de seus companheiros, incluindo Ali ibn Abi Hamzah Bataini, ‎Ziyad ‎ibn ‎Marwan e ‎Uthman ibn Isa, não ‎aceitaram o imamato de Ali ibn Mussa al-Reza ‎‎(a.s.) ‎e ‎pararam no ‎imamato de Mussa ibn Jafar. Este ‎grupo ficou conhecido ‎como ‎Waqfiyyah. ‎Claro, mais tarde ‎alguns deles aceitaram o Imamato de ‎Hazrat ‎Reza ‎‎(a.s.).‎

Organização dos Representantes

A fim de comunicar com os xiitas e fortalecer o seu poder econômico, o ‎Imam ‎Kazim ‎‎(a.s.) ‎expandiu a ‎organização da agência que foi estabelecida durante o ‎tempo ‎do Imam ‎Sadiq ‎‎(a.s.). Ele costumava ‎enviar alguns de seus companheiros ‎como advogados ‎para ‎diversas ‎regiões. Diz-se que os nomes de ‎‎13 de seus ‎advogados foram mencionados ‎nas ‎fontes. De ‎acordo com algumas fontes, Ali bin ‎Yaqtin e ‎Mufadl bin Umar em Kufa, Abd ‎al-‎Rahman bin ‎Hajjaj em Bagdá, Ziyad ibn ‎Marwan em Kandahar, ‎Uthman ibn Issa no ‎Egito, ‎Ibrahim ibn ‎Salam em Nishabur e ‎Abdullah ibn Jundab em Ahvaz foram ‎responsáveis ‎por ‎sua ‎representação.‎

Existem vários relatos nas fontes de que os xiitas entregaram ‎seus ‎khums ‎ao ‎Imam Kazim ‎‎(a.s.) ou aos seus representantes. O Sheikh Tusi ‎também ‎acredita ‎que a ‎razão pela qual alguns de seus ‎advogados aderiram ao waqfiyyah ‎foi ‎para ‎serem seduzidos ‎pela riqueza que se acumulou com eles. ‎No relatório de Ali ‎ibn ‎Ismail ‎ibn Jaafar a Harun, o ‎que levou à prisão do Imam Kazim (a.s.), afirma-‎se: ‎Muitas ‎riquezas ‎são enviadas para ele ‎do leste e do oeste, e ele tem bait al-Mal casa e um ‎tesouro ‎onde ‎várias ‎moedas são encontradas ‎em abundância.‎

Escrever cartas era outra forma de comunicação com os xiitas, que era ‎feita ‎sobre ‎questões ‎de ‎jurisprudência, fé, sermões e orações, e questões ‎relacionadas ‎a ‎advogados, foi até ‎relatado que ele ‎escreveu cartas aos seus companheiros ‎de ‎dentro da ‎prisão e respondeu ‎aos seus problemas.‎

Sua Posição aos olhos dos muçulmanos sunitas

‎ ‎Os sunitas respeitam o sétimo Imam dos xiitas como um sábio ‎religioso. ‎Alguns ‎dos ‎autoridades deles ‎elogiaram o conhecimento e a moral do Imam Kazim ‎‎(a.s.) ‎e ‎falaram de sua ‎tolerância, generosidade, ‎abundância de adoração e ‎outras ‎qualidades ‎morais. Alguns ‎estudiosos sunitas, como Samani, ‎historiador, ‎muhaddith e ‎jurista Shafi'i do ‎século VI Hijri, ‎foram visitar o túmulo do Imam ‎Kazim (a.s.) ‎e apelaram ‎para ele. Abu Ali ‎Khalil um dos ‎estudiosos sunitas do ‎século III Hijri, disse que sempre ‎que ‎eu tivesse um ‎problema, eu ‎visitava o túmulo ‎de Mussa ibn Jafar (a.s.) e recorria a ele, ‎e meu ‎problema ‎seria resolvido. ‎É relatado do Imam ‎Shafi'i, um dos quatro juristas sunitas, ‎que seu ‎túmulo ‎foi descrito ‎como ‎um "remédio de cura".‎

Bibliografia

Muitas obras foram escritas sobre o Imam Kazim (a.s.) na forma de ‎livros, ‎dissertações ‎e ‎artigos em ‎diferentes idiomas, e seu número chega a 770. Os livros "‎A ‎bibliografia do ‎Imam ‎Kazim (a.s.)", "A ‎bibliografia de Kazim" e artigo ‎"Bibliográfico do Imam ‎Kazim (a.s.)" ‎apresentam ‎essas obras. O tema da ‎maioria ‎dessas obras são as dimensões da ‎vida e da ‎personalidade ‎do sétimo Imam xiita. ‎Além disso, ‎uma conferência intitulada "A ‎Vida e os ‎Tempos do Imam ‎Kazim (a.s.)" ‎foi realizada no Irã em ‎fevereiro de 2012, cujos ‎artigos ‎foram publicados como ‎uma ‎coleção de artigos da Conferência sobre a ‎Vida do ‎Imam ‎Kazim (a.s.).‎

Musnad al-Imām al-Kāzim por ʿAzīz Allāh Aṭārudī, Bāb al-Hawāij, Imam ‎Mussa al-‎‎‎Kazim, por ‎Hussain HajHassan, Ḥayāt al-Imām Mūsā bin Ja'far por Bāqir Sharīf Qarashī, ‎Imam al-Kazim (a.s.) entre ‎os sunitas por Fars Hassoun e Biografia ‎do ‎Imam Mussa ‎al-Kazim ‎‎(a.s.) por Abdullah Ahmad Yusuf, ‎estão entre as ‎obras escritas ‎sobre o Imam ‎Kazim.‎

Referências

Notas

Bibliografia