Zain al-Abidin
Zain al-Abidin, (em árabe: زين العابدين) que significa o Adorno dos Adoradores, é um dos apelidos mais famosos do Imam Sajjad (A.S.), o quarto Imam dos xiitas. Imam Sajjad (A.S.) foi apelidado de Zain al-Abidin por causa de sua abundância de ascetismo e adoração.[1] Foi narrado por Malik Ibn Anas, um jurista sunita e muhaddith (o muhaddith é aquele que trabalha com a ciência dos hadiths, e está familiarizado com muitas narrações e as condições de seus narradores), que ele orava mil rakats dia e noite, e por causa de sua adoração, ele foi chamado de Zain al-Abidin.[2] Ele também é mencionado como Sayyid al-Abidin nas fontes de hadith.[3] Diz-se que na história do Islão, ninguém exceto Ali bin Al-Hussein (A.S.) foi apelidado de Zain al-Abidin.[4]
Com base em uma tradição que foi narrada no livro Elal al-Sharaiei do segundo século de calendário lunar, Imam Sajjad (A.S.) foi mencionado com este apelido.[5] Ibn Shahab Zohari, jurista sunita e muhaddith, sempre que narrava uma narração de Ali Ibn Hussain, referia-se a ele como Zain al-Abidin. Sufyan bin Uyaina (107-198 AH) perguntou por que você o chama de Zain al-Abidin? Em resposta, Zohri apontou para uma narração do Profeta (S.A.A.S.) que no Dia do Juízo Final, quando um arauto grita: "Onde está Zain al-Abidin, é como se eu visse meu filho Ali bin Hussain caminhando pelas fileiras."[6]
No livro Kashfo al-Ghumma, é mencionado sobre o quarto Imam sendo apelidado de "Zain al-Abidin" que uma noite ele estava fazendo Tahajjud no mihrab de adoração (Tahajjud significa oração noturna, e mutahajd é alguém que acorda à noite para rezar), ele ouviu uma voz que o chamou três vezes: "Você é Zain al-Abidin; Tu és o Adorno dos Adoradores", depois disso ele ficou conhecido por este título entre o povo.[7]
Notas
- ↑ Qurashi, Hayat al-Imam Zain al-Abdin, 1409 AH, vol. 1, pp. 145 e 146.
- ↑ Dhahabi, Al-Abar, Dar al-Kitab al-Ulamiya, vol. 1, p. 83.
- ↑ Por exemplo, veja: Sadouq, Elal al-Sharaba, 1385, vol. 1, p. 132.
- ↑ Qurashi, Hayat al-Imam Zain al-Abdin, 1409, vol. 1, p. 187.
- ↑ Sadouq, Elal al-Sharaba, 1385, vol.1, pp. 229-230.
- ↑ Sadouq, Elal al-Sharaba, 1385, vol.1, pp. 229-230.
- ↑ Erbali, Kashf al-Ghamma, 1421 AH, vol. 2, p. 619.