Medina

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Medina

Medina (árabe: المدينة), ou Medina al-Nabi (árabe: مدينة الرسول), é a segunda cidade religiosa mais importante dos muçulmanos e está localizada na Arábia Saudita. A emigração do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) para esta cidade tornou-se a origem da história muçulmana e marca o início do Calendário Islâmico. A mesquita e o santuário do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), o cemitério de Baqi, o local de sepultamento de quatro Imames xiitas e de muitas grandes pessoas do Islã, bem como outros locais sagrados estão localizados lá. Com a emigração do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) para esta cidade, o seu nome foi mudado de Yathrib para Madina al-Nabi, que significa cidade do Profeta, e foi a capital do primeiro governo islâmico até 36 A.H.. As guerras dos muçulmanos com os politeístas, a batalha do Profeta com os judeus de Medina, a rebelião contra o terceiro califa dos muçulmanos e a sua morte, o incidente de al-Harra, a revolta de al-Nafs al-Zakkia e a revolta do Shahid Fakh estão entre os eventos mais importantes na história desta cidade. A maioria dos Imames xiitas viveu em Medina. Viajar para Medina e visitar seus lugares sagrados e rezar em Masjid al-Nabi é uma tradição comum entre os muçulmanos que vão para o Hajj ou Umrah.


Geografia de Medina

Medina (nome pré-Hijra: Yathrib) é uma das principais cidades da Arábia Saudita e está localizada a 450 km a nordeste de Meca, na região de Hijaz.[1]

Esta cidade está localizada no noroeste da Península Arábica, em uma planície plana. Sua longitude é de 39 graus e 59 minutos a leste e sua latitude é de 24 graus e 57 minutos ao norte.[2] Esta cidade está entre 597 e 639 metros acima do nível do mar.[3] [4]

A cidade de Medina está localizada entre duas cadeias de Harrah (rochas negras que cobrem a superfície da terra de forma acidentada e são baixas e acidentadas, mas não em forma de montanhas), uma, no leste chamada "Harrah Waqim" e a outra no oeste chamada "Harrah al-Wab'ra"[5] A montanha mais óbvia em Medina é o Monte Uhd.


Clima

O clima em Medina é quente e desértico, mas moderado e a temperatura é mais baixa que a de Meca. No verão, a temperatura desta cidade sobe para mais de 45 graus Celsius. A água potável e agrícola nesta cidade é frequentemente fornecida por água da chuva e poços [fonte necessária].

No passado, a água subterrânea de Medina localizava-se a um nível baixo do solo e era facilmente obtida através da escavação de um poço e utilizada para fins agrícolas e potável.[6]


Situação populacional

Nos últimos anos, a população de Medina atingiu mais de um milhão e trezentas mil pessoas.[7] Os residentes da cidade são todos muçulmanos, mas os trabalhadores migrantes não-muçulmanos também vivem fora da cidade.

Antes do Islã, dois grupos de árabes e judeus viviam em Yathrib. As tribos judaicas eram: bani Qainuka, Bani Nazir e Bani Quraiza, que viviam principalmente no sul e sudeste.[8] O grupo árabe consistia em duas tribos, Aus e Khazraj. A população dos Khazrajianos era três vezes maior que a de Aus e eles viviam nas áreas centrais de Medina. A população árabe de Yathrib era muito maior que a dos judeus. Houve muitas brigas entre Aus e Khazraj, e essas brigas também se espalharam entre as tribos judaicas.

Em meados do século IV Hijri, uma família dos descendentes do Imam Hussain (a.s.) gradualmente chegou ao poder em Medina e governou como "aristocratas" nesta área durante séculos, que em alguns períodos eram da seita Imami ou Zaidi. Nos séculos V e VI, a cidade de Medina estava sob a influência do xiismo, devido à influência do governo fatímida, por um lado, e às atividades dos estudiosos xiitas iraquianos em Hijaz, por outro. Medina foi independente até o final do século XI, mas a partir de 1099, por ordem do governo otomano, Medina ficou sob o controle de Meca. No entanto, alguns deles, incluindo os clãs "Hawashim", ainda eram baseados no Xiismo Imami.[9]

Atualmente, os residentes de Medina são muçulmanos e seguem principalmente a seita sunita.


Economia

Na época da ascensão do Islã, Medina era economicamente diferente de Meca. A economia de Meca baseava-se no comércio, mas a economia de Medina frequentemente girava em torno da agricultura. O cultivo floresceu em campos e bosques em diferentes áreas da região, incluindo Quba e perto do Monte Uhud[10]. As tâmaras e as uvas eram os produtos mais importantes de Medina; mas a palmeira era a principal fonte de vida econômica desta cidade, seu fruto era utilizado como alimento e sua madeira era utilizada em construções.[11] No entanto, a maioria das pessoas não tinha uma boa situação financeira.[12]


Os nomes de Medina no Alcorão

Seu nome antigo e seu nome atual são usados no Alcorão:

"Medina": "É dito no Alcorão: "Dizem: Em verdade, se voltássemos para Medina, o mais poderoso expulsaria dela o mais fraco. Porém, a honra só pertence a Allah, ao Seu Mensageiro e aos crentes, ainda que os hipócritas o ignorem".(Alcorão, 63:8) também disse no Alcorão: "Entre os beduínos vizinhos a vós, há hipócritas, assim como os há entre o povo de Medina, os quais estão acostumados à hipocrisia. Tu não os conheces; não obstante, Nós os conhecemos. Castigá-los-emos duplamente, e então serão submetidos a um severo castigo".(Alcorão, 9:101)

Yathrib: E Yathrib é o antigo nome antes da migração. Allah, o Todo-Poderoso, disse: "(Foi ainda) quando um grupo deles (dos crentes) disse: Ó povo de Yathrib, retornai à vossa cidade, porque não podereis aguentar (o ataque)! E um grupo deles pediu licença (ao Profeta) para retirar-se, dizendo: Certamente nossas casas estão indefesas — quando realmente não estavam indefesas, mas eles pretendiam fugir." (33:13)

Jazai disse que: Yathrib é o nome de seu fundador, e ele é Yathrib bin Qaniyyah bin Mahlail bin Aram bin Abil bin Aus bin Aram bin Sam bin Noé. Como um dos descendentes do Profeta Noé chamado "Yathrib" se estabeleceu nesta terra com sua família, a partir de então esta terra foi chamada de "Yathrib" [Requer fonte].


Migração do profeta para Medina

Artigo principal: Migração para Medina

O Mensageiro de Allah (s.a.a.s.) foi para Yathrib no início de Rabi al-Awwal, 13 anos após sua Missão Profética. Esta emigração foi feita após a conclusão de dois tratados de Aqaba (1.º e 2.º Aqaba) com o povo de Yathrib. Após ficar em Qubá por alguns dias, profeta Muhammad partiu de lá. A principal razão para a migração dos muçulmanos para Yathrib foi a pressão e o assédio dos pagãos de Meca e a lealdade dos Yathribianos ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.) para defender os muçulmanos.

Os últimos 10 anos da vida do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) foram passados principalmente em Medina, e esta cidade foi a base para a propagação do Islã.[13]


Ações do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) em Medina

Construção da Mesquita

A primeira ação do Mensageiro de Allah (s.a.a.s.) em Medina foi construir uma mesquita; um local que, além da centralidade religiosa, tinha também centralidade cultural, política e administrativa; um centro que tem sido um dos principais pilares do Islã entre os muçulmanos.[14]


Tratado

A segunda ação do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) foi escrever um tratado público entre os muçulmanos de Medina. Neste tratado, ao qual todos os muçulmanos prometeram e ao, qual juraram lealdade, a soberania foi reconhecida para Allah e o Seu Mensageiro, e uma parte das leis legais e penais do Islã foi aceite como lei.[15] Alguns dos pilares do tratado do Profeta (s.a.a.s.) em Medina são: a proibição da aliança dos crentes uns contra os outros, a anti-tirania, a evitação de ajudar os infiéis (descrentes) contra os crentes, a possibilidade de proteger os descrentes de todos os muçulmanos, a companhia dos crentes na guerra entre si.[16]

Pacto de Fraternidade

A terceira ação do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) foi colocar o Pacto de Fraternidade entre os muçulmanos. O Profeta (s.a.a.s.) tornou os muçulmanos irmãos para que eles terem uma relação mais próxima entre si. [17]


Medina, o centro do governo islâmico

Abdul Hussein Zarinkoub: "Medina, sendo o centro do califado islâmico até então (a Batalha de Jamal), depois disso perdeu a sua importância administrativa e política e tornou-se o único local de retiro para os Companheiros, seguidores e o centro para o ensino do Alcorão e a Sunna, bem como um local de recreação e descanso para os trabalhadores exilados."[18]


Medina foi o centro do governo islâmico em diferentes épocas, incluindo o governo do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) até o fim do governo do Imam al-Hasan (a.s.) (exceto três anos do governo de Amir al-Mu'minin, Ali bin Abi Talib, no qual Kufa foi o centro); ou seja, 41 ano lunar. Foi também no tempo do governo de Muhammad al-Nafs al-Zakiyya, em 145 A.H., por um curto período de tempo. [requer fonte]


Medina, o local de nascimento e santuário dos Imames xiitas

A maioria dos Imames xiitas nasceu nesta cidade. Esta cidade é o local de nascimento do Imam al-Hassan (a.s.),[19] Imam al-Hussein (a.s.),[20] Imam as-Sajjad (a.s.),[21] Imam al-Baqir (a.s.),[22] Imam as-Sadiq (a.s.), Imam al-Kazim (a.s.),[23] Imam al-Raida (a.s.),[24] Imam al-Jauad (a.s.),[25] Imam al-Hadi (a.s.)[26] e Imam al-Askari (a.s.)[27].

Amir al-Mu'minin, Ali bin Abi Talib (a.s.) nasceu em Meca e Imam Mahdi (a.s.) nasceu em Samarra.

Além disso, os túmulos de quatro imãs: Imam al-Hasan (a),[29] Imam al-Sajjad (a),[30] Imam al-Baqir (a),[31] e Imam al-Sadiq (a)[32] estão em Medina. O cemitério de Beqi está localizado nesta cidade


Decisões jurisprudenciais

De acordo com a fatwa dos fuqaha (juristas) xiitas, o viajante pode rezar suas orações de quatro rakat em quatro lugares, sendo conhecidos como lugares Takhyir, quebrados (2 rakat) ou completos (4 rakat).[33] Existem diferenças entre os juristas islâmicos nos detalhes desta fatwa. O autor do livro Urwa considera que fazer toda a oração nesses quatro lugares é mais virtuoso do que orar quebrados.[34] De acordo com a fatwa de Sayyed Ali Sistani, o viajante pode completar sua oração (4 rakat) em toda a cidade de Meca, Medina e Kufa, e no santuário de Sayyed as-Shuhadá, Imam Hussein (a.s.) até 11,5 metros de distância do túmulo sagrado.[35]


Mesquitas

A Mesquita do Profeta

A mesquita mais sagrada (masjid) após al-Masjid al-Haram é a Mesquita do Profeta (al-Masjid al-Nabi) que fica em Medina. Sobre rezar nesta Mesquita, o Profeta Muhammad (s.a.a.s.) disse: "uma oração na minha mesquita equivale a dez mil orações em outras mesquitas diante de Allah, exceto al-Masjid al-Haram, na qual a oração equivale a cem mil orações."[36]

Mesquita Qubá

Qubá é uma área seis quilômetros ao sul da Mesquita do Profeta (s.a.a.s.). De acordo com muitas narrativas, a Mesquita Qubá é o exemplo do versículo do Alcorão 9:108: "Jamais te detenhas ali, porque uma mesquita que desde o primeiro dia tenha sido erigida por temor a Allah é mais digna de que nela te detenhas; e ali há homens que anseiam por purificar-se; e Allah aprecia os puros." A Mesquita Qubá é a primeira mesquita construída pelo Profeta Muhammad (s.a.a.s.).[37]

O Profeta (s) disse: "Quem se limpa e se purifica e vem à Mesquita Qubá e reza, terá a recompensa de uma Umra"[38].

Mesquita Shajara

Esta mesquita, que também é chamada de Dhu l-Hulaifa e Abiar Ali, é uma das mesquitas mais importantes fora de Medina e um dos Miqats para ihram.

Mesquita Al-Jumu'a

Artigo principal: Mesquita Al-Jumu'a

O Profeta Muhammad (s.a.a.s.), ao emigrar para Medina, em seu caminho de Qubá para Medina, realizou a oração de Jumu'a (sexta-feira) no lugar da tribo Banu Salim, então uma mesquita foi construída lá e nomeada como Mesquita al-Jumu'a.

Mesquita Al-'Umra

Artigo principal: Mesquita Al-'Umra Havia uma mesquita chamada al-Masjid al-Arafat ou al-Masjid al-Umra colocada na direção de Qibla de Masjid al-Quba. O nome era porque no Dia de Arafa, quando o Profeta (s.a.a.s.) estava lá, à terra se tornou plana para ele, então ele podia ver as pessoas em Arafat.[39]

Mesquita de Itban bin Malik

A Mesquita de Itban bin Malik foi uma das mesquitas da região de Qubá. Ibn Itban, que era um dos Naqibs de Ansar, pediu ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.) que fosse até sua casa e orasse lá, para que ele pudesse fazer daquele lugar sua mesquita; isso porque às vezes as enchentes o impediam de ir à mesquita local. O Profeta (s.a.a.s.) foi até sua casa, orou lá, então aquele lugar se tornou uma mesquita.[40]

Mesquita de Ali (a.s.)

Esta mesquita está localizada no lado sul da mesquita de Fat'h. Diz-se que enquanto Medina estava cercada por pagãos durante a Batalha de Khandaq, este era o lugar onde Ali (a.s.) adorava Allah.[41]

Mesquita Fadikh

Esta mesquita também é chamada de mesquita Radd al-Shams. Na Batalha de Banu Nadir, o Profeta (s.a.a.s.) tinha uma tenda lá e depois disso uma mesquita foi construída lá. Em algumas narrações dos Ahl al-Bait (a) é considerada uma mesquita que deve ser visitada.[42]

Mesquita Fadhikh

Durante a campanha Bani Nazir, o Mensageiro de Allah (s.a.a.s.) tinha uma tenda neste local, e uma mesquita foi construída naquele local por ocasião da bênção da presença do Profeta (s.a.a.s.). Sobre a denominação desta mesquita, foi dito que neste local se localizava a árvore Fadhikh, que era o nome da palmeira (Fadhikh também é referido a um tipo de vinho que era extraído da palmeira).

Esta mesquita também é chamada de mesquita Radd al-Shams. Na Batalha de Banu Nadir, o Profeta Muhammad (s.a.a.s.) tinha uma tenda lá e depois disso uma mesquita foi construída lá. Em algumas narrações dos Ahl al-Bait (a) é considerada uma mesquita que deve ser visitada.[42]

Mesquita Zukeblatain

Artigo principal: Mesquita Zukeblatain

É uma mesquita onde a ordem para mudar a Qibla da Mesquita Al-Aqsa para Kaaba foi revelada ao Profeta Muhammad (s.a.a.s).[43] Esta mesquita está localizada no noroeste de Medina, a cerca de 3 quilômetros da Mesquita do Profeta.[44] Esta mesquita, que foi construída em 2 A.H., foi renovada muitas vezes ao longo dos séculos.[45]

Massajid Saba'a (As Sete Mesquitas)

A noroeste de Medina e na encosta do Monte Sal, há sete mesquitas construídas próximas umas das outras que são chamadas de "as sete mesquitas: mesquita de Ali (a.s.), mesquita de Fátima (s.a.), mesquita de Salman, mesquita de Abu Dhar, mesquita Dhu Qiblatain, mesquita de Abu Bakr e mesquita de Umar.[46]

Existem outras mesquitas em Medina, aqui estão algumas delas:

Mesquita Al-Fat'h

Mesquita Al-Ghamama

Mesquita Al-Ijaba (al-Mubahala)

Mesquita Al-Ma'ras

Mesquita Thaniyat al-Wada

Mesquita Al-Suqia

Mesquita Umm Ibrahim [47] Lugares Sagrados

Cemitério de Al-Baqi'

Artigo principal: Al-Baqi

Al-Baqi é o cemitério mais antigo e famoso do Islã. O cemitério está localizado a leste de Medina.

Túmulos de quatro Imames: Imam al-Hassan al-Mujtaba (a.s.), Imam as-Sajjad (a.s.), Imam al-Baqir (a.s.) e Imam as-Sadiq (a.s.), também o túmulo de Fátima bint Asad, e segundo alguns relatos, o túmulo de Senhora Fátima az-Zahrá (a.s.) estão neste cemitério. Também os túmulos de Abbas, o tio do Profeta Muhammad (s.a.a.s.), Ibrahim, o filho do Profeta (s.a.a.s.), e Umm al-Banin, Ruqaiya e Umm Kulthum, as filhas do Profeta (s.a.a.s.), Safiya, a esposa do Profeta (s.a.a.s.) e muitos outros companheiros e tabi'un e mártires do Islã são colocados (enterradas) em al-Baqi.

O Profeta Muhammad (s.a.a.s.) estava prestando um respeito especial às pessoas enterradas em al-Baqi e disse: "Recebi a ordem de pedir perdão por aqueles enterrados em al-Baqi."

Toda vez que o Profeta (s.a.a.s.) passava por al-Baqi', ele disse: "que a paz esteja convosco, e nós nos uniremos a vocês, se Deus quiser."[48]


Monte Uhud

As montanhas mais famosas e importantes de Medina são o Monte Uhud, que está localizado no nordeste da cidade e a cinco quilômetros de Masjid al-Nabi.[49] Entre as montanhas ao redor de Medina, este monte é a única montanha separada e única, por isso é chamado de Uhud (único).[50] Esta montanha, com o comprimento de sete quilômetros (na direção leste-oeste), é a montanha mais longa da Península Arábica, que tem picos altos e sua largura varia de um a três quilômetros.[51]

As montanhas da área de Uhud testemunharam o confronto do bem e o mal nos primeiros anos do Islã; a Batalha de Uhud ocorreu no sábado, 7 Shawwal, ano 3 A.H., próximo ao Monte Uhud. Há um pequeno cemitério próximo a esta montanha onde estão enterrados os mártires da Batalha de Uhud [52] e o santuário de Hamza, o. tio do Profeta (PECE) está localizado neste cemitério.[52]

A Casa de Fátima (s.a.)

A casa de Amir al-Mu'minin Ali (a.s.) e Fátima az-Zahra (s.a.) estava localizada próxima a Masjid al-Nabi. Esta casa tinha duas portas, uma das quais dava para a mesquita, e o Profeta (s.a.a.s.) entrava na mesquita por ela durante a oração, e a outra porta dava para o exterior da mesquita, onde ele costumava entrar e sair todos os dias. Esta casa é mencionada na história de Sadd Al-Abwab.

Esta casa é mencionada na maioria das tradições xiitas e sunitas como "Casa de Fátima" ou "Quarto de Fátima".[53] Em períodos posteriores e durante o desenvolvimento da Mesquita Al-Nabi, esta casa foi destruída e hoje está localizada no santuário do Profeta Muhammad (s.a.a.s.).

A casa de Kulthum bin Hidm e Saad bin Khaithama

Vários lugares na área de Qubá desapareceram agora. Entre elas a casa de Kulthum bin Hidm e Saad bin Khaithama, sendo o local onde o Mensageiro de Allah (s.a.a.s.) desembarcou após a migração e onde viveram alguns dos primeiros emigrantes para Medina.[54]


Poço Áris

Aris significa “agricultor” na língua do povo da Síria. O referido poço também é conhecido como Be'er Áris, Bi'ir Khatam e "Bi'ir Al-Nabi". Este poço foi mencionado dezenas de vezes em fontes históricas e hadith. A mais importante delas é a referência à queda do anel do Mensageiro de Allah (s.a.a.s.) naquele poço durante a época de Uthman.[55]

O túmulo de Muhammad al-Nafs al-Zakiyya

O túmulo de Muhammad bin AbdAllah bin al-Hasan bin al-Hassan (a.s.), conhecido como al-Nafs al-Zakiyya, está localizado a noroeste da cidade, perto do Monte Sal.[56] Eventos históricos importantes de Medina

Batalha do Profeta Muhammad (s.a.a.s.) com os judeus de Banu Qainuqa

Artigo principal: Batalha de Banu Qainuqa

Bani Qainuqa foi a primeira tribo de judeus de Medina, que quebrou seu acordo com o Profeta Muhammad (s.a.a.s.)[57] e o Profeta, após terminar a discussão com eles,[58] declarou guerra contra eles em 15 Shawwal do segundo ano de Hijri.[59] De acordo com alguns relatos, este incidente ocorreu depois que um homem judeu expôs uma parte de seu corpo a uma mulher muçulmana.[60] Então um homem muçulmano foi ajudar a mulher e matou o judeu.[61] Outros judeus também atacaram aquele muçulmano, mataram-no e, após este incidente, o conflito entre muçulmanos e judeus aumentou.[62] Com o início da guerra Banu Qainuqa, os judeus foram para seus castelos e o Profeta os sitiou em seus castelos por quinze dias.[63] Depois de quinze dias, os judeus de Bani Qainuqa se renderam ao Profeta.[64] Por ordem do Profeta, Bani Qainuqa foi exilado na região de Sham e estabelecido na região de Azraat.[65]


A Batalha com os Judeus de Banu Nadir

Artigo principal: Batalha de Banu Nadir

Um dia, o Profeta Muhammad (s.a.a.s.) foi ao castelo de Banu Nadir, eles decidiram matar o Profeta (s.a.a.s.) e queriam jogar uma pedra nele; Jabra'il (Gabriel) informou o Profeta (s.a.a.s.) sobre suas intenções, então ele deixou o castelo e, por causa de sua traição, ordenou que deixassem Medina.[66]


A Batalha com os Judeus de Banu Quraiza

Artigo principal: Batalha de Banu Quraiza

Os judeus de Bani Quraiza, após a expulsão de Bani Nadir, violaram o seu acordo e iniciaram uma guerra de facções juntamente com os coraixitas e outros infiéis, e uma vez que tiveram derramamento de sangue [67], mas no final, com a cooperação de um novo muçulmano, eles concordaram com os infiéis e, como resultado, pararam de cooperar com os partidos árabes.[68] Após o fim da guerra de facções, o Profeta foi até os judeus de Bani Quraida e os sitiou. Após cerca de um mês, Bani Quraida rendeu-se,[69] e foi emitida a sentença para executar os homens e capturar as suas mulheres e crianças.


Batalha de Harra

Artigo principal: Batalha de Harra

A tragédia de Harra é o maior crime dos omíadas depois do assassinato do Imam al-Hussein (s.a.a.s.).

Ele foi o líder dos omíadas durante o reinado de Yazid após o martírio do Imam Hussain (a.s.). Este evento está relacionado com a revolta do povo de Medina contra o governo de Yazid bin Muawiya liderado por Abdullah bin Hanzala bin Abi Amir no ano 63 do ano lunar.

Yazid enviou um exército de 5.000 pessoas para Medina sob o comando do Muslim Ibn Uqba. Este exército reprimiu a revolta popular com grande violência. Neste incidente, muitas pessoas de Medina foram mortas, incluindo 80 dos companheiros do Profeta Muhammad (s.a.a.a.s.) e 700 daqueles que memorizaram o Alcorão Sagrado, e o saque de propriedades populares e nawamis foi permitido por três dias para o exército sírio, e eles não pararam de nenhum crime.[70]


A revolta de Nafs Al- Zakiya

Artigo principal: Revolta de Muhammad bin Abdullah bin Hassan Muhammad Nafs al-Zakia revoltou-se em Medina durante o califado de Mansur Abbasi em 145 A.H.. O povo de Medina, especialmente os estudiosos Hadith de Medina, incluindo Malik Ibn Anas, defenderam Nafs Zakiya e consideraram a promessa de lealdade de Mansur inválida devido ao ódio e à coerção. No confronto de dois exércitos em Medina, o exército de Nafs Zakiya foi derrotado e ele foi morto e seu corpo foi enterrado em al-Baqi.[71]

Incidente Fakh

Artigo principal: Incidente Fakh

Hussein Fakhi revoltou-se em Medina em Dhul-Qaeda 169 A.H.[72] Os esforços dos agentes do governo em Medina para confrontar Hussein Fakhi não tiveram resultados e levaram à derrota e morte de vários deles.[73] De acordo com Tabari, os insurgentes assumiram o controle de Medina apenas por onze dias.[74] Sahib Fakh nomeou uma pessoa chamada Deniar Khuzai governador de Medina e ele junto com trezentos de seus companheiros[75] mudou-se para Meca no dia 24 de Dhul-Qaeda.[76] No dia 8 de Dhul-Hijjah (Dia de Tróia), os Abássidas, com um exército de 4.000 pessoas, enfrentaram o exército de Hussein num local chamado "Fakh".[77] O comandante abássida deu paz a Hussain, mas Hussein recusou, e na batalha que ocorreu, Hussein e muitos de seus companheiros foram martirizados.[78] Além disso, um grupo de companheiros de Hussein foi capturado e outros escaparam.[79] Bani al-Abbas matou alguns dos cativos[80] e alguns dos cativos foram enviados para Bagdá junto com as cabeças dos mártires.[81]