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Rascunho:Ahmad

Fonte: wikishia

Ahmad (em arabe: اَحْمَد) é um dos nomes mais conhecidos do profeta Muhammad (s.a.a.s.), mencionado no Alcorão. O nome Ahmad significa “o mais louvado” ou “aquele que mais louva”. De acordo com as tradições islâmicas, essa denominação foi escolhida por inspiração divina, em razão da dignidade e da excelência do Profeta tanto perante os habitantes dos céus quanto perante os da terra.

Segundo os relatos islâmicos, o anúncio da vinda do Profeta com o nome Ahmad já constava nas escrituras anteriores, como o Evangelho. Os muçulmanos creem que o termo “Paráclito” presente nos Evangelhos atuais faz referência a Ahmad. O nome aparece também em poemas dos primeiros poetas muçulmanos, como Abu Talib e Hassan ibn Thâbit, e teve reflexos marcantes na literatura persa.

Entre os estudiosos, há divergência sobre se o nome Ahmad foi anterior ao nome Muhammad em termos históricos, ou se Muhammad é o mais difundido e antigo entre os árabes.

Nomeação do profeta como Ahmad

Ahmad é um dos nomes do Profeta Muhammad (s.a.a.s.),[1] mencionado no sexto versículo da sura al-Saff,[2] onde Jesus (‘Īsā, a.s.) anuncia a vinda de um Mensageiro após ele: وَإِذْ قَالَ عِيسَى ابْنُ مَرْيَمَ يَا بَنِي إِسْرَائِيلَ إِنِّي رَسُولُ اللَّهِ إِلَيْكُم مُصَدِّقًا لِمَا بَيْنَ يَدَيَّ مِنَ التَّوْرَاةِ وَمُبَشِّرًا بِرَسُولٍ يَأْتِي مِن بَعْدِي اسْمُهُ أَحْمَدُ “E quando Jesus, filho de Maria, disse: ‘Ó filhos de Israel! Eu sou o mensageiro de Deus enviado a vós, confirmando o que veio antes de mim da Torá, e anunciando um mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad’.” (Sura al-Saff, 61:6)

De acordo com os relatos, a escolha do nome Ahmad para o Profeta tem origem em inspiração divina: durante a gravidez de Amina, mãe do Profeta, uma voz celestial ordenou que ela chamasse seu filho por esse nome.[3] Abu Talib também escolheu esse nome no sétimo dia após o nascimento do Profeta, em razão dos louvores que ele receberia dos habitantes dos céus e da terra.[4]

Análise do significado

O termo Ahmad foi interpretado de duas formas: como “aquele que mais louva” e como “aquele que é mais louvado”.[5] Alguns estudiosos sunitas, baseando-se em certos relatos,[6] preferiram o primeiro sentido,[7] enquanto fontes xiitas, a partir de um hadith do próprio Profeta (s.a.a.s.), afirmam que o nome Muhammad representa o louvor dos habitantes da terra, e Ahmad representa o louvor supremo dos habitantes dos céus.[8] Outros estudiosos consideram que Ahmad e Muhammad compartilham o mesmo radical e o mesmo significado de “louvado”, com a diferença de que Muhammad indica a quantidade de louvores recebidos, enquanto Ahmad expressa a qualidade e excelência desses louvores.[9] O lexicógrafo xiita Hassan Mostafavi, em sua obra Al-Tahqiq, traduziu Ahmad como “agradável” ou “aprovado”.[10]

O Imam Khomeini, com uma abordagem mística, considerou Muhammad como o nome terreno do Profeta (s.a.a.s.) e Ahmad como seu nome celeste e espiritual.[11]

Prioridade dos nomes Ahmad e Muhammad

Há diferentes pontos de vista sobre qual nome foi atribuído primeiro ao Profeta Muhammad (s.a.a.s.). Alguns, baseando-se na menção de Ahmad no versículo 6 da sura al-Saff[12] e nas referências históricas ao conhecimento prévio dos Povos do Livro sobre esse nome,[13] consideram que Ahmad foi o primeiro. Outros argumentam que, por ser um nome sem precedentes entre os árabes pré-islâmicos, Muhammad foi o mais antigo e amplamente utilizado.[14] No entanto, há indícios de que o nome Ahmad já existia entre algumas tribos árabes da era pré-islâmica.[15] Alguns veem essa diferença como parte da sabedoria divina: o nome Muhammad teria sido escolhido para evitar confusões com o Ahmad anunciado por Jesus (a.s.).[16]

Uma terceira opinião sustenta que o nome Ahmad foi usado no período entre o anúncio da Torá e a nomeação do Profeta como Muhammad durante sua vida.[17] Ainda assim, há estudiosos que afirmam que o nome Ahmad, comparado a Muhammad e Mahmud, não teve ampla difusão até o final do primeiro século da Hégira.[18]

O nome Ahmad nas escrituras celestiais

De acordo com as tradições islâmicas, o nome Ahmad aparece nas escrituras anteriores, como a Torá e o Evangelho.[19] Nos hadiths, ele é mencionado sob várias formas como Ahid, Fâriqlît e Mâdhmâdh;[20] e no debate do Imam Rida (a.s.) com um sábio judeu, foi citada a profecia do profeta Habacuque sobre o mensageiro chamado Ahmad.[21] Embora, segundo Allameh Tabataba’i, o nome Ahmad não apareça explicitamente nas versões atuais do Evangelho,[22] os muçulmanos acreditam que o termo Paráclito (em grego: Paráklētos), presente no Evangelho de João,[23] é uma forma corrompida de Periklutos, que significa “o louvado”, equivalente a Ahmad.[24] Nos textos hebraicos antigos, como o Gênesis, aparece o termo Mâdmâd,[25] traduzido como “muito desejado”,[26] e alguns estudiosos o relacionam a Ahmad.[27]

Referências

  1. Ibn Qayyim al-Jawziyya, Zād al-maʿād, vol. 1, pág. 38.
  2. Alcorão 61:6.
  3. Ibn Saʿd, al-Ṭabaqāt al-kabīr, vol. 1, pág. 120.
  4. Kulaynī, al-Kāfī, vol. 6, pág. 34.
  5. Ibn Qayyim al-Jawziyya, Zād al-maʿād, vol. 1, pág. 38.
  6. Bukhārī, Ṣaḥīḥ al-Bukhārī, vol. 6, pág. 84.
  7. Qāḍī ʿIyāḍ, al-Shifā bi-taʿrīf Ḥuqūq al-Muṣṭafā, vol. 1, pág. 229; Suhaylī, al-Rawḍ al-Anf, vol. 2, pág. 153.
  8. Qummī, Tafsīr al-Qummī, vol. 2, pág. 365.
  9. Maḥjūb, al-Mawsūʿa al-Dhahabiyya, vol. 2, pág. 633.
  10. Muṣṭafawī, Al-Tahqīq fī kalimāt al-Qur'ān, vol. 2, pág. 282.
  11. Ṣādeqī Arzagānī, Payāmbar-i Aʿẓam dar Negāh-i ʿErfānī-yi Imām Khomeynī, 1386 Sh, pág. 21-27.
  12. Suhaylī, al-Rawḍ al-anf, vol. 2, pág. 153
  13. Ibn ʿAsākir, Tārīkh madīnat Dimashq, vol. 3, pág. 417.
  14. Qāḍī ʿAyyāḍ, Al-Shifā bi taʿrīf ḥuqūq al-Muṣṭafā, vol. 1, pág. 229-230; Maḥjūb, al-Mawsūʿa al-Dhahabiyya, vol. 2, pág. 633.
  15. Ibn Ḥazm al-Andulīsī, Jamharat ansāb al-ʿarab, pág. 400; Ibn Durayd, Kitāb al-ishtiqāq, pág. 9.
  16. Qāḍī ʿAyyāḍ, Al-Shifā bi taʿrīf ḥuqūq al-Muṣṭafā, vol. 1, pág. 230.
  17. Ibn Qayyim al-Jawzīyah. Jalāʾ al-Afhhām. 1407 AH, pág. 200.
  18. Pākatchī, "Aḥmad". Vol. 6, pág. 2797.
  19. Ṣadūq, al-Khiṣāl, vol. 2, pág. 425; Qurtubī, Al-Jāmiʿ li-aḥkām al-Qurʾān, vol. 18, pág. 84.
  20. Suyūṭī, al-Khaṣāʾiṣ al-kubrā, vol. 1, pág. 133.
  21. Ṣadūq, ʿUyūn akhbār al-Riḍā, vol. 1, pág. 165.
  22. Ṭabāṭabāʾī, Al-Mīzān, vol. 19, pág. 254.
  23. Novo Testamento, Evangelho de João, capítulo 14, versículo 16 e 26; capítulo 15, versículo 26; capítulo 16, versículo 7.
  24. Shākir, Beshārathā-ye Ahdin dar mored-e Payāmbar-e Akram (s.a.), p. 126.
  25. A Bíblia, Livro de Gênesis, Capítulo 17, Versículo 20.
  26. Ibn Qayyim. Jalāʾ al-afhām. 1407 AH, pág. 195-198.
  27. Rūḥī wa Sharīfī. Aḥmad, vol. 2, pág. 327.

Bibliografia

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