Destruição do Santuário dos Imames al-Askariyyain

Destruição do Santuário dos Imames al-Askariyyain

Explosão do santuário do Imam Hadi (a.s.) e do Imam Hassan Al-Askari (a.s.)
Tempo	2006 e 2007
Local	Samarra
Causa	Fanatismo religioso
Responsáveis	Grupos takfiri
Resultados	Destruição do santuário
Consequências	Protestos dos autoridades religiosas e suspensão das atividades dos seminários religiosos e dos mercados xiitas no Irã e no Iraque
Relacionados	Destruição de Baqi e destruição do Santuário do Imam Hussain (a.s.)

Este artigo trata da destruição do Santuário dos Imames al-Askariyyain. Para conhecer o Santuário do Imam Ali al-Hadi (a.s.) e do Imam Hassan al-Askari (a.s.), consulte o Santuário dos Imames al-Askariyyain.

Destruição do santuário dos Imames al-Askariyyain (a.s.) devido a explosões terroristas

A Destruição do Santuário dos Imames al-Askariyyain refere-se à explosão e destruição do Santuário do Imam Ali al-Hadi (a.s.) e do Imam Hassan al-Askari (a.s.) pelas mãos de terroristas takfiris nos anos 1384 e 1386 do calendário solar (2005 e 2007). Esse ato gerou uma reação de condenação dos líderes religiosos xiitas e dos xiitas em várias partes do mundo.

A Fundação para a Reconstrução dos Santuários Sagrados do Irã, reconstruiu o Santuário dos Imames al-Askariyyain entre os anos de 1389 e 1394 do calendário solar (2010 a 2015).

O santuário dos Imames al-Askariyyain (a.s.) antes da destruição

Santuário dos Imames al-Askariyyain

Artigo principal: Santuário dos Imames al-Askariyyain

O Santuário dos Imames al-Askariyyain é o Túmulo do Imam Ali al-Hadi (a.s.) (martírio em 254 da Hégira), o 10º Imam, e de seu filho Imam Hassan al-Askari (a.s.) (martírio em 260 da Hégira), o 11º Imam xiita, sendo um local de peregrinação para os xiitas na cidade de Samarra no Iraque.

A primeira destruição em 1427/2006.

Primeira Destruição

No dia 23 de Muharram do ano 1427 da Hégira (3 de fevereiro de 2006), terroristas afiliados à al-Qaeda instalaram explosivos e destruíram o Santuário. Como resultado dessa explosão, a cobertura de tijolos e a decoração dourada da cúpula, assim como os azulejos das paredes, desabaram; no entanto, as bases da cúpula e as paredes permaneceram intactas.

Reações

Após esse incidente, os líderes religiosos e os estudiosos das escolas religiosas do Irã e do Iraque fecharam suas aulas. Além disso, os mercados no Irã e no Iraque foram fechados e foi proclamado luto oficial. No Irã, uma reunião de protesto foi realizada na Grande Mesquita de Qom, com a presença de líderes religiosos e estudiosos das escolas religiosas de Qom. O aiatolá Khamenei e outras figuras políticas do Irã e do Iraque emitiram declarações condenando esse ato.

Alguns altos funcionários de países islâmicos, governos europeus e o então Secretário-Geral das Nações Unidas também condenaram essa ação.

O santuário de Imames al-Askariyyain após a segunda destruição

Segunda Destruição

Em 27 de Jamadi al-Awwal do ano 1428 da Hégira (23 de junho de 2007), ocorreram duas explosões no Santuário dos Imames al-Askariyyain. Nessas explosões, as minaretes foram completamente destruídas.

Anteriormente, em 1355 e 1356 da Hégira (1937 e 1938), o Santuário também foi atacado e seus bens foram saqueados.

Motivos dos Perpetradores

Kamiar Sadeghat-Tamr Hosseini, membro do corpo docente do Instituto de Ciências Humanas e Estudos Culturais do Irã, considera que a motivação dos takfiris para a destruição do Santuário dos Imames al-Askariyyain foi política e religiosa. Segundo ele, o aspecto político desse movimento teve como objetivo criar divisões entre os xiitas e os sunitas, alinhando-se com os objetivos dos Estados Unidos, Reino Unido e Israel, enquanto o aspecto religioso se refere às crenças wahabitas sobre a peregrinação e a construção de túmulos. Ibn Taymiyya considera a construção de túmulos proibida e a destruição deles obrigatória. Os wahabitas, com a mesma motivação e baseados nas fatwas de seus ulemas, destruíram todas as obras históricas do cemitério de Baqi em 1344 da Hégira (1926). No entanto, as crenças wahabitas sobre isso são contrárias à visão dos outros muçulmanos.

Reconstrução da cúpula do santuário dos Imames al-Askariyyain

Reconstrução

Após a destruição, como a cúpula do Santuário dos Imames al-Askariyyain estava registrada na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, estava previsto que a reconstrução do santuário fosse realizada sob a supervisão da UNESCO; no entanto, o processo de reconstrução foi lento, e o governo do Iraque transferiu essa responsabilidade para o Comitê Iraniano de Reconstrução dos Lugares Sagrados. A reconstrução do Santuário dos Dois Imames al-Askariyyain foi concluída em setembro de 2015. Segundo o presidente do comitê, essa obra incluiu várias fases, como a construção e douramento da cúpula e sua instalação, revestimento com azulejos, decoração com espelhos, mosaicos e trabalhos em pedra no interior do santuário.

A completação da reconstrução da cúpula do Santuário dos Imames al-Askariyyain em 2015

Novo Santuário

Além disso, para acelerar a reconstrução, o escritório do aiatolá Sistani, uma das autoridades religiosas xiitas, assumiu a responsabilidade pela construção do zarih (estrutura decorativa ao redor da tumba) do Santuário dos Imames al-Askariyyain. A oficina para a construção do zarih dos dois Imames foi estabelecida em 2009, na cidade de Qom, sob a supervisão de Sayyid Jawad Shahrestani, representante do aiatolá Sistani no Irã. Segundo Lajvardi, responsável pelo projeto, foram utilizados 4.500 quilos de prata, 70 quilos de ouro e 11 mil quilos de madeira de teca. A construção do zarih foi concluída em 2014, transferido para Samarra em fevereiro de 2017, e inaugurado oficialmente em 24 de abril de 2017. As urnas funerárias dos túmulos do Imam Hadi (a.s.), Imam Hassan al-Askari (a.s.), de Nargis Khatun e de Hakima, filha do Imam Javad (a.s.), também foram construídas na cidade de Shiraz ao longo de dois anos.